Alegria e
sofrimento
Quando você está completo, todo sofrimento termina, então você vivencia isto que é você como Pura Presença de alegria. Alegria é a natureza essencial de tudo que se apresenta, alegria é esta única coisa no cerne, no coração, por detrás de todas as aparições.
Marcos Gualberto
आनन्द
Marcos Gualberto
Vamos repassar isso: Vamos repassar isso:
A alegria é o sinal clássico da Liberdade! No entanto, alegria não é viver sorrindo. A Alegria Real é silenciosa. Ela transmite a Presença, mas é silenciosa. Ela diz: “estou aqui”, mas não faz estardalhaço. Ela fica bem invisível, mas diz: “estou aqui, se você pode me ver, ok! Se você não pode me ver, tudo bem também!”…
O pensamento não produz dor física, ele apenas produz dor psicológica, que é sofrimento. É isso que o “senso de pessoa” carrega. A dor física é algo que tem tratamento, enquanto que essa dor psicológica, que é sofrimento, não termina, está dentro da natureza da mente. Na verdade, a coisa certa a se dizer, aqui, é…
Como o ego é muito grosseiro, a dificuldade que se tem de inclinar-se para essa alegria é porque ela não é o prazer que o ego conhece. Tudo o que ele conhece é essa grosseria do prazer – o prazer grosseiro dos sentidos. Comer dá prazer, dormir dá prazer, diversão sensorial dá prazer, sexo dá prazer…
há paz e totalidade”
Você não é nada disso e não tem nada disso! Você é puro Ser, pura Consciência, pura Inteligência, pura Liberdade, pura Felicidade, pura Alegria! Um dia, Cristo disse: “Eu vos dou a minha Alegria, para que Ela esteja em vós!”. Não é a alegria que o mundo dá! Então, vocês têm a minha Alegria! Ela permanece em vós…
Aqui, você tem um momento de Presença, de Graça, onde se sente aliviado temporariamente desse fardo, desse peso do sofrimento, mas, junto a isso, você está tendo a oportunidade de investigar a natureza ilusória do sofrimento. Então, isso aqui não representa mais uma fuga da sua dor, mas sim uma porta…
“Vocês estão viciados no conflito”
No estado natural não há tristeza, pois tristeza vem de imagens, de imaginações, de condicionamentos, de um “eu” ferido, de um “eu” magoado, de um “eu” ofendido, de um “eu” aborrecido, de um “eu” decepcionado, de um “eu” frustrado. Todos esses adjetivos estão ligados a esse sujeito fantasioso…
O hábito da “pessoa” é sempre estar à procura de estados para viver neles. Esteja consciente de quando você está longe do seu próprio Ser, que é quando você está em um estado. As pessoas às vezes escrevem para mim: “Estou muito feliz, Mestre. Acordei num profundo silêncio”, “Estou muito bem”, e eu digo que aquilo vai passar…
do sofrimento”
Quando a mente descansa de sua procura, de sua atividade, de seu movimento, neste espaço chamado Consciência, neste espaço que é Deus; quando a mente, por alguns segundos, por alguns minutos, interrompe todos os desejos, porque o objetivo, o alvo, o propósito está, naquele momento, sendo realizado. Então, o movimento da mente para e a Consciência aflora! Mas logo a mente volta de novo criando novos desejos, dizendo: “preciso…
Se alguém lhe faz sofrer, não adianta dizer: “Pare de me fazer sofrer! Eu não suporto mais isso! Eu não quero mais viver assim!”. Isso não resolve, porque ele não está interessado em você, está interessado nele. É um exemplo de algo que somente você pode resolver, mas você só resolve da forma real. O que as pessoas fazem? Elas entram nessa substituição. Se algo lhes faz sofrer, elas substituem por outra coisa…
Não é possível estar só, porque Eu estou com você… Não é possível estar só, porque Eu Sou Você. E onde estou há muita celebração, há muita alegria, há muita dança, há muita música. Apenas pare de mentir, confiando em historinhas mentais, em sonhos, em crenças, ou dando a si mesmo, a si mesma, esse sentido de ser alguém só, alguém em solidão. Eu Sou a sua alegria; você É a minha alegria. Você está comigo…
Nesses dias eu falei isso, aqui mesmo nessa sala, e alguém me interrompeu e disse: “Não é assim! A minha vida não é miserável!” E eu disse: “Eu sei! É porque você tem um emprego, tem um salário, tem dinheiro, come bem, dorme bem? Ou porque você tem um marido, ou um namorado?” A vida humana é tão miserável que nem a miséria consegue ser vista. Um dos aspectos da miserabilidade da vida humana, nesse sentido do “eu”, do “mim”, do ego, é que jamais o miserável se vê assim; tal é o teor, tal é a qualidade, tal é a densidade da miséria. É um cego que não se vê cego. Tanto tempo na escuridão que não sabe o que é luz; então, escuridão é “luz”.