Tudo o que temos tratado aqui com você tem uma grande relevância uma vez que você compreenda a importância disso. No entanto, nós temos aqui essa dificuldade. É a dificuldade da não compreensão da importância e do valor desses assuntos que nós abordamos aqui.
Em geral, o ser humano tem um modelo de vida bastante superficial. Isso porque nós temos sido orientados, já desde pequenos, para uma busca na vida ligada a realizações externas. Toda a nossa busca ou procura na vida, é para realizarmos nossos anseios, desejos, sonhos e propósitos.
E, em geral, todos eles estão ligados a uma realização materialista, a uma aquisição a nível de padrão de mundo de valores humanos, de valores mundanos. Aqui nós nos deparamos exatamente com essa dificuldade. Conseguir avaliar o valor de uma fala como essa, requer que algo em você esteja aí dentro, queimando por algo além disso tudo.
Além de tudo isso que nos foi mostrado, nos foi mostrado pela sociedade, pelo mundo, por essa cultura mental, por essa cultura psicológica em que nós fomos educados, treinados para viver. Aqui com você nós estamos investigando como assumir nesta vida a realidade daquilo que verdadeiramente nós somos.
Então nós temos um aspecto bem visível, claro, bastante delineado dentro desse contexto cultural, humano, social, político, religioso, filosófico, que é essa forma de se comportar na vida, sendo alguém dentro dela. Então, há em todos nós um impulso, em razão desse fundo que recebemos de cultura humana, para irmos em direção, em busca de realizações externas. Assim, o nosso padrão de comportamento é de condicionamento mental, é de condicionamento psicológico.
Então, psicologicamente, nós estamos condicionados. Nós estamos programados para uma forma de agir, de sentir, de pensar, de realizar coisas, sempre externamente. Assim, nós não nos importamos com a descoberta da verdade sobre quem ou sobre o que realmente é a vida. Sobre quem esse “eu” é, sobre quem eu sou e sobre o que é a vida. Aqui o nosso empenho juntos consiste nessa autodescoberta. Nós estamos aqui propondo um encontro real com a verdade sobre você.
Então, o primeiro aspecto aqui, como acabei de colocar, bem claro, delineado, que se mostra semelhante a todo padrão humano, é o padrão desta identidade do “eu”, desta pessoa, como nós nos comportamos na vida, como nós nos situamos na vida. E aqui nós estamos com você explorando a ciência da verdade, daquilo que está presente, mas que nós desconhecemos, que é a verdade divina, que é a verdade do nosso Ser. Portanto, nosso propósito juntos, dentro desses encontros, é descobrirmos algo além de tudo isso.
Nós temos uma playlist aqui no canal investigando com você como ter uma aproximação da verdade da sabedoria. A relação entre sabedoria, inteligência e conhecimento. A forma como nós nos comportamos no mundo, a partir do pensamento, é a partir de um padrão de condicionamento psicológico.
Então, todo o nosso comportamento, que se assenta no conhecimento, naturalmente na experiência, uma vez que esse conhecimento, experiência foi moldado pela sociedade, moldado pelo mundo, todo o nosso comportamento não é de real inteligência. Aqui eu me refiro a essa espiritual inteligência, a essa divina inteligência.
Nós temos a inteligência para lidar com assuntos do dia a dia, mas não temos a inteligência para a sabedoria. Então, há uma relação entre verdadeira inteligência, divina inteligência, espiritual inteligência e sabedoria. O ser humano pode ter a habilidade, a capacidade de lidar com todos os assuntos do seu dia a dia.
No que diz respeito a assuntos técnicos, funcionais, práticos, mas ele não sabe lidar com a sua psique, com o seu modelo de pensamento, sentimento, emoção, sensação e modo de percepção. Então, a ausência desta forma de compreender como você funciona, é a não visão da vida, como ela acontece. Assim, nós temos ausência da sabedoria.
Como ter uma aproximação da verdade dessa inteligência espiritual, dessa inteligência divina? Qual o valor disso e qual é a importância disso? Primeiro, antes de tudo, a base para essa inteligência espiritual é a ciência de como você funciona. E esse elemento principal em você, nessa sua forma de ser, algo que, de repente, você nunca tentou para isso, com clareza, com verdade, é a questão do pensamento. Você não sabe o que é o pensar em você, nem o que é o pensamento.
Então, antes de tudo: o que é esse pensamento? Observe em você o pensamento. Não há qualquer pensamento em você sem a lembrança, sem o conhecimento, sem a memória de alguém, de alguma coisa, de uma dada situação, de um dado acontecimento. A presença do pensamento em você é a presença da memória.
Veja, estamos diante de algo muito básico, de fácil compreensão intelectual. Mas aqui nos deparamos com uma grande dificuldade também, de não subestimarmos essa questão do pensamento, nem de como acontece conosco esse processo em nós do pensar. Por exemplo, você está aqui neste instante e um pensamento surge.
Você não sabe exatamente o que provocou o aparecimento desse pensamento. Em segundo lugar, você não percebe que quando o pensamento surge, ele carrega com ele um sentimento, ou uma emoção ou uma sensação.
E, quando isso chega, o seu estado emocional, sentimental, muda por completo. E, quando ele muda, você é impulsionado para determinadas ações. Observe, tudo isso ocorre de uma forma completamente insciente, inconsciente da sua parte.
O pensamento surge, você não sabe porquê. Ele traz um sentimento, você também não sabe exatamente porquê. Esse sentimento assume essa estrutura psicofísica, que é você, esse corpo e mente, e você toma ações.
Assim nós vivemos nossas vidas, vidas movidas pelo pensamento, sem a percepção de como o pensamento funciona. Assim não sabemos o que é esse processo em nós, que é o processo do pensar. Acabamos de colocar para você aqui o que é exatamente esse pensar.
É o surgimento do pensamento. Movimento que ocorre de uma forma inconsciente, mecânica, não voluntariosa. É algo que simplesmente acontece.
Isso é o pensar. Uma vez que você receba um certo estímulo, externo ou interno, esse processo desencadeia. Isso impulsiona a ação.
Então, é um assunto que nós temos que investigar aqui, aprofundar aqui, compreender aqui, porque nossas ações estão sendo o tempo inteiro direcionadas pelo pensamento, pelo sentimento, pela sensação, pela emoção, por esse sentir. E tudo isso se processa aqui e agora nesse movimento para alguém. Qual é a verdade desse alguém? Quem é esse “eu” presente aqui, dentro desse processo, que é o processo do pensar? O pensamento em nós funciona de uma forma inconsciente, como acabei de colocar, não voluntariosa. Nós temos um pensamento equivocado a respeito do pensamento e desse processo do pensar.
Porque a nossa crença, a nossa ideia sobre isso é que você é o elemento principal nesta ação, quando a ação acontece. No entanto, o elemento principal nessa ação, seja a ação que for que você tome na vida, o elemento principal sempre será o pensamento. É a presença do pensamento, do sentimento, emoção ou sensação que irá lhe impulsionar para a ação.
O elemento principal na ação é o pensamento. Portanto, a ideia de ter alguém presente na ação é algo equivocado. Nós somos impulsionados o tempo inteiro para ações, a partir dessas internas atitudes que ocorrem dentro de cada um de nós.
Mas nenhuma dessas atitudes, e naturalmente dessas ações, tem a verdade de alguém senhor dessas ações, no controle dessas ações. O que temos aqui, na verdade, é um impulso ego-centrado. Centrado nesse sentido do “eu”, nesse sentido do ego.
Mas o que é esse ego? Esse ego ou esse “eu” não é outra coisa a não ser um condicionamento, uma forma de comportamento que nós temos. O ponto é que esse formato de ação, de comportamento, impulsionado pelo pensamento, sentimento, sensação, percepção, onde está, por detrás disso, esse sentido do “eu”, esse sentido do ego, é algo que está constantemente, em nossas vidas, produzindo confusão, desordem, sofrimento. Então, esse é o primeiro aspecto que nós temos, algo bem delineado nesse contexto de existência humana que nós temos. Então, não há essa verdade da sabedoria, porque não temos a presença dessa inteligência divina por detrás desse comportamento. O que nós temos por detrás desse comportamento, ação, pensamento é uma forma de condicionamento de atuação na vida.
Nós estamos constantemente repetindo nossos padrões de pensar, de sentir e de agir. Podemos ter na vida uma real aproximação dela sem esse padrão, que é o padrão do “eu”, que é o padrão do ego, de ação, de comportamento e, portanto, de condicionamento psicológico, de condicionamento mental, de condicionamento de pensamento? É isso que estamos propondo aqui para você.
Uma vida em sabedoria, em real e divina inteligência é uma vida livre do ego, livre do “eu”. É nesse sentido que nós usamos aqui a expressão: livre do ego, livre do “eu”. Em que nível o pensamento se faz necessário em nossas vidas para uma base de ação? E em que nível ele é desnecessário? Por exemplo, em nossas relações com as pessoas, ele é completamente desnecessário.
Veja a implicação do que estamos colocando aqui para você. Seu contato com o marido, com a esposa, o seu contato com a família, o seu contato com amigos de trabalho, o seu contato com você mesmo. Isso dispensa esse padrão de condicionamento psicológico de comportamento. Tudo o que você precisa nesse nível é a presença dessa inteligência divina, desta sabedoria.
Nos falta esta visão da vida nas relações. O resultado disso é a confusão, é a desordem, é o sofrimento, é a contradição. A não compreensão dos sentimentos em você produzem contradições dentro das ações.
Você, por exemplo, tem um sentimento de gostar de alguém enquanto ele lhe é agradável, enquanto ele lhe confere prazer. Assim, a sua ação sempre será ditada por uma qualidade de sentimento presente naquele dado momento. Se aquela pessoa deixa de lhe dar prazer ou algum nível de preenchimento ou de satisfação, seu estado interno de sentimento e emoção, por ela, muda. E, naturalmente, seu comportamento muda.
Essa é a qualidade de ação e comportamento centrada nesse “eu”, neste ego, neste condicionamento mental. Nesse nível não há inteligência nem sabedoria nas relações. Primeiro porque o elemento em você que altera, que muda, esse elemento vive autocentrado.
Ele vive dentro de uma ignorância a respeito do seu próprio movimento. Isso porque, basicamente, nós não nos conhecemos. Não conhecemos a pessoa que nós somos.
Sem essa base, que é a compreensão da verdade sobre quem é você, toda a sua atuação na vida será essa atuação que estará sempre se baseando em conhecimento e experiências adquiridas dentro desse contexto de programação de identidade egoica, que é como nós nos comportamos na vida. Nós precisamos do conhecimento e da experiência. Nesse sentido, o pensamento tem um certo lugar. Nós precisamos de um conhecimento técnico para lidar com assuntos profissionais, por exemplo.
Então, nesse nível, o pensamento se faz necessário, o conhecimento se faz necessário, a experiência precisa estar lá. Mas nesse contato de relações humanas, ou de relação com a vida, ou com as situações, ou nesse contato com objetos, essa perspectiva ou essa visão particular deste centro que é o “eu”, esse “mim”, nesse nível, nossas relações são um desastre. Porque no ego você vive nesse sentido ilusório de identidade, separada do outro, separada da vida, separada das situações.
E nesse isolacionismo egocentrado, todo o nosso comportamento que é o comportamento que nós recebemos desse condicionamento de cultura humana, todo esse comportamento de egocentramento é de autointeresse. Então, o sentido do “eu” presente, ele é separatista, isolacionista. E a presença dessa separação e desse isolacionismo nos coloca em relação com o outro, em relação com a vida, em relação com nós mesmos, de uma forma inteiramente equivocada, produzindo sofrimento, produzindo confusão, em razão desse egocentrismo. Então, em um certo nível, a ação que se baseia no pensamento, no conhecimento e na experiência se faz necessária. Para trabalhar numa profissão, para realizar alguma coisa externamente, como um projeto, você precisa de ideia, plano e execução. Então, temos aqui algo muito básico, muito simples. Se eu tenho uma casa para construir, se eu sou um engenheiro e preciso de um projeto, eu elaboro o projeto. E depois vamos executar o projeto.
Mas, a nível psicológico, qualquer ideia que eu tenha sobre quem é o outro, sobre quem eu sou, isso se baseia em um equívoco. É algo que se baseia naquilo que o pensamento diz sobre quem ele é. Sobre quem eu sou. E observe o pensamento em nós, o pensamento não é algo que lida com o momento.
O pensamento é algo que busca ajustar o momento a um retrato que ele traz do passado. Todo pensamento é assim. Você não tem nenhum pensamento que possa, com ele, compreender a vida como ela acontece nesse instante.
Porque o pensamento é só um retrato de algo que aconteceu, é uma memória, é uma lembrança. Quando você se encontra com alguém, você tem dela uma lembrança, uma fotografia, um retrato. Você não está com a pessoa. Você está com a sua pessoa. Porque o que você tem dela é um retrato seu, uma imagem sua, uma crença sua, um conceito seu sobre quem ela é. Reparem o quanto isso é importante aqui de ser compreendido. A imagem que você tem sobre você é tão ilusória quanto a imagem que você tem sobre quem é o outro.
Você não se conhece, você não se compreende, porque você não se conhece. E como pode compreender o outro? E como pode conhecer o outro? Assim é esse nosso contato com a vida. A vida é aquilo que está acontecendo aqui e agora.
Não é algo que aconteceu e não é algo que acontecerá. É algo que está acontecendo aqui e agora.
E tudo que você tem na mente, nesta mente condicionada, nessa forma condicionada de existência, centrada nesse modelo desse pensar, desse pensamento, é uma fotografia. Isso não retrata a realidade do momento, mas é assim que estamos entrando em contato com a vida nesse momento.
Então, tecnicamente, o conhecimento, a experiência, a memória, o pensamento, essa fotografia é algo funcional. Por exemplo, para consertar uma pane de um automóvel, de um avião, para lidar com um assunto profissional precisamos desse conhecimento, dessa experiência, dessa habilidade prévia. Mas nesse contato com algo vivo, dinâmico, que é sempre novo, como é o outro, a vida ou os acontecimentos, essa nossa forma pessoal, particular, egocentrada de contato com isso é confusão na certa, é divisão e, portanto, sofrimento. Nós desconhecemos a beleza da importância dessa inteligência espiritual. É essa inteligência divina, nesta visão da sabedoria, que pode lhe fazer se aproximar da vida agora, como ela é. Isso requer a ausência desse sentido do “eu”, desse sentido do ego, desse antigo modelo de pensar e de pensamento, naturalmente de sentimento, de emoção, sensação.
É isso que estamos abordando aqui com você. Tendo um olhar próximo aqui com você de tudo isso. A ciência de Deus requer a compreensão da verdade sobre você.
Então, compreender esse aspecto desse sentido do “eu” presente, do ego, e descobrir algo além desse ego, desse “eu”, que é a verdade de sua natureza essencial, que, essencialmente, é inteligência divina e sabedoria, isso presente, temos a verdade do Despertar Espiritual, da Iluminação Espiritual. É apenas nesse sentido que usamos aqui essa expressão: Iluminação espiritual ou Despertar Espiritual. Uma visão de totalidade da vida, e uma ação livre de alguém presente nesta ação. Então, temos a vida em seu próprio movimento.
É quando o seu contato com o outro, com ele ou ela, assim como o seu contato com situações, circunstâncias ou acontecimentos, é algo que ocorre de uma forma inteiramente nova, porque não temos mais esse elemento que se separa e que olha a partir desse sentido de separação. Uma visão da vida sem o sentido de alguém nessa visão é um olhar livre do “eu”, livre do ego. É um perceber livre do ego, livre do “eu”.
É um sentir livre desse elemento que se vê separado e que tem esse padrão de comportamento egocentrado. É isso que estamos com você aqui, aprofundando com você, trabalhando com você.
Nós temos esses encontros aqui online nos finais de semana. Sábado e domingo estamos juntos, aprofundando isso com você. Você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para participar desses encontros e trabalhar isso.
Então, um final de semana juntos. Fica aqui um convite. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros.
Se isso que você acaba de ouvir faz sentido para você, fica aqui um convite. Já deixe aqui o seu like, se inscreva no canal, coloque aqui no comentário: sim isso faz sentido. Ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.