Aqui nós esperamos que possamos, de verdade, nesse encontro, de fato, termos um encontro. Notem que, em um encontro, um elemento principal, dentro de um encontro, é o Compartilhar. Sempre quando você se encontra com alguém, o que há por detrás, nessa intenção do encontro, é, naturalmente, um compartilhamento. E aqui nós estamos compartilhando juntos. Há um compartilhar de algo que está presente aqui. Mas é algo que fica impossível esse compartilhar quando nós não nos encontramos.
Aqui se tem um assunto que nós temos trabalhado muito com você, é a beleza desse Aprender, da verdade do Aprender. E esse Aprender requer exatamente esse encontro. Há uma diferença entre aprender e ter aprendido. Quando, por exemplo, você faz o uso de um conhecimento, o uso desse conhecimento é em razão de algo que foi aprendido. Então, o que diferencia um encontro de revelação de sabedoria?
Aqui, o nosso assunto é o Despertar da Inteligência, dessa Inteligência Espiritual. O que diferencia esse Despertar dessa Inteligência Espiritual da busca ou da formação de um conhecimento – um encontro com um conhecimento que se aprende e que agora foi aprendido e que se sabe e que se domina – para a ciência do aprender? Aqui aprender é o verbo na ação, é um ato contínuo, aqui, nesse instante. É nesse aprender que reside a possibilidade desse florescer da inteligência. Me refiro à Inteligência Divina, à Inteligência Espiritual.
Aqui, com você, nós estamos descobrindo como ter o fim para esta psicológica condição de desordem, que é a condição do “eu”. Notem, o sentido do “eu” em nós é o sentido de uma continuidade psicológica. Assim como a expressão do conhecimento aprendido, quanto mais ele é expresso, mais ele reforça a memória. Repare, vamos com calma colocar isso aqui para você. Vamos ver a diferença entre esse aprender, nesse momento, nesse ato contínuo, para esse “eu” aprendi, desse aprender como nós conhecemos. Enquanto esse aprender como nós conhecemos é algo que reside em um conhecimento que se adquiriu, esse aprender, nesse momento, é algo diferente, porque nesse ato contínuo há uma compreensão, momento a momento, da vida, como ela está acontecendo. É isso que dá formação ao Sábio, é isso que dá formação a este novo, a esse inusitado, a esse Desconhecido, que é esta Presença da Realidade Divina, deste Ser, algo que nós somos em nossa Real Natureza. Tornando simples tudo isso, você, em sua natureza Real, é a natureza da Verdade, desse aprender, momento a momento, nesse contato com a vida, nesse instante. Nesse contato com a vida, nesse instante, existe esse aprender. E nesse aprender reside a Ciência da Verdade, a Visão da Sabedoria.
E é isso que estamos trabalhando aqui com você, nesse canal, quando lhe propomos a percepção dessa Inteligência Divina que você traz em sua natureza Real, que você traz em seu Ser, diferente desse modelo desse “eu” aprendi, o que requer uma acumulação de conhecimento. Note isso, para efeitos práticos na vida, o conhecimento que se aprende, ele é fundamental. Você precisa do conhecimento em diversas áreas da vida. Conhecimento técnico, profissional, ele é algo funcional. Ele lhe permite trabalhar em uma profissão, em uma ocupação, em um labor. Então isso é essencial, isso é fundamental! Então, nesse sentido, o conhecimento aprendido, o conhecimento que se aprende, é necessário. Agora, nós temos uma qualidade de conhecimento que nós adquirimos, completamente inútil. E é disso que eu quero tratar aqui com você. Não precisamos desta qualidade de conhecimento que se aprende, que se guarda, que se memoriza. Isso porque a qualidade desse conhecimento, ele está dando vida a esse sentido de “egoidentidade”. Esta vida é a artificial vida de um “centro” isolacionista, separatista, que nos mantém dentro da vida em uma condição de ignorância e não de Sabedoria. Parece que agora começa a ficar claro para você.
A condição psicológica de ser alguém é algo que nós aprendemos. Vou dar um exemplo para você: você aprendeu a ficar magoado, a se sentir ofendido, a se sentir diminuído, rejeitado, anulado pelo outro, em razão das palavras que ele lhe dirige. E como foi que você aprendeu isso? Você aprendeu isso construindo uma imagem, que é uma imagem que você tem sobre você. É assim que nós construímos esta “egoidentidade”. Ela é algo presente em razão de uma cultura, em razão de um aprendizado, em razão de uma formação. Dentro desse contexto de nossas relações, nós aprendemos a nos sentir importantes e sem importância; a viver em autoestima, e a sofrer de baixa autoestima. Então, nós aprendemos a viver alimentando esse sentido do “eu”, dessa “pessoa” que nós somos. Isso é uma coisa aprendida. Não só aprendemos como nós cultivamos esse aprendizado e reforçamos isso.
Então há esse movimento contínuo nesse sentido psicológico de “ser alguém”, de formação de identidade, de sustentação de identidade. Essa identidade é uma identidade fictícia, é uma identidade ilusória, é um centro ilusório de existência, onde está afirmada esta “autoimagem”, que é a imagem que você tem sobre quem “você é”. Quando alguém lhe dá um elogio, isso atinge esta “autoimagem”, e ela se sente bem, validada, valorizada, glorificada, importante, orgulhosa de si. Então, um elogio lhe preenche. Preenche esta “autoimagem” de satisfação, de prazer! Então, quando um elogio lhe atinge, isso faz com que você, que é essa “autoimagem”, se sinta muito bem com o outro. Então, você gosta dele, ou gosta dela. Então, isso é o cultivo da “autoimagem”. Isso é o cultivo desta forma de aprender, que mantém e sustenta esse sentido de separação; separação do outro, separação da vida. Esta psicológica condição em nós é uma condição de alienação da Real Vida, que é a vida livre do “ego”, que é a vida livre do “eu”, porque isso se situa exatamente no “eu”.
Então, nós temos isso como algo positivo e, na realidade, estamos diante de uma situação muito delicada que está alimentando esse sentido do “ego”, favorecendo esse princípio de dualidade, de separação e, portanto, de sofrimento. Porque nem todos te elogiam, nem todos te dão prazer, satisfação e preenchimento egoico. Alguns também difamam, criticam, censuram, xingam você. Quando você escuta isso ou fica sabendo, isso fere a “autoimagem”. Então, quando você é atingido pela lisonja, você se sente feliz, mas quando é atingido pela crítica, você se sente mal, aborrecido, com raiva, revoltado. Então, estamos dando aqui para você um exemplo do tipo do aprendizado que nós recebemos dentro deste contexto de mundo que mantém esta continuidade desta falsa identidade, que é a identidade da “autoimagem”, desse “mim”.
Qual é a verdade sobre você? Não o que outro pensa sobre você, ou o que você pensa sobre si mesmo. Não o que você aprendeu da cultura sobre quem você é, ou sobre o que você acredita que a cultura lhe declara quem você é.
O que a cultura lhe diz sobre você é aquilo que temos em nós em razão de um condicionamento que recebemos da cultura; da cultura política, filosófica, religiosa, dessa cultura de opinião dos outros. Isso nos deu a formação de uma “autoimagem”. Então, essa forma de aprender não é a Verdade da compreensão sobre você. É a falsificação da Verdade sobre você. Então, nós precisamos de uma nova forma de aprender. Nós precisamos aprender sobre o Autoconhecimento, que é exatamente se dar conta desse fundo de condicionamento psicológico que trazemos, desse formato de aprendizado que recebemos de história humana, de cultura humana, de valores humanos, o que tem dado formação a esse sentido do “ego”. Veja como isso é importante para a sua vida! Ansiedade, depressão, angústia, medo, preocupação, rejeição, tudo isso, e muito mais, se sustenta exatamente nesta “autoimagem”, nesta ideia de “ser alguém”, nesta imagem que o pensamento tem construído sobre quem você é. Porque, reparem, tudo isso são construções do pensamento.
Aqui estamos trabalhando isso com você, o fim para este condicionamento psicológico e, portanto, o fim para esta qualidade de pensamento, o fim para esta “autoimagem”. Então, você precisa do conhecimento que se adquire e que lhe dá uma formação profissional, funcional, técnica. Mas você não precisa da “autoimagem”; você não precisa do modelo psicológico de existência que o ser humano conhece. Essa complexidade psicológica de “ser alguém” na vida está sustentando, alimentando, dando continuidade a todo tipo de sofrimento, a todo tipo de problema, a todo tipo de confusão em nossas vidas. Porque essas “nossas vidas”, esta não é a Realidade da Vida, é a realidade da “particular vida” desta identidade ilusória.
Assim, nós estamos aqui olhando a beleza desse aprender sobre o autoconhecimento. Esse aprender sobre o autoconhecimento requer esta visão do autoconhecimento em Atenção Plena. Quando alguém lhe elogia, ou lhe critica, isso toca essa “autoimagem”. Quando, nesse momento, você descobre a beleza do que é esta Atenção Plena; nesse momento, apenas o escutar e se dar atenção a isso que a vida está mostrando aqui e agora, nesse momento. Isso rompe com esse condicionamento desse aprender na desatenção. Esse aprender na desatenção é manter a continuidade da imagem, da “autoimagem”. Repare como é simples isso.
Ao me ouvir, você concorda ou você discorda. Isso prova que esse Ouvir, nele não há esta atenção. Quando há esta atenção, nesta atenção há o Escutar. E nesse escutar não tem “você” para concordar ou discordar. Esse é um exemplo do que é esta atenção nesse Escutar. Escutar o que o outro diz não é concordar ou discordar. Escutar o que o outro diz é só escutar. Nesse Escutar, uma energia nova está presente. Essa energia lhe permite aprender. Apenas aprender e não reforçar um conhecimento que você já tem, concordando ou discordando; e não acumular um novo conhecimento em razão daquilo que o outro diz, nesse antigo e velho aprender, aprendendo, adquirindo, acumulando conhecimento.
Então, reparem a beleza desse encontro com esse Escutar, que lhe permite esse aprender sem acumular. Quando há esse Escutar, fica claro o que o outro diz, mas não fica acúmulo. Não existe esse registro! Há só uma compreensão do que o outro diz. Veja, não se trata de concordar ou discordar; não se trata de guardar o que o outro diz, transformar isso em um conhecimento para esta “autoimagem”. Nesse Escutar, temos a presença desta atenção, sobre esse momento. E, nesse Escutar, na presença dessa atenção, sobre esse momento, há uma Compreensão. Nesta Compreensão temos o Aprender. Percebem a diferença? Isso não dá formação ao “eu”. Isso descarta o sentido de uma identidade, que carrega uma autoimagem, que carrega uma autoimportância, que vive nesse gostar ou não gostar do que escuta.
Então, aqui nós temos colocado de uma forma direta agora para você isso. Acabamos de colocar de uma forma muito direta para você. O que é essencialmente esse aprender sobre o autoconhecimento? É estar nesta atenção sobre esse instante, sem valorizar esta “autoimagem”, que é uma estrutura criada e sustentada em você, pelo pensamento. Então, esta “autoimagem”, a psicologia toca nisso, mas não aprofunda como estamos colocando aqui. Nós estamos trabalhando com você o fim desta “autoimagem”. Em geral, as pessoas valorizam esta “autoimagem”. Quando falam da “autoimagem” em psicologia, em geral, elas estão valorizando o sentido desta “autoimagem”, dando a ela um treinamento para melhor lidar com as situações da vida. Ou seja, de outra forma, estão apenas fomentando ainda mais a formação e a consolidação dessa “autoimagem”. Então, as pessoas se preocupam muito, de uma forma equivocada, em mudar essa “autoimagem”, em melhorar essa “autoimagem”, em aperfeiçoar essa “autoimagem”. E aqui estamos dizendo para você que a realização da Verdade sobre você é aquilo que está presente quando há o fim para esta “autoimagem”. Esse é o descarte da “autoimagem”. Algo possível quando trazemos para esse momento esta atenção para as nossas reações, para qualquer pensamento, sentimento, emoção, sensação, que apareça aqui, nesse instante; quando, por exemplo, nesse exemplo que acabamos de colocar, quando você é criticado, quando você é elogiado.
Então percebam o valor disso, compreendam o valor disso para a sua vida, e se ao final desta “particular vida”, desse sentido do “ego”, que vive dentro desta posição de “alto e baixo”, como em uma gangorra, ele está bem ou mal. Esses estados internos psicológicos, nesta “egoidentidade”, são estados conflituosos em razão desta dualidade. Porque ou nós estamos bem ou estamos mal, ou estamos plenos, ou vazios. Se sentindo validados ou invalidados; apreciados ou depreciados; amados ou odiados; aceitos ou rejeitados. O que estamos fazendo juntos aqui? Nós estamos rompendo com este padrão de “identidade egoica”. Estamos compreendendo a verdade sobre o autoconhecimento.
Então, nós estamos explorando isso aqui com você. Nós temos a possibilidade, nesta vida, de realizar a Verdade daquilo que nós somos, indo além desta “autoimagem”. Isso requer esse aprender sobre o autoconhecimento. Então, a verdade do autoconhecimento é algo que está intimamente relacionado com a presença desta Atenção Plena. E aqui essa Atenção Plena não é a atenção plena da técnica, do método, da ferramenta para o autoaperfeiçoamento do “eu”; é a ciência da realidade que se revela nesse instante, quando o “eu” não está, quando o “ego” não está. Então, se aproximar de si mesmo é acordar nesta vida. Esse acordar é o descarte desse sentido do “ego”, desse sentido da “autoimagem”.
Aqui estamos descobrindo juntos como, nesta vida, ter nesta existência o florescer da verdade sobre quem nós somos, o despertar dessa Inteligência Espiritual, desta Inteligência Divina. É isso que estamos, com você, trabalhando aqui. Realizar isto, nesta vida, é tomar ciência de que há uma realidade presente. E essa realidade não é a realidade da “pessoa”, é a realidade de Deus.
O ser humano vive há muitos anos no planeta Terra. Há milênios estamos por aqui. E ainda não nos demos conta da Realidade, de que há algo presente, além do conhecido; há algo presente, além dessa noção que temos de tempo e de espaço; há algo presente, e esse algo é a Realidade Divina. O ser humano sempre esteve curioso e em sua insatisfação sempre procurou descobrir se existe realmente alguma coisa além de tudo isso. Então, os Sábios que apareceram aqui nesse cenário, neste sonho de existência, nos falaram desta Realidade. Mas veio o intelecto do ser humano e organizou as palavras dos Sábios e assim criamos as religiões organizadas. Mas, repare, o propósito na vida é tomarmos ciência da vida divina. Nesse sentido, o propósito na vida é tomarmos ciência da Realidade, sim, da realidade de Deus. Mas, isso não é algo que está dentro do campo do intelecto. O intelecto não consegue apreender o significado real disso, desta Realidade Divina, que é a Realidade de Deus.
Então, um contato com a Verdade deste Ser, deste Real Ser, além desta “autoimagem”, além deste “sentido egoico”, é, sim, um contato com a Verdade de Deus. Neste sentido, temos a presença da Real Vida Divina, da verdadeira vida religiosa. Então, temos a presença desta realização de Deus, que alguns chamam de Despertar Espiritual ou Iluminação Espiritual.
Aqui no canal nós temos uma playlist sobre o que é Atenção Plena. Uma outra playlist sobre Autoconhecimento e Atenção Plena, onde estamos explorando com você esse assunto. Então, tomar ciência disso, realizar isto nesta vida, é ter a revelação do autoconhecimento, da importância do autoconhecimento, desse aprender sobre o autoconhecimento. Aqui, estamos lhe dizendo que você, em sua Natureza Divina, está além da “autoimagem”, além desse sentido egoico. E, portanto, além desta dualidade, desta condição psicológica, onde está presente todo tipo de sofrimento que nós conhecemos dentro desse condicionamento, nesse velho aprender, que é o aprender desta “egoidentidade”. Romper com isso é a ciência de um novo aprender. Romper com isso é romper com o pensamento, como nós conhecemos, para algo que está além da mente, que é a Verdade Divina, que é a Verdade de Deus.
Então, aqui no canal estamos nos dedicando a esse Despertar Espiritual, a essa Realização Divina, a esse Despertar da Inteligência de Deus. Nós temos encontros aqui aos sábados, trabalhando isso com você, sábado e domingo; final de semana juntos! Você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para participar desses encontros online aos finais de semana. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Se isso que você acaba de ouvir é algo que faz algum sentido para você, fica aqui um convite: já deixa aqui o seu like, se inscreve no canal, coloca aqui no comentário: “Sim, isso faz sentido!” Tudo bem? E a gente se vê! Valeu pelo encontro e até a próxima.