Despertar Espiritual | Ação livre do ego | Uma vida livre do ego

A questão aqui é: qual será a natureza das nossas ações? O que é uma ação livre? Uma ação que corresponde a este instante, que atende a este momento de uma forma tão completa, tão integral, tão real, que não produza mais sofrimento, nem para você, nem para o outro? Aqui no canal estamos falando da Beleza da Compaixão, desta Verdade que é a expressão deste Ser que somos, quando o sentido do “eu”, do ego, não está mais presente.

Então, nós estamos aqui apontando, sinalizando, tornando conhecida para você, a possibilidade de uma ação livre do ego, lhe mostrando que existe, sim, a possibilidade de uma ação livre deste sentido do “eu”, da pessoa, desta individual consciência, como você acredita ser, como você acredita ter, nesta ilusão de ser alguém presente.

Observem que as nossas ações são ações contraditórias, são ações que produzem sofrimento, são ações que nascem de um fundo, em nós, de inconsciência, de padrão egoico. Então, não há Amor em nossas relações, não há Paz em nossas relações, não há Liberdade em nossas ações, porque elas nascem deste “eu”, deste ego.

Aqui no canal estamos dizendo para você que há esta possibilidade, sim, do Despertar Espiritual e do Florescer desta Inteligência Natural. Eu prefiro chamar de Real Inteligência. Esta Inteligência Real, esta Verdade do seu Ser, quando floresce, uma ação de outra qualidade surge. Então, vamos investigar com você, aqui, nos próximos minutos, por que nossas ações estão produzindo sofrimento no mundo. Observe que nós estamos sobrecarregados de problemas. No mundo, como seres humanos, nesse sentido nós não somos diferentes do mundo à nossa volta. Na verdade, esse mundo à nossa volta somos nós mesmos, e quando a gente olha para o mundo, vê todos os problemas no mundo presentes dentro de nós. Então, o ser humano carrega problemas de diversos tipos. As diversas áreas de nossas vidas estão carregadas de problemas. Nós temos problemas políticos, temos problemas econômicos, temos problemas de saúde, temos problemas religiosos, temos problemas de relacionamentos… nós temos problema em lidar com nós mesmos, naturalmente, com o outro… Então, nossas ações, elas não carregam esse perfume desta Inteligência Natural, ou desta Real Inteligência. Então, essa Inteligência Real não se faz presente em nossas relações. Então, os problemas estão presentes: os problemas políticos, os problemas econômicos, os problemas de relação com o outro, de relação com nós mesmos, de relação com a vida…

Nós temos o anseio de Paz, o anseio de Liberdade, o anseio de Amor, mas usamos essas palavras sem compreender o significado real delas. Se a nossa relação com o outro está, de uma certa forma, tranquila, porque nós estamos nos ajustando em termos de opiniões, de ideias, de crenças… não estamos em desacordo muito frontal, muito patente, muito claro, nós chamamos de “paz” essa relação. Então, para nós, a relação é, na verdade, um acordo. Estamos numa paz de acordo, então num acordo mútuo nós estamos em “paz”, num acordo mútuo nós temos esse assim chamado “amor”: “Eu te amo se você me ama. Eu gosto de você se você gosta de mim. Eu te aceito se você me aceita.” Quanto à questão da Liberdade, a nossa relação com o outro, de amizade, é um acordo. Se há um ajustamento nesta relação, nós estamos em “paz” um com o outro, nós estamos em “amor” um com o outro, nós estamos em “liberdade” um com o outro. Então, é tudo uma questão de acordo.

Nossas ações, como elas nascem deste centro que é o “eu”, o ego, não há a Presença da Real Inteligência, não há esta Presença da Verdade do Amor, da Verdade da Liberdade, da Verdade da Paz. Então, não há Liberdade, não há Amor, não há Paz, não há ausência de problemas. Nós, aqui, estamos sinalizando a Beleza, a Importância de uma vida onde há uma ação em um agir a partir desta Liberdade. Uma ação livre do “eu”: notem como isso é importante, porque a nossa vida consiste de ações, ações sendo realizadas, ações sendo tomadas, ações acontecendo, e como essas ações estão presentes em nossas relações, não há como escaparmos dessas relações e, portanto, não há como nos distanciarmos da ação. Assim sendo, se não há esta Liberdade, esta Verdade, esta Beleza de ação livre do ego, nossas relações, naturalmente, estarão sempre produzindo essa ou aquela forma de contradição, esse ou aquele problema. Então, sempre haverá conflito, sempre haverá dilemas, sempre haverá problemas.

Então, vamos descobrir aqui de onde provêm essas ações, qual é a dimensão de onde nascem essas ações. Por que elas produzem sofrimento, por que elas produzem conflito, por que, nelas, nós temos ausência da Real Paz, da Real Liberdade, do Real Amor? Observe que nossas ações nascem das nossas predisposições internas, elas nascem dos nossos pensamentos. Primeiro, antes de tudo, vamos compreender – quero repassar isso aqui – nossa ação no mundo é inevitável. A vida é um movimento de ação: falar aqui é uma ação; estar com você é impossível sem uma ação; lidar com as situações da vida é a presença da ação; pensamento é ação; sentimento é ação; emoção é ação; ouvir você falar, falar com você, trabalhar tudo isso requer ação. A ação está presente em nossas vidas, em todas as áreas, em todas as esferas de nossas vidas. A questão é: de onde nascem essas ações? Qual é a dimensão da qual elas estão surgindo?

Observe que toda a ação em você nasce de uma disposição interna de pensamento, de sentimento, de emoção, de percepção, de sensação… então, essa ação nasce de uma experiência. Assim, essa experiência é, por natureza, o resultado de algo pelo qual você já passou e registrou. Assim sendo, esse registro que é essa experiência se expressando agora, aqui, neste momento, ela nasce desse fundo. Esse fundo é o “eu”, a pessoa, o experimentador. Então, qual é a dimensão de onde nascem nossas ações? Nossas ações nascem desse fundo, que é o “eu”, o experimentador, a pessoa. Haverá uma outra qualidade de ação possível para as nossas relações com o outro, com nós mesmos, com o mundo? Haverá uma qualidade de ação que possa nascer, que possa surgir, de uma outra dimensão, que não seja essa dimensão que é a dimensão da experiência, daquele que passou por uma determinada situação e registrou aquilo?

O pensamento em nós é a presença da memória. A ação em nós é a presença desse experimentador, que é memória, se expressando no falar, no ouvir, no “se relacionar”. Haverá uma qualidade de ação de uma outra ordem? Enquanto nossas ações estiverem, neste momento, sendo apenas a representação – observem isso – sendo apenas o padrão de repetição já de uma programação que vem desse experimentador e, portanto, do passado; enquanto nossas ações neste instante forem apenas um ajustamento, uma representação, uma correspondência para este instante com base nesse passado, esta ação será uma ação que vem do passado e, portanto, uma ação que não representa a Liberdade deste momento presente, do desafio para esse instante. Então, esta qualidade de ação está prisioneira do tempo, prisioneira do passado. Esse passado é o experimentador. Esse experimentador é esse sentido do “eu” presente aqui, neste instante. Nesse contato com você eu tenho o seu rosto, eu tenho o seu nome… então, do ponto de vista muito prático e objetivo, eu preciso deste reconhecimento, eu preciso desta memória, mas apenas neste simples contato dentro desse padrão de conhecimento, de memória objetiva e funcional. Mas as nossas ações são todas com essa base: gostar de você, não gostar de você; estar em acordo com você ou em desacordo com você; aceitar você ou rejeitar você… as minhas opiniões são diferentes das suas opiniões. Nesse nível, nossas ações são conflituosas. No nível objetivo e prático, saber o seu nome, reconhecer o seu rosto e ter o contato com você de uma forma prática e objetiva é algo muito simples.

Então, nesse nível, esta ação é uma ação objetiva, mas, também, nós temos uma outra qualidade de ação, que é esta ação que nasce desse fundo psicológico, que é o “eu”, o ego, que tem por princípio o “gostar” ou “não gostar”, o “aceitar” ou “rejeitar” suas ideias, ou impor as minhas. Então, está presente uma qualidade de ação que separa, que divide, que tem por princípio a identidade do “eu”, do ego. Nesse sentido, estou separado de você. Minha crença, minha ideia, meu conceito, meu julgamento, é muito mais valioso, muito mais importante, minha consideração é algo muito significativo para mim. Nesse sentido, não me importo com outra coisa a não ser com esse “eu” que acredito ser. Então, nesse nível de ação temos o conflito, temos a ausência da Verdade do Amor, a ausência da Verdade da Paz, a ausência da Verdade da Liberdade. Então, será possível uma vida livre do ego, livre do “eu” e, portanto, uma ação livre deste centro particular, deste “eu” particular, desta pessoa que acredito ser, para que, nesta relação com o outro, com a vida, comigo mesmo, com o mundo, não haja mais conflito? Esta qualidade de ação é a ação que nasce desta Real Inteligência, desta Natural Inteligência. Então, quando está presente essa Inteligência Natural, essa Inteligência Real, nós temos uma ação livre do ego, livre do “eu”. Esta ação não vem desta dimensão, que é a dimensão do conhecido, que é a dimensão do experimentador, que é a dimensão deste centro, que é o ego.

Então, é disso que estamos tratando aqui com você dentro do canal, lhe mostrando que é possível, sim, uma vida onde há esta Real Inteligência livre de problemas. Este é o nosso trabalho aqui, com você, dentro do canal. Para esse propósito nós temos encontros on-line, que ocorrem nos finais de semana. Você encontra aqui, na descrição do vídeo, o nosso link do WhatsApp para esses encontros. Nós temos encontros, também, presenciais e, também, retiros. Assim, estamos investigando com você a Realidade deste Ser que somos, desta Verdade Divina que trazemos. Portanto, se isso é algo que faz sentido para você, aproveita, já deixa o seu like, já se inscreve no canal, ok? E a gente se vê! Valeu pelo encontro e até a próxima.

Novembro de 2023
Gravatá – PE, Brasil