A Verdade de Deus se revelando | O fim da ilusão e mente condicionada

Se nós pretendemos uma aproximação da Verdade, se pretendemos ter essa Verdade se revelando – eu me refiro à Verdade Divina, à Verdade de Deus –, se há esse anelo dentro de cada um de nós, esse anseio dentro de cada um de nós, se é verdade que estamos internamente queimando por isso, se há uma procura por Deus, se isso é autêntico, genuíno, verdadeiro, então eu quero, nesses minutos que vamos ter juntos aqui, trabalhar isso com você.

Afinal, como Isso se torna possível? Como se torna possível essa Verdade – não a crença. Vamos até começar a falar sobre isso aqui, sobre essa questão da crença. Nós temos uma crença em Deus, uma crença que nos foi dada. Nós fomos ensinados, desde pequenos, em nossa cultura a acreditar em Deus. A não ser que você tenha nascido em um país onde não lhe foi mostrado, onde não foi lhe apresentada essa ideia, que é a ideia de Deus (como ocorre nos países comunistas), mas se você nasceu em um país onde lá lhe foi mostrado – aqui, por exemplo, no Brasil e em diversos outros países, isso tem sido apresentado a nós desde crianças – então, nós temos uma crença, a crença em Deus. Mas, juntamente, com essa crença em Deus, temos diversas outras crenças de cultura que nós recebemos, de sociedade, de mundo que nós recebemos.

Podemos libertar nossas mentes das crenças? Essa é a pergunta. É possível a mente livre, a mente inteiramente livre de todas as formas de crenças? A educação que recebemos, a formação que recebemos, tudo aquilo que tem sido nos mostrado ao longo de todo esse período de vida, de todos esses anos de vida que temos tido, isso tem feito de nós pessoas que acreditam em algumas coisas e não acreditam em outras.

Mas o que são as crenças? Crença é algo intelectual, é o resultado de uma propaganda. Nós precisamos descobrir por nós mesmos se podemos ter nossa mente livre dessa propaganda, dessa formulação meramente intelectual, dessas imagens que a cultura nos deu. Uma aproximação da Verdade Divina, que é a Verdade do seu Ser, que é a Realidade de Deus, não é algo dentro da crença. Dentro da crença, nós temos a religião com seus dogmas, seus rituais, suas cerimônias, as diversas práticas, e nos submetemos a tudo isso em razão da propaganda, em razão da crença.

A Verdade de Deus, a Verdade do seu Ser, a Verdade Divina, essa Realidade Suprema, Ela é independente, Ela é livre. Então não se trata de não acreditar em Deus, como ocorre nos países comunistas, ou de acreditar em Deus, como ocorre em países não comunistas; não se trata de acreditar ou desacreditar, se trata de uma Realidade presente, vivencial, uma compreensão direta. Essa compreensão direta torna-se possível quando a mente encontra essa liberdade de não mais sustentar essa ou aquela forma de crença, essa ou aquela forma de ideia ou conceito. Tudo que a mente egoica em nós tem feito – e a mente egoica, essa mente como nós a conhecemos, dentro de cada um de nós, é o resultado de uma cultura, de uma sociedade, de um mundo – tudo que a mente tem feito é produzir ilusões e se firmar em crenças e em descrenças também. Aqui nós estamos trabalhando com você o fim da ilusão dessa mente, que é a mente condicionada, que é a mente crédula – ela acredita na descrença ou acredita na crença.

Essa mente condicionada está presa a um padrão de comportamento, de modelo de existência, de modelo de vida, dentro de um centramento que é o “eu”, o ego. Assim, a pessoa como você se vê, a pessoa que você acredita ser, a pessoa que você tem como sendo você mesma, você mesmo, carrega essa mente condicionada. Nossas mentes estão presas a esse sistema, a esse padrão, a esse condicionamento social, cultural, humanista. Assim, carregamos em nossas mentes toda forma de condicionamento. Temos o condicionamento da raça humana, temos o condicionamento da cultura, o condicionamento da política, o condicionamento da religião, o condicionamento filosófico, o condicionamento da espiritualidade e tudo isso fez com que nossos intelectos estivessem como estão hoje: presos, condicionados, já programados.

Assim, estamos produzindo e sustentando sempre ilusões de todos os tipos, então não há essa Liberdade, não temos uma mente livre, uma mente clara, lúcida, nova, o intelecto quieto, silencioso. Nosso intelecto está condicionado, nossa mente está condicionada, como pessoas estamos programadas para falar de uma certa forma, para sentir de uma certa forma. Então, não há algo novo presente agora, aqui, porque essa mente é velha, ela é o resultado de milhares e milhares de anos de condicionamento. Esse é o padrão do “eu”, do ego.

Não importa o que você já tenha alcançado nessa vida, quando você olha pra si mesmo, você percebe que tudo que nós temos nessa vida é uma vida cheia de medo, até porque essas realizações nós tememos perdê-las. Então o medo é algo presente. Não importa que tipo de vida você tenha nesse momento, que tipo de situação confortável você esteja vivendo, há sempre dentro de nós o medo, o medo de perder o que conseguimos, o medo de envelhecer, o medo de morrer, o medo de ser enganado, o medo de ser traído, o medo de ser abandonado; nós temos o medo do passado, portanto, temos diversas formas de medo, o medo do futuro. O medo, por exemplo, é algo constante em nossas vidas, então nós sempre temos objetivos a alcançar para nos sentirmos mais seguros, mas nesse próprio movimento de alcançar há um constante medo de não obter, de não realizar, então nos sentimos como criaturas inseguras, atemorizadas.

Temos momentos, sim, de satisfação, de preenchimento, de paz, de alegria, de felicidade, mas usamos essas expressões “alegria”, “paz”, “felicidade” de uma forma como todo mundo usa. Nossa “paz” vem e vai, nossa “alegria” é algo que vem e vai, nossa “felicidade” é uma coisa de momento, no momento estamos felizes, no momento seguinte podemos estar tristes. Então dentro desse “eu”, desse ego estamos sempre nessa inconstância, nessa variação de estados internos. Nos sentimos bem agora, mas no momento seguinte já não estamos tão bem. As coisas acontecem e nossos estados internos estão variando, estão mudando. Essa é a condição do “eu”, do ego.

Olhar para a verdade daquilo que somos, constatar a Verdade do nosso Ser, tomar ciência de uma Realidade fora do “eu”, fora do ego, isso é nesta vida realizar Deus, isso é nesta vida realizar a verdadeira Felicidade, a verdadeira Paz, o verdadeiro Amor, a verdadeira Liberdade. Isso não é Algo conhecido dentro do mundo.

Olhe para as pessoas à sua volta, elas estão carregadas, ainda, de medo, de conflitos, de contradições. Estamos dentro de uma situação bastante complicada, bastante delicada, vivemos em contradição. Por exemplo, nós queremos uma coisa e ao mesmo tempo não queremos aquilo; queremos, mas sabemos que isso que queremos pode nos prejudicar e mesmo assim o desejo continua presente. Então, há um querer e um não querer; intelectualmente eu percebo o perigo de realizar aquilo, de obter aquilo, de conquistar aquilo e, mesmo assim, há esse impulso interno do desejo. Isso é conflito, isso é contradição.

Internamente, vivemos como criaturas em contradição. Nós pensamos uma coisa e queremos outra coisa; ou nós queremos uma coisa e estamos pensamos no prejuízo que isso pode nos dar, nos causar. Então, nós falamos algo, sentimos outra coisa e fazemos uma outra coisa. No ego vivemos nesses estados de contradição, e não importa o quanto já estudamos, a cultura, o padrão de vida que temos ou a qualidade de vida que já alcançamos, sabemos que tudo isso pode ruir, tudo isso pode desaparecer. Então o medo está presente e não podemos negar isso. Sabemos que com a morte, por exemplo, tudo desaparece. E nós estamos envelhecendo, então temos medo da velhice, temos medo da doença. Essa condição de vida, se está claro para cada um de nós que deve haver alguma outra coisa fora disso, fora dessa vida, fora desse padrão comum a todos, se isso já está claro, uma fala como esta faz muito sentido para você. Precisamos realizar a Verdade de Deus, precisamos realizar a Verdade do nosso Ser, nossa Real Felicidade. Assim, esse encontro tem esse propósito.

Descobrindo a Verdade daquilo que se passa dentro de cada um de nós podemos ir além disso. Descobrindo aquilo que ocorre conosco, como temos funcionado, o que é essa mente, o que ela tem projetado, como ela tem se movido, podemos ir além de tudo isso. É possível um contato com a Realidade Divina, com a Realidade de Deus, com a Verdade do seu Ser, com Aquilo que verdadeiramente nós somos? Isso é algo possível e presente quando essa sociedade, quando esse mundo, quando essa cultura, quanto tudo isso psicologicamente é expurgado de cada um de nós, então o trabalho de Autoconhecimento – e aqui o trabalho de Autoconhecimento é o reconhecimento da ilusão desse movimento que essa mente condicionada tem produzido.

Portanto, esse contato com a verdade do Autoconhecimento, essa aproximação com o Autoconhecimento é aquilo que lhe revela a verdade sobre tudo isso. A verdade sobre esse condicionamento da mente lhe mostra a natureza e estrutura dessa mente condicionada que está dentro desse programa, dentro desse modelo. A compreensão direta disso, a revelação direta sobre isso, a constatação direta disso é esse descondicionamento psicológico, essa desprogramação do ego, do “eu”, dessa falsa identidade. Esse é o fim para essa mente que está sempre produzindo todas as formas de ilusões, se agarrando a todo tipo de ilusões, a todas as formulações que são meramente intelectuais, como são as crenças, nos dando sempre uma ilusória sensação de identidade agora, aqui presente, separada da vida, separada do outro, separada da existência, separada de Deus.

Então, apenas quando a mente é expurgada de todo esse conteúdo de condicionamento, quando todo esse condicionamento se desfaz, quando tudo isso desaparece em razão de uma aproximação pelo Autoconhecimento, quando esse sentido de um “eu” é visto criando a ilusão da separação, quando nos tornamos cientes de que um pensamento presente, um sentimento presente, uma imagem que surge, a linguagem que usamos, a forma como nós nos expressamos, agimos, gesticulamos, quando nos tornamos cientes de todo esse movimento, podemos ficar cientes desse sentido de um “eu” que está condicionado, programado, que mecanicamente está procedendo dessa ou daquela forma.

Essa aproximação é Autoconhecimento. Nessa aproximação se revela a ilusão desse “eu” e, portanto, o sentido de separação. Então é quando a mente pode passar por uma transformação, por uma mudança. Há um descondicionamento da própria mente, Algo novo surge, uma mente nova, uma mente livre, uma mente descondicionada. Nos tornamos cientes de uma Realidade fora da mente, fora do “eu”, fora do ego, fora dessa, assim chamada, “cultura humana”. Então há uma Realidade se mostrando, não é mais uma crença, um conceito; não é mais um movimento de dogmas, de rituais, de cerimônias, de práticas esotéricas, assim chamadas, “místicas ou religiosas”. Agora temos a presença de uma Vida Religiosa, não de um “eu” religioso, de um ego religioso, de uma pessoa religiosa. Aqui eu me refiro à uma Vida Religiosa, à presença do Ser, que é essa Real Consciência, à Verdade Divina de cada um de nós, que é a Verdade de Deus. Não é mais um conceito, uma teoria, é a Realidade de Deus.

Então, se você é aquele que está trabalhando isso nesta vida, nesta existência, se já percebeu que tudo aquilo que nós chamamos de “vida” não faz o menor sentido sem essa Realização de Deus, sem esse Despertar da Consciência, sem essa Iluminação Espiritual, esse é o assunto nosso aqui. Se você já percebeu que não faz o menor sentido uma vida sem a Verdade do seu Ser, esse é o nosso encontro aqui, esse é o nosso propósito aqui, esse é o nosso objetivo aqui, nele estamos olhando para isso.

Esse encontro tem esse objetivo, investigar a nós próprios, olhar para nós mesmos, nos tornarmos cientes da Verdade Divina, da Verdade do Ser e, portanto, da Felicidade. Isso requer o fim para essa mente condicionada, o fim para essa mente que está constantemente criando ilusões, sustentando ilusões, por exemplo, a ilusão da felicidade, da felicidade em realizações pessoais. Quando o casamento acontecer, quando os filhos chegarem, quando aquela casa dos sonhos acontecer, quando algo que o próprio pensamento imagina no futuro se realizar, tudo isso é parte desse programa de uma mente condicionada criando ilusões. Tudo isso precisa terminar. Se isso ainda está muito vivo dentro de você, isso aqui não faz o menor sentido, uma fala como essa.

Esse condicionamento psicológico, esse condicionamento cerebral, mental – além de cerebral também mental –, que é o condicionamento humano, desse senso do “eu”, tem nos tornado criaturas assim, ocupadas apenas nessa busca ou procura dessas, assim chamadas, “realizações externas”; ou, no máximo, em uma ideia de uma realização interna que o próprio pensamento ainda projeta, também, quando nos ligamos a essa ou aquela religião organizada com seus dogmas, rituais, crenças, e ali nos acomodamos e passamos trinta, quarenta, cinquenta anos com aquelas crenças, então temos um “eu”, um ego religioso. Na verdade, aquilo que está presente é um ego condicionado, preso ainda a um padrão de mente dentro dessa programação de ilusão, projetando ilusões: o autoaperfeiçoamento, a espiritualização ou a Verdade de Deus sendo encontrada, a revelação direta após um longo processo de evolução, assim chamado, “espiritual”. Então há todo tipo de crenças sobre isso, “como devo me comportar”, “o que devo fazer aqui na vida para após a morte estar em um lugar melhor”. Há todo tipo de conceitos, crenças, ideias, imaginações e tudo isso ainda faz parte da projeção do próprio “eu”, do próprio ego, dessa própria egoidentidade.

Aqui estamos colocando para você o fim do ego, o fim do “eu”, o fim da egoidentidade e, portanto, o fim dessa ilusão. A Realidade do seu Ser, que é a Realidade de Deus, é agora, é aqui. Uma vida em Amor é agora, aqui, em Liberdade é agora e aqui, nessa Inteligência é agora e aqui, nessa Compaixão é agora e aqui. Uma vida livre de sofrimento, livre desse sentido de egoísmo, de egocentrismo é agora e aqui. Então a Verdade de Deus se mostra não mais como um conjunto de conceitos, de ideais, de propósitos futuristas, é agora se revelando, a Verdade Divina.

Esse é o nosso trabalho aqui com você. Através da Verdade da revelação do Autoconhecimento, uma aproximação da Verdade da Real Meditação agora, aqui de uma forma prática, vivencial, lhe revela um Estado de Ser que é o Ser de Deus. Isso é o fim da separação entre “você e o outro”, entre “você e a vida”. Essa é a verdadeira Realização da Felicidade, do Amor, da Verdade, é a Revelação da Verdade do seu Ser, é a Revelação da Verdade de Deus. Ok?

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Agosto de 2023
Gravatá – PE, Brasil