Afinal, o que nós estamos trabalhando juntos aqui com você? Estamos trabalhando o fim da ilusão do sentido de um “eu” presente, aqui e agora, dentro dessa experiência. Nós estamos trabalhando com você o fim de uma identidade separada, a presença de “alguém” agora aqui. A ideia que você tem sobre quem você é, o conceito que você faz sobre você, sobre o outro, sobre o mundo, isso é algo que se assenta com base dentro dessa ilusão. Essa ilusão é o desconhecimento da Verdade sobre você.
Você não tem olhado, você não tem observado, você não tem visto a Verdade sobre si mesma, sobre si mesmo, porque não há uma investigação. É comum a todos nós mantermos nossas vidas de uma forma mecânica, insciente, inconsciente a respeito de quem somos. As contradições, os conflitos, dilemas, problemas, todos os medos e complicações diversas, as diversas formas de infelicidade que temos em nossas vidas estão presentes em razão deste desconhecimento.
Assim, se nós temos um interesse real de uma aproximação, de uma real mudança, de uma real transformação em nós mesmos, de nossa mente e do nosso coração, para uma vida inteiramente nova, livre de conflitos, de problemas, de dilemas e de sofrimento, precisamos compreender a Verdade sobre quem somos. É necessário compreendermos essa questão desse conteúdo da consciência em nós. Afinal, o que é essa consciência – essa consciência humana em nós?
Todos nós temos diferenças uns dos outros. Essas diferenças psicológicas têm aspectos muito particulares dentro da história de cada um, no entanto, basicamente, psicologicamente, essa consciência humana, esse estado de consciência, é algo comum a todos nós. Estamos aqui nos referindo à mesma consciência em todos: é essa consciência egoica, é essa consciência do “eu” – assim nós temos chamado esse modelo de consciência que conhecemos.
Se houver uma mudança em nossa mente, em nosso coração, algo inteiramente novo estará presente nessa experiência do viver, é nisso que estamos interessados dentro desse encontro. Nós estamos gastando muita energia tentando resolver os problemas – problemas físicos, problemas intelectuais, emocionais, financeiros, diversos problemas que temos em nossas vidas –, e esses problemas estão presentes em razão dessa falta de Real Consciência. Essa Real Consciência é essa Nova Consciência, a qual eu tenho tratado aqui dentro desses encontros. A presença dessa Real Consciência é a presença da Inteligência. E quando há Inteligência, em razão dessa Nova Consciência, aquilo que nós chamamos de “problemas humanos” é algo completamente diferente – estamos diante de algo inteiramente diferente. Todos os problemas em nós, ou presentes em nós ao nível psicológico, estão presentes em razão de uma ilusão, em razão de uma identificação equivocada com esse “eu”, com esse ego – essa é a assim conhecida consciência presente em todos nós, essa consciência comum a todos nós.
Aqui eu tenho tratado com você sobre a possibilidade de uma Nova Consciência em razão dessa transformação possível a cada um de nós, em nossa mente e em nosso coração. A Realização disso é a Realização da Verdade do seu Ser, o que alguns chamam de o “Despertar da Consciência”. E por que a expressão “Despertar da Consciência”? Porque se trata da Real Consciência. Aquilo que temos chamado de consciência em nós – essa consciência comum a todos, essa consciência humana – está em um estado de sono. Na verdade, toda a insanidade psicológica presente em nós é em razão dessa consciência humana – o que nós poderemos chamar aqui de inconsciência.
A condição da mente em nós, lincada – como ela está – a um programa de condicionamento psicológico que há milênios estamos trazendo, essa condição psicológica de consciência, que é a consciência do “eu”, que é a consciência mental, é uma consciência de insanidade. Nós não conhecemos a Verdade sobre quem nós somos e nessa insanidade, nessa inconsciência ou nessa consciência egoica, o que prevalece em nós é o medo, a inveja, o ciúme, a ansiedade, todas a formas de complexos, de traumas, de angústias. Tudo isso está presente em razão desse estado comum em todos nós de inconsciência ou de consciência egoica, que é essa, assim chamada, “consciência humana”.
Aqui a proposta é a compreensão da Verdade sobre o seu Ser, a Verdade sobre a sua Real Natureza. A Verdade sobre isso é o fim dessa consciência como nós a conhecemos. Em outras palavras, é o fim dessa visão de pensamento, experiência e tempo, como nós conhecemos. Nós temos um modelo de pensamento, de experiência e tempo. Para nós existe o passado, o presente e o futuro; para nós existe o pensamento e esse pensamento nasce de um pensador em nós; para nós a experiência que vivemos, que nós experimentamos, é muito real para esse pensador que, na verdade, é apenas pensamento guardado, acumulado como parte de uma memória, e tudo isso está dentro desse condicionamento da consciência egoica, da consciência humana, dessa consciência mental.
A nossa aproximação do pensamento, da experiência e desse, assim chamado, “tempo” é algo completamente equivocado. Nossa noção de passado, presente e futuro, psicologicamente falando, é uma ilusão. Nossa noção de pensador que produz pensamentos e lida com a vida a partir desses pensamentos é uma ilusão. E essa busca de experiência para com ela adquirir mais habilidade para acertar, para fazer o que convém, para fazer a coisa certa, isso também se constitui numa ilusão. Toda a ação em nós que se baseia no passado, ou seja, na memória, na lembrança, que é pensamento, repare, tudo isso é resultado de experiências passadas e nós estamos tentando ajustar a vida nesse presente momento a uma visão de uma experiência passada, de uma lembrança, de uma memória, sempre dentro da ideia de que existe “alguém” responsável por isso, que é o “eu”, o pensador.
Nós acreditamos que podemos realizar na vida uma ação livre de complicações, problemas, dilemas, com base naquilo que esse senso do “eu” carrega. Assim, essa consciência mental é aquilo que nós temos valorizado como sendo a verdade sobre quem somos, e isso não é real. A autoinvestigação lhe aproxima do Autoconhecimento. O Autoconhecimento é a aproximação dessa observação desse “eu”; é esse “eu” que está presente dentro dessa ilusão de que ele é “aquele que está pensando”, ele é aquele que está, com base nas experiências, “sempre procurando acertar”. Não é de uma forma consciente que nós estamos procurando a infelicidade. Eu disse isso: não é de uma forma consciente que estamos procurando a infelicidade, mas todas as nossas ações, tudo aquilo que estamos fazendo com as nossas vidas é em direção a essa infelicidade, e não é de uma forma consciente, porque de uma forma consciente jamais estaríamos agindo como estamos agindo, falando o que estamos falando, nos relacionando com o mundo, com o outro como estamos nos relacionando.
Nossas ações conflituosas, que têm por base todo esse pensamento já programado em nós, já condicionado em nós, algo que vem do passado, esse comportamento, essas ações, esse modelo de vida, de existência, é algo que está produzindo em nossas vidas sofrimento, infelicidade. Nós não estamos procurando essa infelicidade de uma forma consciente. A nossa procura é pela felicidade, mas uma procura pela felicidade com base nessa inconsciência a respeito de quem somos, nos coloca dentro desse padrão de comportamento e de ação egocêntrica, de puro egocentrismo, e isso produz em nossas vidas a infelicidade que não desejamos. Então fica muito claro: o ser humano não está na procura da infelicidade, mas tudo o que ele tem feito ou o que nós andamos fazendo a partir desse centro, que é o “eu”, que é o ego, a partir dessa consciência mental – que, na verdade, é pura inconsciência –, tem nos levado a essa confusão em que nós, como seres humanos, estamos hoje, em que cada um de nós está hoje vivendo em nossas relações uns com os outros.
Assim, o nosso encontro ou nosso trabalho juntos aqui consiste na compreensão da Verdade sobre quem nós somos, e essa compreensão é aquilo que irá operar esta transformação fundamental em nossa mente e em nosso coração, para o surgimento desta Realidade, que é a Realidade do seu Ser, que é a Verdade Divina que você É. Essa é a Verdade de Deus – alguns chamam de Iluminação Espiritual ou o Despertar da Consciência –, uma vida completamente diferente, uma nova maneira de viver, sentir, agir, falar, pensar, totalmente livre desse senso de “pessoa”, desse sentido de individualidade separada. Esta individualidade é uma ilusão. Sim, a ilusão da individualidade. Nós carregamos essa ilusão: a ilusão de um sentido de um “eu” presente dentro do viver, dentro do experimentar, dentro do pensar, dentro do tempo. A Realidade do seu Ser, a Realidade Divina que você É, a Verdade de sua Natureza Essencial, não está no tempo – aqui eu me refiro a esse tempo psicológico, que é o tempo do “eu”, onde existe essa noção de “eu fui, eu sou e eu serei”.
Aqui, quando falamos dessa transformação, dessa mudança, não é a partir dessa ilusão “eu fui, eu sou e eu serei” Toda a ideia que temos sobre mudança ou transformação, em geral, nós sempre colocamos a noção ilusória desse tempo, que é o tempo do “eu”. Não existe qualquer Verdade nesse tempo psicológico e, portanto, esse sentido do “eu” pode passar por reformas, por mudanças periféricas, mas não é disso que estamos falando aqui. Estamos falando de uma radical mudança e não é a mudança do “eu”, é a mudança nessa própria estrutura cerebral, física, nesse corpo-mente. É o fim dessa estrutura psicológica, é isso que eu tenho aqui chamado de “real mudança possível” para cada um de nós. Uma mudança que se faz presente quando o sentido do ego não está mais e, portanto, o sentido do tempo não está mais, toda essa noção de “eu fui, eu sou e eu serei” não está mais.
Aqui eu tenho sinalizado para você a importância de uma aproximação fora dessa ideia de “eu serei”, “eu chegarei lá”. Afinal, o que é esse “eu”? O que é esse “mim”, esse ego? Algo se faz fundamental aqui – realmente necessário e fundamental em nossas vidas –, e esse Algo é a Realização da Verdade de Deus, que é a Verdade de seu Ser. Isso é o fim do “eu” e o início de algo inteiramente novo e desconhecido para esse modelo de pensar e sentir, para esse antigo modelo de pensamento, experiência e ação com base neste falso ego, neste falso “eu”, nessa falsa identidade.
A Verdade sobre você é o fim da ilusão sobre quem você acredita ser, é o fim da ilusão dessa individualidade. Esse sentido de individualidade é toda a confusão presente em cada um de nós. A verdadeira individualidade é algo completamente fora de tudo o que a mente pode conceber, pode idealizar. É uma vida livre do tempo psicológico, uma vida livre do sentido “eu”, desse “eu sou hoje, eu fui ontem e eu serei amanhã”; uma vida livre dessa ideia de se tornar, de realizar, de vir a ser “alguém diferente”. Estamos falando aqui do fim de toda essa ilusão. Se o medo está presente, é o que nós temos, se a inveja está presente, é o que nós temos. Inveja não se transformará em outra coisa, ela será sempre inveja; o medo será sempre o medo. Quando você observa o medo e inveja de perto, existe o fim para esse “eu”, e quando esse “eu” termina, o tempo psicológico termina. Você não precisa do tempo para estar além do medo, para estar além da inveja, precisa, sim, se tornar ciente da ilusão desse “eu” com sua inveja e seu medo.
Assim, esse é o nosso trabalho juntos e é isso que estamos tratando aqui com você dentro do canal. Se o que você está ouvindo é algo que faz sentido para você, quero lhe convidar a deixar aí o seu like e se inscrever no canal. Quero lembrar a você: nós temos encontros online e encontros presenciais, onde estamos trabalhando isso com aqueles que se aproximam. Ok?
Se isso faz sentido para você, a gente se vê no próximo. Valeu pelo encontro!