A mente se repete… Ela é uma repetição. Quando não há mente, não há repetição, então tudo é sempre novo, fresco. Deus é isso tudo que está acontecendo! Você não deve fugir de nada, mas, também, não deve procurar nada. Quando você foge ou procura, você está dizendo que a vida neste momento não é boa como ela é. Esse é o movimento da mente dual, separatista, egoica. Fugindo ou buscando, você não permanece aí, que é onde a Graça pode encontrá-lo, você “vai” com a mente, mantendo-se nesse antigo modelo de ignorância, de sofrimento, de afastamento de Deus, de afastamento Daquilo que É, Do que se apresenta, que é a Verdade deste instante.
Você introduz o pensamento e o sentimento como elementos norteadores dessa falsa vida egoica. Você não faz autoinvestigação para ser alguém nesse “fazer”, mas para descobrir que não há alguém fazendo, pois ela, em si, é um acontecimento de Deus, da Graça. A autoinvestigação é Deus à procura de Si mesmo; é Deus olhando para um “espectro de fantasma”. Quando Deus vê o espectro, esse fantasma não O assusta, e some. Quando não tem susto, não tem fantasma; quando tem fantasma, o susto está presente. Porém, se o fantasma não assusta, ele deixa de ser um fantasma e desaparece. Assim é o sentido do ego, quando ele é visto por essa Presença – Ela vê que não existe nenhum ego.
Então, repito: a autoinvestigação não é para se dizer que há alguém vendo, é para se perceber que não há ninguém vendo, nem nada para ser visto; é uma “ferramenta” para lhe mostrar que não há nenhuma ferramenta para que este trabalho seja feito. Usa-se uma “ferramenta” para descobrir que não tem ferramenta; seu uso é para saber que não tem alguém usando uma ferramenta. A autoinvestigação é uma “tecnologia”, uma “técnica”, uma “prática”, para se descobrir que não tem nenhuma tecnologia, técnica ou prática… É somente para descobrir que não há realidade nisso.