Este é um momento de Consciência, de Presença, de Silêncio, de contato com a Realidade. Onde quer que algo esteja presente, está presente nesta Consciência. Este momento é algo assim. Quando algo desaparece, essa Consciência ainda se mantém; quando algo está presente, aí está essa Consciência. Quando algo está acontecendo ou aparecendo, é essa Consciência, mas quando isso desaparece, também é a mesma Consciência. Não há mudança! É algo que permanece imutável, sempre presente.
Os objetos, os sentimentos, as sensações e os pensamentos aparecem, mas não estão separados da Consciência, e, quando desaparecem, a Consciência se mantém. Estamos tratando, em Satsang, desta Consciência, desta única Realidade que mantém todas as coisas. A Realidade dos objetos, das aparições, é a Realidade da Consciência, e Isso é algo inegável.
Essa Consciência é Meditação, é Presença, é a imutável Realidade, além da mente e do corpo. Portanto, quando tratamos do fim da ilusão, estamos tratando exatamente desta Consciência. Agora mesmo, você está presente, e essa é a única certeza! Não é você como o corpo, nem como a mente; é Você como Consciência. A Consciência está ciente das aparições, como, por exemplo, dos pensamentos, das sensações, das emoções, dos pés, das mãos, do corpo… O que nós, geralmente, concebemos como objetos são, de fato, somente nomes e formas que mudam, os quais são sobrepostos, pela mente e pelos sentidos, a essa sempre presente Consciência.
Portanto, quando falamos desta Realidade, estamos tratando de Deus, sinalizando essa Verdade presente aqui e agora, além do corpo, da mente, das sensações, das experiências, dos sentimentos, dos objetos e de todas as aparições. A base, a substância, de toda experiência é uma só: Consciência! É como a tela do cinema, da TV ou de um quadro, nas quais apenas as imagens mudam. A tela de um quadro é sempre a mesma. Você pode jogar tinta nela, pintar uma imagem e depois limpá-la para colocar outra tinta e produzir outra imagem, pintar um novo quadro, mas ainda será a mesma tela! Você é a tela! Você é a Consciência!
Quando se identifica com uma imagem, você se torna aquela imagem. Você está sendo convidado a permanecer em sua Natureza Real. Portanto, seja bem-vindo ao seu Estado Natural, que é Meditação, que é Presença, que é Consciência. Desidentifique-se das imagens, e faça isso neste momento! Não transfira isso, como se fosse uma responsabilidade do Guru, de Deus. Você já é Isso! Conhecer a si mesmo em qualquer aparição é Amor. Isso é possível! Você está aqui apenas para isso: conhecer a si mesmo; conhecer a sua Natureza Real, Essencial.
Contudo, eu fico observando o quanto você se perde nas aparições. Quando um sentimento, um pensamento e uma sensação física aparecem, você embarca neles, como se você fosse o corpo, a mente, essa sensação ou esse sentimento. Quando faz isso, lá está você de volta ao velho jogo, à velha mente egoica. Então, você volta para Satsang, tem um encontro com o Guru e ele faz você se lembrar desse Silêncio de novo, para, em seguida, você esquecê-Lo mais uma vez. Mas, assim que você se volta de novo para a Consciência, dá um leve e pequeno passo para fora desse mundo mental de conflito, de medo, de sofrimento, de problemas e dificuldades. Então, você está de volta ao lar! Entretanto, quando a mente surge, você fica inquieto novamente, pois seus apelos são muitos sedutores e você está viciado em pensar, em sentir, em ser “alguém”; está viciado no mundo (o mundo são essas criações que o pensamento produz aí para esse “você” que você acredita ser).
Satsang o convida a ir além dessa limitação “eu sou o corpo”, o que faz desaparecer a ideia “eu estou no mundo”. Quando a ideia “eu sou o corpo” não está, a ideia “eu estou no mundo” também não está e, quando não se está no mundo, não há mais problemas de nenhuma ordem. O que permanece é a sua Realidade, que é Amor, Paz, Felicidade, o Estado livre do “eu” e dos conflitos criados por essa ilusão. O “eu” é uma ilusão, uma convincente fraude.
Isso não pode ser intelectual. Não guardem e repitam essas palavras, porque isso não vai funcionar! Você precisa vivenciar Isso! É como entrar numa autoescola: você faz uma base teórica e depois vai para dentro do carro, ao lado do seu instrutor. Ele não é tão bobo para entrar no carro e deixar tudo exatamente sob o seu controle; então, ele, também, tem um pedal de freio só para ele. Ele tem um pedal de freio para ele porque você é muito agitado. Você vai achar que já sabe fazer tudo sozinho, vai se atrapalhar um bocado e colocar em risco o carro da autoescola. Ele sabe disso, então ele vai com muita calma, com muito cuidado, do seu lado.
Participante: Mestre! É necessário tomar consciência em vários momentos do dia?
Mestre Gualberto: É necessário Acordar, o que significa assumir a Consciência. Até agora, a sua vida tem sido se manter identificado com os pensamentos, com as sensações, com as emoções, enquanto que a sua Natureza Real é Consciência, Na qual tudo isso apenas surge e desaparece. Recomendo vir ao Satsang presencial para investigar isso melhor.