“O que você tem a nos dizer sobre essa questão da saúde mental no trabalho?” Outra pergunta é: “Como lidar com a frustração?” Observe comigo algumas coisas: aqui nós estamos abordando com você como se aproximar da vida sem esse sentido de alguém presente na experiência. O que nós não percebemos é que todos os problemas que nós temos na vida são problemas que estão assentados naquele que carrega o problema.
Pode parecer estranho o que nós temos dito aqui, mas se você investigar de perto, se você se aproximar para olhar isso de uma forma muito direta, irá perceber a realidade do que estamos colocando aqui para você. Não há problema na vida, há problema em nós.
A vida é como ela é, ela acontece como ela acontece. É a nossa relação com a experiência, é a nossa forma de contato com aquilo que ocorre, com aquilo que acontece, esse modelo como representamos psicologicamente o momento presente, os acidentes, os incidentes, as ocorrências, os acontecimentos, é isso que determina em nós o problema. Eu disse em nós o problema, não na vida.
Aqui nós estamos, com você, lhe mostrando que a vida é possível em tudo que ela representa, em toda beleza do significado dela, quando deixamos de lado esse sentido do “eu”, do experimentador, daquele que se vê separado da experiência, tendo a experiência como algo que está acontecendo para ele.
Veja o que estamos dizendo aqui: situações são desafiadoras, acontecimentos criam sustos, nos trazem surpresas, muitas delas bastante desagradáveis, mas isso é a vida acontecendo. O sentido psicológico de alguém presente nessa experiência da vida é que representa o sofrimento.
Lidar com as situações, por mais desagradáveis que elas nos pareçam, é possível, sim, quando não colocamos esse elemento particular, que é o “eu”, o ego, dentro dessa experiência, sendo experimentador que está vendo na experiência algo para ele. Essa atitude pessoal desaparece quando você descobre a natureza do seu Ser, que é a Natureza Divina, que é a natureza da Verdade.
Essa Realidade é a presença d’Aquilo que é indescritível, inominável. Nós chamamos de Deus, mas a ideia que se faz de Deus, não é disso que estamos tratando aqui. Estamos falando de Algo que está fora do conhecido e, portanto, Algo fora daquilo que o pensamento imagina ser Deus.
Então, nós precisamos ter uma aproximação da vida a partir desse espaço novo. É um espaço onde não há mais qualquer separação entre você e a vida, entre você e Deus. Assim, não existe nenhuma separação entre você e o que ocorre, e o que acontece. Percebam a importância disso.
O ponto é que nós não conseguimos ter uma aproximação disso sem termos uma compreensão direta da importância do Autoconhecimento. Se você não compreende aquilo que você é, nesse contato com o que ocorre, você se vê como uma entidade separada. Esse é o movimento de alguém vivendo. Não é mais a vida acontecendo, é alguém vivendo essa experiência da vida, que é o “eu”, o ego, esse “mim”.
Então, a verdade do Autoconhecimento traz a clareza da ciência do seu Ser. Nesta não separação, nós temos aquilo que os sábios chamam de Advaita, a não dualidade. Então, não há separação entre a vida e você. Aquilo que acontece é aquilo que é este Ser, que está presente em tudo.
Então, quando a pessoa vem em busca dessa resposta para essa questão da saúde mental, seja no trabalho, seja na família, ou em qualquer situação, acontecimento, incidente, acidente, experiência, a saúde nisso repousa em uma mente que está livre desse modelo de desordem psicológica, de sofrimento psicológico, de confusão mental, de confusão psicológica. A verdade d’Aquilo que é Você em seu Ser carrega a Liberdade de uma mente livre.
Aqui, quando usamos a expressão “mente livre”, estamos falando de uma condição psicológica onde aquilo que temos presente, na realidade, é a não mente. A grande verdade sobre a mente é que a mente é o problema. A mente carrega o problema, a mente leva o problema, a mente transporta o problema, a mente é o problema.
Aquilo que nós conhecemos por mente em nós é confusão. Isso engloba, abarca também esse cérebro. Há milhões de anos esse cérebro se formou e tem essa formação. Nessa formação, o modelo que se processa, a forma de funcionamento presente em nós, dentro desse modelo de cérebro condicionado a esse padrão de pensamento de sociedade, de mundo, de cultura, é de desordem.
Repare a presença em você da ambição, a presença em você da inveja, do ciúme, do sentimento de raiva, de frustração. Como lidar com a frustração? É o mesmo que perguntar como lidar com a raiva, com o tédio, com a dor da solidão, com o medo.
Tudo isso são estados internos psicológicos que nós, como seres humanos, trazemos, e que são uma herança; uma herança de mundo, uma herança de cultura, uma herança de sociedade, uma herança de funcionamento cerebral, psicofísico. Isso está dentro desse sentido do “eu”, do ego, desse “mim”.
Aqui, uma visão nova lhe é mostrada, lhe é apresentada. Estamos lhe apresentando a verdade de algo inteiramente desconhecido. Naturalmente, desconhecido porque não tem como referência mais esse modelo, que é o modelo que nós, no ego, nesse ”mim”, nesse “eu”, conhecemos. Uma vida livre do medo, livre da frustração, da inveja, da ambição, livre do conflito que o desejo produz.
Notem a questão do desejo. Há uma frustração, há uma raiva, há um nível de decepção e sofrimento presente, por exemplo, quando o desejo não é alcançado, não é realizado. Reparem o problema que é o desejo em nós, o conflito que ele causa, o sofrimento que ele causa. Podemos nos livrar de tudo isso? A resposta para isso é: sim, quando há o despertar de sua Natureza Divina, quando há o florescer do seu Ser, quando há essa ciência de Deus.
Aquilo que é Você em seu Ser não carrega frustração, não carrega insanidade mental. Sua Natureza Divina é Inteligência, é Liberdade, é Paz, é Quietude, é Amor. Na verdade, essas palavras não alcançam essa Realidade, não descrevem essa Realidade. Então, quando não existe mais essa separação entre aquilo que é Você em seu Ser, fica claro a vida acontecendo neste Ser. A Vida é este Ser.
Assim, reparem que essa aproximação da vida é a aproximação da Realidade, é o fim dessa condição psicológica em que nós nos encontramos, nessa visão particular, onde existe esse “eu” e o mundo, esse “eu” e a vida, esse “eu” e o que acontece, esse “eu” e a família, esse “eu” e o trabalho, esse “eu” e aquilo que pode me criar frustração, perturbação, desordem ou sofrimento.
Reparem, tudo consiste exatamente na presença desse “eu”. Para ele, aquilo está diante dele, então tem ele e essa outra coisa. E aqui estamos dizendo que tudo isso é o próprio “eu”. Há um espaço que se abre agora, um espaço sem o centro.
Aqui, dentro dessa aproximação, estamos lhe convidando para o despertar de sua Natureza Divina, que é exatamente o fim desse espaço de dualidade, para um novo espaço, onde há essa presença da Advaita, da não separação. Esse novo espaço da não separação, da não dualidade é a realidade dessa mente nova, dessa não mente.
É fundamental não nos prendermos a essas palavras, a esses termos, e sim termos uma visão direta, vivencial, daquilo que estamos colocando aqui. Quando você aprende a olhar para todo esse movimento do “eu”, do ego, que é o movimento do pensamento, do sentimento, da emoção, da percepção, desse modo de sentir, sem colocar uma identidade presente nisso, há uma eliminação dessa dualidade, há uma eliminação desse espaço em dualidade. Então, há algo aqui, neste instante, fora do conhecido.
A beleza do Despertar, do florescer de sua Natureza Divina é que todos os problemas estão presentes quando a ilusão dessa condição psicológica de ser alguém está presente. Tomar ciência disso é a beleza nesse trabalho.
Uma vez que isso fique claro – a ciência dessa desordem, dessa confusão –, há um novo modo de perceber a experiência, onde o “eu” não está, onde o ego não está, onde os problemas, todos os problemas, se resolvem, todos os problemas desaparecem. Essa é a beleza da visão da Realidade.
Quando há uma visão para essa Realidade, esse é o fim dessa ilusão. Reparem o que estamos dizendo. Uma vez ciente da ilusão, há uma visão da Realidade. Uma vez não ciente da ilusão, isso que é a ilusão está se passando pela realidade das nossas vidas.
Então, qual é a verdade do seu Ser? É a verdade do fim para tudo isso. A verdadeira Sanidade, a verdadeira Felicidade, Amor, Paz, ciência da vida como ela é é a ciência de Deus. Então, é nesse sentido que estamos aqui usando expressões como “o Despertar da Consciência”, “o Despertar da Consciência Espiritual”, “Iluminação Espiritual”.
Não se trata de experiências místicas, esotéricas, contato com extraterrestres, ou contato com outros mundos ou mundos paralelos, todo esse tipo de coisa. Aqui se trata da constatação direta e simples de que essa experiência do “eu”, nesse modelo de dualidade, de separação, é o sonho de uma existência separada.
Aqui o convite é para que você assuma a Realidade de Deus, que é a sua Natureza Verdadeira, que é a natureza da verdade sobre cada um de nós. Aqui estamos trabalhando com você o despertar de sua Natureza Divina.