Nós estamos descobrindo a Verdade do desaprender. É isso, do desaprender! Nós estamos aprendendo a desaprender. Precisamos ter uma aproximação da Verdade daquilo que somos, não disso que acreditamos ser. É isso que, em geral, nós temos por aquilo que sabemos. Então, nós sabemos quem é o outro, nós sabemos quem nós somos, nós sabemos o que é a vida. A ideia que nós trazemos é a desse saber.
Aqui nestes encontros, nós estamos desaprendendo esse saber. Estamos tendo uma aproximação da Verdade, da Compreensão sobre quem nós somos. Estudar a nós mesmos requer desaprender aquilo que acreditamos ser, que acreditamos que o outro é, que acreditamos que a vida seja. Então, nós estamos aqui nos aproximando de uma Visão, de uma Revelação da Verdade da Sabedoria, da Verdade Divina, da Verdade de Deus. Isso se torna possível quando nós descobrimos a arte de ser Presença, de ser Consciência. Isso requer esse desaprender.
Olhe para a vida à sua volta e você irá perceber que tudo o que você tem do outro, do mundo e de si mesmo, nessa relação com essa existência, são crenças, são conceitos, são ideias. É isso que nós acreditamos saber. Então, nós precisamos desaprender, desaprender esse saber. Precisamos descobrir a Verdade sobre esse assim chamado “saber”, e nós descobrimos isso quando nos despimos desse saber, desse conjunto de opiniões, de crenças, de ideias, de conceitos, de preconceitos sobre a vida, sobre o outro, sobre nós mesmos.
Então, o trabalho aqui consiste na descoberta da Verdade Divina, desse encontro com a Real Verdade do Ser, que é Felicidade, que é Amor, que é Verdade, que é Graça, que é Beleza. As pessoas usam a expressão “comunhão com Deus”. Se você não compreende a Verdade sobre quem você é, você não tem uma verdadeira aproximação da Verdade sobre Deus. Tudo que você tem sobre Deus é aquilo que você também tem sobre o outro, sobre a vida e sobre o mundo: ideias, um conjunto de opiniões, formulações, conclusões e crenças. É isso que nós temos do outro, da vida, do mundo, de nós mesmos e de Deus.
Assim, esse contato com a Verdade do nosso Ser é aquilo que revela esta Graça, esta Beleza, esta Liberdade, esta Real Felicidade. Quando nós nos aproximamos de uma forma muito clara… é que, em geral, nós não temos essa clareza para essa aproximação, nós não temos essa autenticidade para essa aproximação, uma verdadeira honestidade para essa aproximação. Por menor que seja esse momento de clareza que, em alguns momentos, nós temos, e de honestidade que, em alguns momentos, nós temos nesse contato com o outro, percebemos que não há Beleza, não há Liberdade. Aquilo que está presente, sempre, é o conflito, a divergência, as opiniões, as crenças, as conclusões, os ideais pessoais particulares. Isso nos separa, nos divide, isso nos afasta uns dos outros, isso nos coloca em divisão, isso nos coloca em contradição e, portanto, em conflito em nossas relações. Não há Amor, não há Compaixão.
Aqui, nós estamos trabalhando com você o fim para essa condição, dizendo que uma vida Real não é uma vida pessoal. A vida Real é a verdadeira vida Religiosa, compreendendo que vida Religiosa não é a vida de práticas religiosas. Em geral, nós confundimos vida Religiosa com frequentar igrejas, templos, mesquitas, espaços assim chamados “religiosos”, onde há cerimônias, rituais, onde há ensinamentos, doutrinas. Acreditamos que o contato com a vida Religiosa, o contato com o Sagrado é o contato com cerimônias, com rituais, com doutrinas, com livros sagrados, com práticas de rezas, orações e cânticos.
A vida religiosa Real é aquela onde a Verdade do seu Ser se revela agora, aqui, como sendo a Realidade Divina, a Realidade de Deus. Essa é a Presença da vida Real em Deus. Não é essa ideia que nós temos: “eu com Deus”, “eu e Deus”. Não há esse “eu e Deus”! A Realidade é a Realidade Divina, a única Realidade em tudo é a Realidade de Deus. Esse sentido de um “eu” é o sentido de uma pessoa na busca ou na procura dessa assim chamada “comunhão”. Mas o que é essa pessoa? O que é esse “eu”? Qual é a verdade desse “eu”?
Esse “eu” está centrado em si próprio, auto-interessado em si mesmo, na procura por alguma coisa para obter, para conseguir, para alcançar, para realizar alguma coisa para si próprio. Esse movimento do “eu” é sempre um movimento pessoal, centrado nesse sentido de separação do outro, da vida e de Deus. O que é esse “eu”? Qual é a verdade sobre esse “mim”? Um conjunto de imagens, memórias, lembranças… resultado de uma propaganda política, espiritualista, também filosófica e religiosa. Esse é o “eu”, o resultado de uma tradição, de herança de humanidade, de cultura humana, de condicionamento psicológico. Esse sentido de um “eu” está presente carregado de medo.
Essa sua busca, essa sua procura, essa sua tentativa de alcançar, de encontrar Deus… qual é a razão por detrás disso? Ele está entediado, ele está sofrendo. Ele está carregado – além de todo esse movimento egocêntrico tão comum nesse centro ilusório que é o “eu”, o ego – ele está carregado de medo. Isso lhe impulsiona a essa assim chamada “procura pela Verdade”. Tudo que nós queremos no ego é nos livrarmos do sofrimento, da confusão, da desordem psicológica, dessa angústia, desse vazio existencial, dessa solidão e desse medo e, por isso, nos aplicamos a rituais, cerimônias, a práticas religiosas, mas o interesse é sempre pessoal, egocêntrico. Tudo isso se sustenta no egocentrismo, se sustenta no medo.
Aqui estamos trabalhando com você o fim da ilusão do “eu”, nesse contato com o outro, com a vida e com Deus, no qual esse “eu” não está presente. Então, essa Realidade de Deus, que é a Verdade Divina do seu Ser, tem o outro, tem o mundo, tem a vida. Essa é a real vida Religiosa, a verdadeira vida Religiosa é a ausência desse “eu” e, portanto, desse movimento egocêntrico de ser alguém. Quando há verdadeira religião, quando há uma verdadeira vida Religiosa, não há medo, não há sofrimento, não há autointeresse, não há egocentrismo, não há confusão, não há desordem.
Não se trata mais de continuar uma vida em contradição, onde você é um em casa, é outro no trabalho e outro na igreja, ou no seu espaço religioso. Não se trata desse aspecto externo de religiosidade, esse aspecto aparente de vida religiosa, mas um estado interno de Liberdade psicológica, onde a Presença de Ser que é Consciência, é Meditação.
A Meditação é a ausência de alguém presente neste instante, neste momento, neste viver. Isso dispensa rituais, práticas, cerimônias, isso dispensa todo esse aspecto externo, todo esse aparato externo de religiosidade. É algo que está presente quando esta vida não carrega mais nenhuma contradição entre o pensar, o sentir e o agir. Então, não há mais contradição. A Verdade do seu Ser é a Verdade de Deus. Isso é vida Religiosa. Não é mais a vida do “eu”, a vida do ego, a vida da pessoa que nesse medo, nessa ilusão, nessa presunção de ser alguém, está à procura de alguma coisa para temporariamente se ver aliviado de todo esse peso, de todo esse sofrimento.
Olhar para esse movimento do pensamento dentro de você, assim como dos sentimentos, das emoções, desse seu modo bem particular de se relacionar com aquele que está mais próximo de você. Tomar ciência das palavras, dos gestos, do que lhe move a dizer. O que é esse movimento interno de sentir e o que lhe move a fazer nesse contato com o outro, com aqueles que estão à sua volta. Estar ciente desse movimento do “eu”, estar ciente desse movimento do ego, desse sentido de uma identidade que se separa do outro, da vida, da Verdade, que se separa de Deus. Tomar ciência desse “eu”, ter uma aproximação desse estudo de si mesmo, desse olhar direto com clareza real, com genuína intenção para observar esse movimento e pôr fim a esse sentido de uma egoidentidade presente neste instante, neste momento. É realmente uma aproximação da vida Religiosa, da vida Divina, da vida em Deus.
É isso que estamos trabalhando aqui com você, lhe propondo dentro deste canal. A Ciência da Realidade do seu Ser, que é a Realidade de Deus, é a resposta para perguntas do tipo: “Como me livrar do medo?”, “Como se livrar da ansiedade?”, “Como se livrar da inveja?”, “Como se livrar do egoísmo?”, “Como realizar Deus?” A resposta para tudo isso é algo que está dentro desta Realização daquilo que é você em seu Ser, quando há um esvaziamento de todo esse conteúdo psicológico de ser alguém dentro deste instante, dentro deste momento.
Abandonamos, assim, todo esse aspecto teórico, intelectual, verbal e aparente, de aparência de vida moral, de vida ética, de vida assim chamada “espiritual” ou “religiosa”, para uma vida profundamente Religiosa, onde há esta Verdade do Ser, que é Amor. E quando o Amor está presente, a Verdade está presente. Aquilo que é algo além dessa ilusória postura aparentemente ética, moral e religiosa que o ego dissimula, tudo isso desaparece quando esta vida, uma vida Real, é uma vida Livre desse senso de separação, livre do ego. Estamos juntos?
Como nos aproximamos disso? Olhando para esse movimento da mente, nesse pensar, nesse sentir. Observar a si próprio – apenas observar, se tornar ciente desse movimento, que é o movimento do “eu” – isso anula esta condição de identidade que se repete nesse modelo de continuidade egoica. Então, a revelação do Autoconhecimento desfaz esta condição de centramento egoico. Isso desfaz esse senso do “eu”. Quando há essa aproximação da Verdade do Autoconhecimento, você tem uma atenção neste instante sobre si mesmo. Então, esse modelo interno de pensar, de sentir, de agir, sofre uma radical transformação, uma radical mudança. Essa é a arte de aprender sobre si mesmo, de descobrir a Verdade do seu Ser, de tomar ciência de que a única Realidade presente é a Realidade do Amor, da Compaixão, da Verdade. A única Realidade é a Realidade de Deus, então não há mais você e o outro.
Isso é verdadeira vida Religiosa. Uma mente Religiosa, um coração Religioso, um sentir, um pensar e um mover na vida em Graça, em Compaixão e Beleza. Esse é o nosso assunto aqui dentro do canal. Alguns chamam isso de “o Despertar da Consciência”, ou “a Iluminação Espiritual”, ou “o Despertar Espiritual”. Se isso é algo que faz sentido para você, eu quero lhe convidar: nós temos aqui na descrição do vídeo o nosso link do Whatsapp. Nós temos encontros on-line nos finais de semana. Você pode entrar em nosso grupo e se aproximar desses encontros. Além disso, nós temos encontros presenciais e também retiros. Faz sentido para você? Então, deixa aí o seu “like”, se inscreve no canal e já deixa um comentário: “Sim, faz sentido.” Ok? Valeu pelo encontro e até a próxima.