Aqui no canal nós estamos trabalhando com você o fim da ilusão desse “eu”, dessa ideia que trazemos sobre quem nós somos. Portanto, aqui estamos trabalhando com você o Autoconhecimento, a Verdade do Autoconhecimento e o florescer do Despertar da Consciência. Então nós temos aqui como proposta lhe mostrar que essa condição de mente que temos, essa condição de visão particular de mundo que trazemos é algo totalmente equivocado porque se baseia em uma consciência que é a consciência desse próprio “eu”.
O que é essa consciência do “eu”? Um conjunto de memórias, lembranças, conhecimentos passados e experiências adquiridas da humanidade através da história humana. Isso é algo que hoje nós trazemos, isso é hoje parte dessa formação dessa consciência do “eu” em nós. Esse “eu” – aquilo que nós chamamos de autoconsciência – está formado dentro dessa condição. Nós somos o resultado de um condicionamento milenar de cultura, de sociedade e de mundo. Esse é o sentido de um “eu” que nós temos presente agora, aqui. Por exemplo, pode soar estranho para você, bastante inusitado o fato de dizer que você não é quem acredita ser. Toda a ideia, toda formação que você tem sobre você é simplesmente memória, recordação, lembrança.
Quando você se refere a esse corpo – perceba isso claramente –, esse corpo é o resultado dos seus pais, então tudo nesse corpo, por exemplo, é a memória deles. Tudo que você tem nesse corpo é uma memória fisiológica deles, é uma herança deles e, psicologicamente, tudo o que nós temos nessa nossa, assim chamada, “mente” é um condicionamento de história, de cultura, de civilização, de história particular do nosso mundo onde nascemos e fomos criados. É isso que nós chamamos de “eu”, essa é a consciência do “eu”.
As nossas ações são ações que nascem dessa consciência do “eu”, então nós falamos muito da capacidade de fazer, de agir, de sentir, de pensar, nós acreditamos que carregamos isso. Na verdade, tudo isso é o resultado de um condicionamento, tudo isso é parte de uma memória gravada em nosso corpo e em nossa mente. O cérebro é parte dessa mente e todo esse movimento de ação em nós é resultado dessa memória, também nessa máquina, nesse corpo, nesse mecanismo, a isso nós damos o nome de “eu”. No entanto, aqui eu quero lhe dizer algo que pode soar um pouco estranho para você: neste momento existe o ouvir, assim como existe o falar, existe o ver, mas não há alguém aí vendo, não há alguém aí ouvindo, como não há alguém aqui falando. Esse é o movimento da vida, é o movimento da existência, isso é algo que acontece de uma forma natural, de uma forma existencial, no entanto, não existe esse elemento, um elemento que se separa dessa experiência para usar esse pronome “eu” – “eu” penso, “eu” sinto, “eu” falo, “eu” escuto, “eu” faço; isso consiste em uma crença, a crença de existir como uma entidade separada, a crença de existir como sendo um “eu” agora, aqui.
Então, o sentido de uma pessoa presente é o ilusório sentido de uma identidade no tempo, no espaço, dentro do corpo, falando, pensando, agindo, sentindo. Isso, na verdade, consiste em um condicionamento mental. Nós temos uma mente condicionada para pensar assim, para sentir assim. Nós não sabemos a verdade sobre quem nós somos, não há Autoconhecimento, então não há uma legítima, uma real, uma verdadeira apreciação da vida como ela é, porque esse condicionamento nos faz ter uma percepção completamente equivocada do que é a vida, do que é o outro, de quem nós somos. Esse modo particular de ver a Vida, de ver os outros, de ver a si mesmo nos coloca numa condição de contradição interna e dentro de um movimento equivocado de ação reativa baseada nesse condicionamento.
Percebam o que estamos colocando aqui dentro do canal e trabalhando isso aqui com vocês: a vida consiste em algo novo agora, aqui acontecendo, uma totalidade onde nada se separa; há algo acontecendo aqui de uma forma única, singular, sem qualquer separação, sem qualquer movimento de separação e, no entanto, um elemento aparece nesse cenário, que é esse “eu”, essa consciência do “eu”, essa mente condicionada, esse sentido de uma existência separada surge. Na verdade, estamos nos deparando com uma ilusão, a ilusão de uma identidade presente se separando do viver, se separando da vida. Então há essa ação motivada por essa ilusão, pela ilusão desse senso de separação. Essa ação é uma ação que entra em conflito com a vida porque é a ação que nasce de um fundo ilusório, que é o “eu”. Como há essa separação entre esse “eu” e a vida, há naturalmente o conflito.
É bem interessante essa procura do ser humano por algo além de toda essa confusão, de todo esse sofrimento, de todo esse medo, de toda essa insatisfação que ele carrega, porque apesar de como pessoas realizarmos coisas na vida ou carregarmos essa sensação de que estamos realizando coisas na vida, nos sentimos no fundo, dentro de nós mesmos, internamente, infelizes, então nada nos satisfaz. Então há uma procura constante de satisfação, de realização e de preenchimento, mas é essa procura de um “eu”, de uma identidade ilusória que se vê separada da vida, que se vê separada da existência, que se vê separada da Fonte, da única Realidade presente, que é a Realidade Divina, que é a Realidade de Deus.
Então o que nós temos agora, aqui? Uma ilusão, uma entidade que é o “eu”, o sentido de ser “alguém” presente na ação, no falar, no ouvir, no sentir, no pensar. Um “eu” insatisfeito. Por maiores que sejam suas realizações, você se sente internamente na busca ou na procura de alguma coisa além de tudo aquilo que você já realizou. Por que há esse sentido de insatisfação? Por que há essa dor de separação? Na verdade, a dor é a dor da solidão, é o vazio existencial. Nós nem mesmo temos noção do que é uma dor de separação entre “eu” e Deus, entre “eu” e a vida, entre “eu” e o outro. Então nós aqui estamos trabalhando com você o fim da ilusão do “eu” e o início de algo Real, de algo Verdadeiro, a ciência da Realidade presente.
Repare, por exemplo, nossas ações, são ações que nascem de uma intenção, de uma motivação, de um projeto, de um desejo, de uma volição; nasce dentro de nós algo a partir desse pensamento. Essa intenção nos move a uma ação, a um querer, a um buscar, a um procurar alguma coisa. Essa ação sempre nasce de um impulso interno, de um fundo de condicionamento, de consciência, que é essa consciência do “eu”, então nasce desse sentido de separação. E essa ação sempre se mostra conflituosa, contraditória, insatisfatória quando os resultados acontecem, quando eles chegam. Então, na verdade, somos impulsionados por um fundo de condicionamento psicológico. Essas ações nascem dentro de nossa cultura, resultado da propaganda, daquilo que dizem pra nós que nos fará felizes, que nos deixará realizados, que estaremos completos depois que realizarmos isso, aquilo ou aquilo outro. São sempre ações impulsionadas pelo desejo, e nessa busca pelo desejo, na verdade, como isso nasce de uma insatisfação, está nascendo de uma fuga, de uma dor existencial. Então, na verdade, essa qualidade de ação nasce do medo de olharmos para aquilo que se passa aqui, nesse instante, com cada um de nós, então não compreendemos essa insatisfação, não compreendemos essa dor, não compreendemos esse sofrimento, não compreendemos esse medo e ele nos impulsiona. Então o nosso desejo, na realidade, é medo; a nossa busca é, na realidade, uma fuga e tudo isso se encontra nesse “eu”, nesse “mim”.
O que estamos fazendo juntos aqui nesse canal? Estamos investigando a natureza do “eu”, a natureza dessa ilusória identidade que nós acreditamos que somos quando falamos, quando pensamos, quando agimos, quando sentimos, e aqui eu quero olhar isso com você, e aqui nós estamos olhando isso com você, estamos nos aproximando disso com você a cada encontro, a cada vídeo, a cada encontro online – nós temos encontros online nos finais de semana, aqui na descrição do vídeo tem o link do nosso WhatsApp para você participar.
O que temos feito nesses encontros? O que estamos fazendo juntos? Explorando isso, investigando o que é essa vida, quem somos nós. Estamos aqui descobrindo com você a possibilidade de uma vida livre do sofrimento, livre da ilusão do “eu”, do ego, desse “mim”, dessa pessoa que acredita que está ouvindo, sentindo, pensando, falando, agindo e que um dia será feliz realizando alguma coisa.
As pessoas passam uma vida inteira, do nascimento à morte, do berço ao túmulo, procurando algo como a paz, a felicidade, o amor, a liberdade. Na verdade, elas não estão à procura disso, elas estão fugindo da insatisfação que têm se tornado suas vidas em razão dessa condição de ignorância sobre elas mesmas, de identidade egoica, de ignorância a respeito desse “eu”. Então nós estamos dando esse tipo de nome àquilo que nós projetamos como sendo o amor, a paz, a liberdade, a felicidade. Na verdade, é a procura de algo que o pensamento tem projetado, tem idealizado para colocar no lugar dessa insatisfação, desse sofrimento, dessa ignorância.
Então nós aqui estamos trabalhando com você o fim da ilusão do “eu” e, portanto, a verdadeira compreensão do que é o Amor, a Liberdade, a Felicidade, do que é a Paz. O fato é que tudo isso se encontra na Realização do seu Ser, que é a Realização de Deus. Deus é a Verdade presente agora, aqui. Deus é a única Realidade presente agora e aqui. Não há essa ilusão desse “eu” presente. O fato de estarmos nos identificando constantemente com essa ilusão, a ilusão dessa identidade separada que é o “eu”, nessa confiança que se dá a esse conjunto de crenças, lembranças, memórias, de condicionamento interno, que é o condicionamento da mente – nossas mentes estão condicionadas –, tudo isso é o condicionamento psicológico em nós, algo presente. É aqui que se situa essa consciência do “eu”, uma ilusória consciência que se vê como uma entidade separada, e enquanto isso persiste, não temos ciência da Verdade sobre quem somos, a Verdade daquilo que ultrapassa e está além desse corpo, dessa mente, desse sentido de um “eu” presente.
Assim, o nosso trabalho aqui consiste em nos tornarmos cientes disso, uma aproximação da Verdade do nosso próprio Ser, de nossa Real Consciência – não mais essa consciência do “eu” –, da Verdade da mente livre, da mente nova, da mente em seu Natural Estado meditativo. Então nós temos a Natureza do Ser, a Natureza da Verdade, a Realidade d’Aquilo que verdadeiramente nós somos. Isso ocorre quando há esse descondicionamento da mente, quando há o fim para essa ilusão desse senso de separação, o fim para essa dualidade. Nos deparamos, então, com a Não dualidade, com a Verdade do seu Ser, com a Verdade de Deus. O nosso trabalho aqui consiste numa investigação da natureza da ilusão, qual é a estrutura, qual é a natureza, qual é a verdade da ilusão.
Percebam, não entramos em direto contato com a Verdade do nosso Ser, nós investigamos a natureza daquilo que não é essa Verdade. O ser humano às vezes projeta a Realidade Divina, a Realidade de Deus, mas isso é, ainda, uma projeção dessa própria consciência do “eu”. Então a mente, dentro daquilo que ela conhece, de suas formulações, pode idealizar um encontro com Deus, uma revelação de Deus, e até passar por alguma experiência mística, assim chamada, “espiritual”, mas tudo isso ainda está dentro dessa consciência do “eu”, não é, ainda, a Realidade do seu Ser se revelando. É necessário o descarte da ilusão desse “eu”.
Então nós aqui investigamos a natureza desse “eu” ilusório, a estrutura e a natureza dessa confusão que é a mente egoica, que é a mente condicionada. É interessante quando as pessoas usam a expressão “expansão da consciência”. Percebam o que vamos colocar para você aqui: aquilo que nós chamamos de “consciência”, aquilo que é reconhecido como consciência, nessa autoconsciência é, ainda, essa consciência do “eu”. Então ela pode, sim, passar por algumas experiências psicológicas, assim chamadas, “espirituais” ou “místicas” e depois disso, ainda dentro da própria mente você acredita que algo extraordinário aconteceu e, na realidade, ainda estamos dentro dessa condição de condicionamento do “eu”, apenas essa mente condicionada ou essa consciência do “eu” passou por uma experiência.
A Realidade do seu Ser, que é Real Consciência, dentro da visão daqueles que realizaram a Verdade, isso é muito, muito claro: essa Real Consciência não se expande, Ela é a Natureza de Deus presente agora, aqui, é a Natureza do Ser. Qualquer coisa que possa sofrer uma alteração, mudança ou expansão estará dentro, ainda e sempre, de uma limitação. Aquilo que passa por uma expansão pode continuar se expandindo e isso é limitação. Isso é algo, ainda, dentro do tempo. É apenas no tempo que você pode passar por experiências, se lembrar de experiências, relatar experiências e sofrer mudanças em razão da experiência, isso é algo que ocorre sempre dentro do tempo. A Realidade do seu Ser, a Realidade de Deus, a Real Consciência não está no tempo. Então, a Verdade sobre o Despertar da Consciência é o fim dessa consciência do “eu”. Não se trata de uma expansão da consciência, não se trata de uma mudança na qualidade dessa consciência mental, dessa mente.
Aqui estamos falando com você d’Aquilo que os Sábios chamam de Samadhi ou o Estado de Turiya. Nós temos aqui no canal vídeos sobre esse Estado de Turiya, onde lhe é apresentada claramente a diferença entre o estado de vigília, o estado de sonho e o estado de sono profundo; o quarto estado possível para cada um de nós é Turiya, é um estado além da vigília, do sonho e do sono profundo. Esse Estado de Turiya é Samadhi. Não é uma experiência, não é uma expansão de consciência, é a Real Consciência, é o fim da ilusão de uma identidade egoica.
Assim, o nosso trabalho aqui consiste em nos aproximarmos de nós mesmos pelo Autoconhecimento, pela Real Meditação. Aqui, Real Meditação é a correta meditação. Não é a prática da meditação que pode trazer experiências, sensações, percepções, pode lhe dar estados alterados de consciência. Não é disso que estamos falando. Estamos falando de ir além desse “eu”, isso significa a transcendência do tempo, o fim desse tempo, o fim desse “eu”, o fim dessa mente, o descondicionamento dessa mente. Isso é o fim do tempo, é o fim do espaço, é o fim da ilusória identidade nesse pensar, sentir, agir, falar, ouvir.
Aqui estamos colocando um estado possível, que é Samadhi, que é o Estado de Turiya. Não vamos aprofundar isso aqui, nós temos vídeo aqui no canal sobre esse quarto estado, o Estado de Turiya. Recomendo a você conhecer, se aprofundar numa outra playlist aqui presente, que é a playlist dessa aproximação do Autoconhecimento, é a Verdade do Autoconhecimento e a Real Meditação de uma forma prática. Essa Real Meditação não é nada daquilo que nós conhecemos aí fora como meditação. Aqui eu me refiro à Real, à verdadeira, à correta Meditação para esse Despertar da Consciência. E aqui um outro assunto é esse Estado de Turiya. São assuntos que complementam essa fala.
Esse é o nosso enfoque aqui nesse encontro. Estamos trabalhando com você o Despertar da Consciência e a Iluminação Espiritual. Na realidade, estamos falando da mesma coisa com palavras diferentes. Real Meditação e o Despertar da Consciência também em um sentido diferente do que, em geral, as pessoas têm colocado aí fora – aqui no canal nós temos playlists também sobre esse assunto.
Então esse é o assunto aqui dentro desse canal. Se isso é algo que faz sentido para você, deixe aí o seu like e já se inscreva no canal. Alguns de vocês assistem esses vídeos e se esquecem de se inscrever no canal. Aproveite e se inscreva no canal agora. Quero lembrar, também, a você: nós temos aqui na descrição do vídeo o nosso grupo no Whatsapp para esses encontros semanais online. Além disso, temos encontros presenciais e retiros, e você pode tomar ciência disso. Ok? Valeu pelo encontro e a gente se vê. Até a próxima!