Muito bem! Afinal, por que nos encontramos aqui? O que representam esses encontros aqui em nosso canal? Nós temos um único propósito aqui nesses encontros: é lhe mostrar a ilusão de uma identidade presente, a identidade do “eu”, desse “mim”, dessa “pessoa”.
Notem o que vamos colocar agora aqui para você. O nosso padrão, o nosso sistema de crença, o nosso modelo de nos autoafirmarmos na vida, tem por base uma ideia central: a ideia de que nós existimos como entidades separadas, com nossas escolhas, resoluções, desejos, medos… problemas!
O sentido de alguém presente – alguém falando aqui e você como alguém ouvindo, alguém que fala e alguém que escuta, alguém que sente, alguém que pensa, alguém que resolve, alguém que decide, alguém que pode fazer ou não pode fazer – se fundamenta numa base inteiramente falsa. Esse corpo e essa mente reagem ao meio ambiente, aos diversos estímulos externos e internos. Essa é uma reação automática, mecânica; isso é uma resposta desse organismo, desse mecanismo biológico e psicológico.
Nós não sabemos a Verdade sobre quem nós somos. Nos identificamos com esse movimento, que é o movimento do corpo e da mente. Afinal, qual é a Verdade sobre quem nós somos? Quem sou eu?
O propósito desses encontros aqui é lhe mostrar a ilusão desta crença: a crença na existência de um “eu” presente agora aqui, nesta experiência, pensando, sentindo, agindo, falando, se movendo, fazendo, desfazendo, não realizando coisas ou realizando coisas.
Nossas relações uns com os outros são conflituosas, são relações cheias de problemas, porque, basicamente, nós vivemos internamente em problemas. Nós temos diversos problemas de ordem psicológica. Esses problemas de ordem psicológica dentro de nós são cultuados, cultivados como a coisa mais natural da vida. No entanto, isso é um condicionamento, é um modelo de crença. Nos habituamos a isso.
Então, nós temos esses problemas em nós, internos, e o problema se reflete externamente em nossas relações. Tudo isso porque, basicamente, nós não nos conhecemos, estamos nos identificando com a ideia central, que é a ideia de um “eu” presente, de alguém presente na vida, alguém que nasceu, que cresceu, chegou à idade adulta, se relaciona com as pessoas à sua volta, com o mundo, dentro desse modelo, dentro dessa condição. Isso é um sonho.
À noite, quando você tem um sonho, você tem muito certo tudo aquilo que ali acontece, no sonho. Você tem tudo aquilo ali acontecendo como algo muito certo, como muito verdadeiro, como algo muito real; aquilo é líquido e certo, é algo definitivo, dentro dessa visão enquanto você sonha. O que quer que esteja acontecendo no sonho, dificilmente você questiona, mesmo acontecendo coisas absurdas, como vir caminhando e, de repente, sair voando. Você não questiona como isso se torna possível, como isso é possível. E, no entanto, quando você acorda, você percebe que tudo aquilo que você viveu, tudo aquilo que você experimentou, era parte daquilo que o pensamento estava produzindo dentro de você. Era um sonho!
O nosso trabalho aqui juntos é lhe mostrar a ilusão de uma identidade presente nesse sonho. Assim como à noite havia uma identidade presente, uma pessoa presente no seu mundo – havia ela, que era você, e o mundo circundante, o mundo à sua volta… Agora, quando você acorda, percebe que tanto você era uma imagem como o mundo à sua volta era uma imagem. O seu sonho era tão real quanto uma imagem, como… tão real quanto um filme. Agora, você pode reconhecer que você estava diante de uma imaginação; isso era o seu sonho, esse era o seu mundo. É assim que o seu mundo, no sonho, se desdobra.
O que eu quero lhe dizer é que esse mundo aqui, onde existe uma figura central, esse “eu”, com um mundo à sua volta, está se processando da mesmíssima forma! Aqueles que realizaram a Verdade percebem que tudo isso não passa de um sonho. Então, você tem esse sonho no estado de vigília, aqui, neste momento, que você acredita estar acordado e acredita que tudo isso seja real.
Percebam, essa crença é um movimento, não da Consciência, de certeza de Consciência, mas de convicção psicológica, de crença mental. O mesmo acontece no estado de sonho. Então, a sua realidade de vigília e a sua realidade de sonho não passam de uma produção do pensamento. Esse é o seu mundo, é aqui que está a sua história. A pergunta é: quem sou eu? Quando não há essa história, quem sou eu? O que é esse “eu” sem essa história: a história no estado de vigília, a história no estado de sonho?
Nós experimentamos também o sono profundo e, nele, não há nenhuma história, não há nenhum mundo, não há nenhum “eu”, não há nenhuma identidade presente. O que nós estamos propondo aqui, para você, é uma investigação da natureza efémera, fantasiosa, imaginativa, imaginária, ilusória, desse “eu”. Ramana Maharshi, o Sábio de Arunachala… aqueles que se aproximavam dele sempre se deparavam com uma pergunta para fazerem a si mesmos, a eles mesmos. Ramana lhes dava essa pergunta. A pergunta é: quem sou eu? Qual é a verdade sobre você?
Por que isso se torna fundamental em nossas vidas? Porque as nossas vidas em relação com o mundo, como coloquei agora há pouco, sem a base verdadeira, que é a Verdade sobre quem somos… essa relação com o mundo é uma relação de contradição, de conflito, de sofrimento.
Toda essa confusão interna que a mente egoica, que essa consciência mental, em nós, representa, se expressa exteriormente em nossas relações com o marido, com a esposa, com os filhos, com a família, com os vizinhos… e isso vai se estendendo: com o nosso bairro, com a nossa cidade, com o nosso país e com o nosso mundo.
Notem, a expressão “nosso” é algo ligado à ideia de alguém presente que tem alguma coisa. Toda a nossa linguagem humana está configurada numa base, onde nós sustentamos uma crença: a crença de uma individualidade, o que é uma ilusão. Nós não somos indivíduos, biologicamente, fisicamente, e com traços psicológicos. Aparentamos a individualidade, aparentamos ser indivíduos.
Olhando de uma forma mais precisa, não há qualquer separação, nem biologicamente, nem psicologicamente. Psicologicamente, nós somos o resultado da coletividade, da sociedade, do mundo, da cultura, da tradição, da história humana. Então, não existe essa individualidade, é uma ilusão essa individualidade, psicologicamente falando. E, biologicamente falando, tudo o que você tem em seu corpo… Você é um composto de terra, água, ar, fogo. Então, onde está o indivíduo? Continuamos na pergunta: quem sou eu?
Esse conjunto de crenças sustentam o sofrimento. Na realidade, todo o sofrimento em nós está presente em razão de uma visão equivocada da Verdade sobre quem nós somos.
Sem o corpo, sem a mente e sem a história, quem é você? A revelação disso é Aquilo que os Sábios têm chamado de Iluminação Espiritual, é o Despertar da Kundalini, é o Despertar da Consciência.
A palavra Kundalini significa Consciência. Kundalini é esta Energia disponível aqui neste corpo. Nós temos falado sobre isso aqui no canal. Nós temos uma playlist sobre o Despertar da Kundalini, esta Energia presente, disponível para o Despertar da Consciência em nós. E é quando essa Consciência Desperta que o estado de vigília, o estado de sonho e o estado de sono profundo são vistos, na realidade, como eles são: uma aparição dentro desta Inteligência, desta Presença, desta Realidade Divina, que é Você em seu Ser Real, que é Consciência.
A Verdade d’Aquilo que é Você: é sobre Isso que estamos tratando aqui em nosso canal. Estamos esclarecendo, tornando claro para você a possibilidade de, nesta vida, se reconhecer como Aquilo que é atemporal, que não está no tempo, que não está dentro dessa limitação de uma identidade separada, vivendo no conflito em suas relações, relações essas que são projeções dessa própria ilusão – aqui, eu me refiro a essa mente egoica criando o seu próprio modelo de relacionamento com o outro, com a vida, com o mundo.
A aproximação disso ocorre em razão da verdade sobre o Autoconhecimento. Então, aqui estamos tratando com você sobre a beleza do Autoconhecimento. Nós temos uma playlist também, aqui no canal, falando sobre Autoconhecimento. Isso é algo muito próximo à Verdadeira Prática do Viver em Meditação. Viver em Meditação é o que eu tenho chamado aqui de Real Meditação Prática. Então, nós temos uma playlist aqui no canal sobre isso.
Assim, o nosso trabalho é olharmos para isso, é nos aproximarmos disso, nos tornarmos cientes da Verdade que somos, assumirmos Isso agora aqui. Então, você realiza essa Felicidade, esse Amor, essa Paz, essa Plenitude de Ser O que você nasceu para Ser, que é Você em seu Ser, a Realidade de Deus.
Se isso é algo que faz sentido para você, deixe aí o seu “like”, se inscreva no canal… Lembrando: é isso que estamos trabalhando juntos, então nós temos encontros também on-line e encontros presenciais. Você encontra, na descrição do vídeo, o nosso WhatsApp. OK?
Valeu pelo encontro e a gente se vê no próximo.