Colocando direto para você isso aqui: não é possível a realização da Felicidade sem a Realização de Deus. Não adianta! O que quer que você realize, o que quer que você consiga, o que quer que você conquiste, toda e qualquer conquista externa estará presente por um tempo e depois desaparecerá. A realização da Felicidade é a Realização do seu Ser, é a Realização de Deus, apenas Isso é Real, nada mais é. Somente Isso é verdadeiro, nada mais é.
Então, direto ao ponto aqui com você: neste canal estamos trabalhando com vocês a Verdade da Realização de Deus. Isso é a única coisa que é Real, tudo mais vem e vai, tudo mais aparece e desaparece. Seu Ser é a Natureza da Verdade, que é a Natureza de Deus. Isso não é uma conquista, não é algo que você alcança, não é algo que você chega lá. Assim, quando usamos a expressão “Realizar Deus” ou a “Realização do seu Ser” não é algo que você vai lá e torna possível, não é algo que você idealize, programe e consiga ir lá e tornar possível. Essa Realização de Deus não é algo no tempo. Vamos trabalhar com você isso, aqui, nos próximos minutos.
A pergunta é: como realizar a Felicidade? Como alcançar a Felicidade? Não se alcança a Felicidade, não se realiza a Felicidade. Nós nos tornamos cientes da Verdade da Felicidade, nos tornamos presentes agora, aqui. A ciência d`Aquilo que somos é a Felicidade se revelando. Não é um processo, é uma constatação aqui e agora.
Aqui no canal nós estamos trabalhando com você o fim da ilusão da “pessoa” ou da pessoa que você acredita ser. Você se vê como alguém que nasceu, você tem um nome, você tem uma história, você olha para trás e vê os seus ancestrais, você acredita que a sua origem está dentro desse contexto de história. A Verdade do seu Ser é que você nunca nasceu. É muito estranho ouvir isso, porque você se vê no corpo como sendo ‘alguém’ que tem um nome e uma história. Aqui eu me refiro à Verdade última de sua Real Natureza, de sua Real e Verdadeira individualidade.
Nós temos uma noção completamente errônea, equivocada, sobre quem somos. Nós estamos nos vendo nessa ilusória identidade, nesse ilusório “eu”. Quando nós usamos a expressão “eu”, o pronome “eu”, nos referindo a “nós mesmos”, sempre estamos identificando esse “nós mesmos” com esse corpo. Aqui está o equívoco. Quando dizemos “eu”, “mim”, “eu próprio”, “eu mesmo”, estamos apenas expressando uma palavra ou uma frase – a palavra “eu” ou uma frase “eu mesmo” –, porque é algo que nos foi ensinado, nós aprendemos isso e isso é algo que surgiu no tempo e também irá desaparecer no tempo. Todo o problema conosco está na ideia de tempo, desse psicológico tempo: “Eu fui isso ontem, sou isso hoje e serei isso amanhã”, isso é tempo. Sempre nos referimos aqui a esse corpo. Você olha para uma fotografia quando você tinha dez anos ou quinze anos de idade e olha para o seu rosto hoje no espelho e percebe que houve uma mudança, uma diferença. Então essa noção de tempo é algo muito entranhado em nosso modelo de condicionamento psicológico. Nos vemos no tempo porque nos vemos no corpo, nos vemos na forma. A realização da Felicidade, a Realização do seu Ser, a Realização de Deus, é algo fora do tempo.
Quando temos uma aproximação da Verdade sobre quem somos, quando investigamos a natureza ilusória do “eu” – desse que se separa da experiência agora, aqui – percebemos que esse “eu” é apenas uma crença, um conceito, um conceito dentro do corpo. Percebemos, também, que esse corpo é apenas uma expressão do tempo, não é Aquilo que somos, é aquilo com o qual nós nos confundimos. Nós quem? Esse “eu”, que não passa de memória, história, lembrança, portanto, estamos de volta ao tempo. Sem o tempo, onde é que está o “eu”? Quem é você sem o seu nome? E o seu nome é história, que é tempo, é memória. Sem o seu corpo, quem é você?
Todas as noites quando dormimos entramos em sono profundo e não há corpo, não há nome, não há história, no entanto, Algo permanece desconhecido. Em sono profundo não há o mundo, não há o “eu”, não há o corpo, não há história, mas algo permanece fora desse tempo, fora desse sonho de vida que nós chamamos “vida humana”. Quando acordamos pela manhã, ao sairmos do sono profundo, estamos de volta ao tempo, ao corpo, ao mundo, ao nome, à história. A pergunta para você é: o que é essa Realidade que permanece em sono profundo, desconhecida? Essa Realidade é o seu Ser.
O seu Ser está fora do tempo, do nome, da história, do mundo. Esse seu Ser, que é vivenciado em sono profundo – percebam isso com muita clareza –, em sono profundo não há outra coisa a não ser Paz, Felicidade. Não há sensação, não há prazer, mas há Algo extraordinário em sono profundo. Todos amam, todo o ser humano ama o sono profundo, porque no sono profundo todo o sentido do “eu” com seus prazeres e dores, histórias, memórias, lembranças, todos os seus personagens, desaparecem. Então há Algo no sono profundo, que é o Desconhecido, mas é o Desconhecido em Paz, em Liberdade, em Felicidade. É curioso dizer isso: “todos amamos profundamente o sono profundo”, mas no sono profundo, quem é você?
O ser humano pode até dizer: “Eu tenho medo da morte”, ele pode sentir o medo da morte, ele pode dizer que ama viver, ele ama a vida, mas, na realidade, ele tem medo é de perder aquilo que ele conhece, que ele chama de vida, e ele chama isso de amor à vida. O que o ser humano realmente ama é a Singularidade e o Desconhecido do sono profundo. Nós amamos o sono profundo, e no sono profundo não há vida, não há “alguém” vivo. Todas as noites nós morremos psicologicamente, historicamente, em termos de memórias e lembranças. Isso acontece todas as noites quando adentramos ao sono profundo, desfrutamos da Paz, da Liberdade, da Felicidade. Então nós temos amor ao sono profundo. E por que isso está presente? Porque no sono profundo não há o ego, o “eu”, o “mim”. Se nós pudéssemos trazer a Paz, o Silêncio, a Felicidade do sono profundo para o nosso estado de vigília, que é esse “estado de mundo”, seria algo maravilhoso. Se pudéssemos viver no Amor, na Paz, na Liberdade, no Silêncio, na ausência do ego, no estado de vigília, como no sono profundo, todos nós apreciaríamos isso, com certeza.
O convite para a Realização do seu Ser, que é o convite para a Verdade da Felicidade de sua Natureza Real, é a vida no estado de vigília livre do ego e, portanto, nesta Paz, neste Silêncio, neste Desconhecido Mistério do sono profundo. A Realização do seu Ser é a Realização do Desconhecido, d`Aquilo que não tem nome, d`Aquilo que está além de tempo e espaço e, portanto, além do corpo e de toda a história de memória psicológica, além do toda a ilusão do “eu”. É impossível a vida nesta Beleza, Graça, Amor, Liberdade e Felicidade enquanto o sentido do “eu”, do ego, de toda essa complexidade psicológica, de toda essa condição de estrutura de egoidentidade permanecer presente.
Precisamos descobrir a Verdade do sono profundo. A compreensão desta Verdade sobre quem somos, aqui e agora, revela a Verdade nesse estado de vigília, no estado de sonho à noite e no estado de sono profundo. Os Sábios têm chamado isso de “o quarto estado”, o estado de Turiya, um estado possível a cada um de nós. É o estado de Sabedoria, de visão da Vida como ela se mostra, sem o sentido da dualidade. Isso é também chamado de Advaita, onde só há “esse primeiro sem o segundo”, que é a Realidade de Deus. A palavra Advaita significa “o primeiro sem o segundo”, a Realidade de Deus presente. Essa é a Realidade do seu Ser. Não há sofrimento em seu Ser, não há sofrimento em Deus, não há o sentido de separação, não há o sentido de dualidade, não há o experimentador com sua experiência, não há o observador com aquilo que ele observa, não há o pensador com os seus pensamentos. Há somente essa Realidade, que é o Desconhecido, o Inominável, a Presença da Consciência pura. O Estado de Turiya é esta Presença pura, é a pura Consciência que é Ser, Felicidade, transcendendo vigília, sonho e sono profundo.
Então no sono profundo você tem um vislumbre desse Desconhecido, d`Aquilo que aqui tratamos dentro do canal, que alguns chamam de a Iluminação Espiritual, o Despertar da Consciência ou o Despertar Espiritual. É você em seu Ser, em seu Natural Estado, livre do sentido do “eu”, do ego, desse “mim”. Assim, o nosso trabalho consiste em investigar isso, em nos aprofundarmos nisso, em termos a clareza da Verdade d`Isso que somos, aqui e agora, livre do tempo e do espaço, livre do “eu”, do ego, do “mim”, de toda a história desse personagem com o qual nós nos identificamos.
Talvez a sua pergunta seja: “E a vida?” Não há nada lá fora para mudar. A vida é o que ela é quando o sentido do “eu” não está. Aquilo que desaparece é a ilusão de um sofredor para sofrer, a ilusão de um observador para observar o mundo, a ilusão de um pensador para pensar os seus pensamentos, a ilusão desse “eu” que vê o outro como algo separado de si mesmo, que vê o mundo como algo separado de si mesmo, que vê Deus como algo longe, distante de si mesmo, é isso que desaparece – algo forjado pelo pensamento, sentimento que desaparece. Então Algo novo está presente. Esse Algo é a presença da Realidade do seu Ser, que é Felicidade. Isto é a Realização de Deus, a Iluminação Espiritual, o Despertar, os diversos nomes que têm sido dado para Isso – nenhum deles, de verdade, representa Isso, porque é Algo que transcende toda a palavra, toda a linguagem, de toda e qualquer forma de ideia, crença ou pensamento.
Assim, esse é o assunto que tratamos aqui com você dentro do canal. Nós temos diversas playlists explorando esse assunto aqui com você. É só entrar no canal e dar uma olhada nessas playlists, investigar isso e se aproximar disso. Quero lembrar a você: nós temos encontros online, encontros presenciais e, também, retiros onde estamos trabalhando isso com aqueles que se aproximam. Aí fica o convite e a gente se vê no próximo encontro.
Valeu e até a próxima!