OK! Muito bem! Vamos falar hoje, com você, sobre essa procura ou essa busca pela Verdade. O homem, o ser humano, vem há milênios à procura de alguma coisa fora dessa sua vida comum. Nós sabemos que a nossa vida, em geral, é problemática, cheia de problemas, tediosa, aflitiva, preocupada. E o ser humano vem se perguntando há muitos e muitos anos, há milênios: será que há alguma coisa fora essa vida que nós conhecemos, cheia de problemas?
Então, há essa procura pela Verdade ou essa busca pela Verdade. Então, os filósofos, por exemplo, perguntam: a Verdade existe? Então, me parece que essa é uma questão para os filósofos, mas não só para os filósofos! O ser humano está a procura, realmente, de alguma coisa, e os religiosos a chamam de Deus; os filósofos a chamam de Verdade.
Então, vamos trabalhar com você hoje aqui essa questão. Afinal, o que é a Verdade? E, se Ela é real, se Ela é Deus, nós podemos encontrar Isso? A primeira coisa aqui é que temos que nos aproximar disso com calma. Olhem como é curioso o ser humano: ele está à procura da Verdade, mas qual será a Verdade que nós, como seres humanos, podemos encontrar? Será essa a Verdade? Porque, em nossa mente, nós formulamos a Verdade, temos ideias sobre a Verdade, crenças sobre a Verdade, conceitos sobre a Verdade, e é o que nós temos feito com relação a Deus.
Deus sendo a Verdade, para nós, é algo que, na realidade, está dentro dos nossos conceitos. Então, a mente formula aquilo que a Verdade representa, e o que ela formula como sendo a Verdade não passa de um conceito, de uma ideia, de uma crença, de um objetivo projetado por ela, idealizado por ela. Sendo assim, isso não pode ser a Verdade; é uma imaginação sobre a Verdade.
São muito curiosas as palavras, quando nós as usamos. Ao fazer uso das palavras, nós estamos sempre colocando um conteúdo emocional dentro daquelas palavras, ou um conteúdo intelectual dentro daquelas palavras. As palavras, para nós, são representações das coisas, mas são muito mais do que isso! Nós temos confundido a palavra com essa mesma representação. Então, por exemplo: a palavra “Deus” carrega um conteúdo emocional muito forte, e intelectual também, para cada um de nós.
Então, nós fomos criados dentro dessa padronização de fazer das palavras aquilo que, na verdade, elas não são. Nós começamos a acreditar, a confiar, a colocar toda a certeza nas palavras, o que é uma ilusão, porque a verdade das palavras é que palavras são apenas palavras.
A palavra “amor” não representa absolutamente nada! Mas, psicologicamente, internamente, para nós, para o ser humano, isso tem se tornado um grande problema, porque essa palavra realmente está representando muita coisa, sobretudo emocionalmente.
Então, nós escrevemos sobre o amor, fazemos canções, músicas, sobre o amor, fazemos palestras e usamos a expressão amor… Os sacerdotes usam essa expressão, os poetas usam essa expressão, os filósofos usam essa expressão, os místicos usam essa expressão, os políticos usam essa expressão, todos fazem uso dessa expressão, colocando um sentido emocional para elas muito forte.
Então, nessa expressão, elas colocam, para elas mesmas, um sentido de emoção, de sentimento, em especial, muito grande, muito forte! E passamos a confundir a palavra com a própria coisa. Não, a palavra não é a coisa. A palavra “amor” é vazia de conteúdo. A Verdade do Amor é Real, mas a palavra “amor” é só um símbolo, é só uma expressão verbal, é só uma ideia, é só um conceito que não representa absolutamente nada, é algo que está vazio.
O mesmo ocorre com a palavra de Deus.
Então, estamos lidando com conceitos e colocando, dentro desses conceitos, um conteúdo emocional, para nós mesmos, que não é real. Nós não sabemos quem é Deus ou o que é a Verdade, mas temos ideias e estamos trabalhando para chegar a uma experimentação real dessas ideias, dessas crenças, dessas palavras, desses conceitos, e aqui o conceito é Deus.
A Verdade é que Deus não cabe dentro de um conceito. Assim, como a palavra “amor” não abarca a Verdade do Amor. A Realidade de Deus não está dentro da palavra “Deus”. A Verdade do Amor não está dentro da palavra “amor”. Isso é o mesmo para Felicidade, para a Paz, Liberdade… Mas, em geral, o ser humano está muito agarrado aos símbolos, sem nenhuma ciência da Verdade de que o símbolo está representando algo, que é o simbolizado. A palavra é o símbolo; o simbolizado é a Realidade.
Assim, essa questão da busca de Deus é a busca de uma ideia, é a busca de uma crença, é a busca de um conceito.
Aqui, nos deparamos com uma grande dificuldade: aquilo que você pode encontrar, ainda é parte daquilo que você conhece. Notem como é delicado esse assunto.
Se estamos falando de Deus como sendo uma Realidade que ultrapassa o intelecto, e as emoções, e os sentimentos, e esse sentido de percepção humana, qualquer coisa que você encontre dentro desse sentido de percepção humana, dentro dessa visão particular da pessoa, desse assim chamado ser humano, não pode ser a Realidade de Deus.
Então, aquilo que você irá encontrar ainda será parte daquilo que você é como ser humano, preso ao intelecto, às emoções, aos sentimentos, às sensações, e às percepções sensoriais.
Se queremos, de fato, ter ciência da Realidade de Deus, precisamos ultrapassar essa limitação, que é a limitação desse assim chamado ser humano.
Então, notem o que estamos dizendo: você jamais irá encontrar Deus, porque você não pode! A Realidade de Deus, ou a Realidade da Verdade, pode vir até você, Ela pode chegar aí, mas você não pode ir até lá. O ser humano não vai até Deus; é Deus que vem. Não é o ser humano que tem uma revelação de Deus; é Deus que se revela. E, aqui, nós entramos já na segunda parte importante dessa fala: se Deus se revela, Ele se revela sendo Deus. Ele não se revela dentro dessa visão de humanidade nossa.
Notem com calma o que estamos dizendo. Você quer saber quem é Deus, mas você não sabe quem é Você. Se a nossa busca por Deus, se a nossa busca pela Verdade – aqui se trata dessa busca por Deus ou dessa busca pela Verdade –, se ela é real, ela deve começar em nós mesmos. Não é idealizando, objetivando psicologicamente, imaginando a Realidade de Deus, indo em busca d’Isso, porque quem estaria indo em busca d’Isso? Precisamos descobrir quem é esse “eu”, esse “mim”, essa “pessoa”, esse “modelo humano”, que está à procura d’Isso.
Portanto, se é a Verdade de Deus para ser encontrada, a primeira coisa aqui é descobrirmos a Verdade sobre quem nós somos.
Quando você toma ciência da Verdade sobre quem Você é – não sobre a Verdade de Deus, mas sobre a Verdade sobre quem Você é –, você tem a Realidade de Deus se revelando. E, quando essa Realidade de Deus se revela, esse sentido de um “eu” presente, dessa “pessoa” que você se vê sendo, acreditando ser, desaparece, porque essa Realidade da Revelação de Deus, não vai se ajustar a esse sentido de um “eu” presente.
Essa é uma forma de abordarmos com você essa questão da ilusão do sentido de um “eu” presente, se separando dessa Realidade que é Deus.
A Realidade, a Verdade de Deus, é a única Realidade em toda a Manifestação. Esse sentido de humanidade, esse sentido de “pessoa”, como você se vê, é uma projeção criada por crenças, por ideias, por pensamentos.
Então, você se projeta como uma identidade separada no tempo e no espaço, sendo uma pessoa à procura de Deus. Isso não é real. A Realidade é que só há uma Verdade em toda essa Manifestação.
Assim sendo, esse corpo e essa mente e esse mecanismo humano, tudo isso é parte dessa Manifestação, e a única Realidade nessa Manifestação é a Realidade de Deus.
Então, aqui, nós temos já a terceira coisa a ser dita para você: Deus é Aquilo ou esta Realidade que se revela aí, e a Revelação d’Isso se mostra como sendo a única Realidade de toda a Manifestação.
Então, o que é esse encontro com Deus? É Deus se revelando a Ele próprio, nesse corpo, nessa mente e nessa experiência. Então, qual é o real impedimento da Revelação de Deus? A ilusão sobre quem nós somos.
Então, o não Reconhecimento da Verdade sobre quem Você é, é a não Constatação da Verdade sobre o Divino, sobre Deus, sobre essa única Realidade presente.
Assim, o que estamos fazendo juntos nesses encontros, quando compartilhamos com você aqui, nesses encontros aqui dentro do canal e, também, em encontros on-line e encontros presenciais? Nós estamos investigando a natureza da ilusão, dessas crenças. Essas crenças são a ilusão que trazemos sobre nós mesmos. A ilusão que temos sobre quem nós somos nos dá uma ilusão sobre a vida, sobre o outro e sobre a Verdade, sobre Deus.
Esse trabalho de investigação sobre Isso, de uma aproximação sobre Isso, sobre Aquilo que nós somos, é o Verdadeiro Autoconhecimento.
Aqui no canal, nós temos uma playlist extensa sobre esse trabalho do Autoconhecimento. Olhar para aquilo que aqui está e perceber diretamente que toda essa programação, todo esse condicionamento psicológico, todo esse conjunto de crenças, de imagens, de ideias sobre nós, sobre o outro, sobre o mundo, sobre Deus é falso; isso é uma ilusão. Perceber isso é a base para a Realização da Verdade do seu Ser, que é a Verdade de Deus; é quando Deus se revela nesse desaparecimento do sentido de um “eu”. Isso é Autoconhecimento.
Isso o aproxima… isso é algo que o aproxima da Meditação, da Real Meditação. A Meditação é esse esvaziamento de todo esse conteúdo psicológico de condicionamento. Carregamos um conteúdo enorme de condicionamento psicológico. Esse condicionamento psicológico nos dá a ideia de uma identidade presente aqui, neste instante, vivendo a vida, sendo “alguém”, pensando coisas, sentindo coisas, odiando, amando, querendo continuar, procurando se livrar, tomando ações, decisões, fazendo escolhas… Tudo isso está baseado na ilusão do sentido de separação, que é o sentido de um “eu” presente no mundo, de um “eu” presente na vida, de um “eu” presente na procura de Deus ou da Verdade.
Se isso desaparece, por essa Constatação da Verdade sobre quem nós somos; se esse conteúdo todo psicológico, de condicionamento, de cultura, de civilização, de humanidade, de visão equivocada que trazemos, que temos, se isso é esvaziado… O esvaziamento de todo esse conteúdo psicológico interno é Meditação. E, quando há esse esvaziamento, o cérebro se aquieta. Na realidade, essa quietude favorece esse esvaziamento. E, quando o cérebro está inteiro e completamente quieto e silencioso, vazio de todo esse conteúdo, algo se mostra, algo se revela, algo se faz claro, patente, como sendo a única Realidade – essa é a Realidade de Deus, é o Desconhecido, o Inominável.
Joel Goldsmith tem uma expressão muito bonita. Joel Goldsmith diz: “Todos os conceitos de Deus precisam desaparecer”. É muito curiosa a expressão dos Místicos, dos Santos e dos Sábios com relação a esse encontro com Deus.
Então, Joel Goldsmith fala de Deus, dizendo: “Eu encontrei a única forma de expressar Deus livre de todos os conceitos” – ele diz – “com uma expressão”. Ele chama de “o Infinito Invisível”… “o Infinito Invisível”. Sim, é belíssima essa expressão: “o Infinito Invisível”, porque você não pode dar uma forma para isso, ele diz. Não tem como você enquadrar a expressão Infinito Invisível numa forma.
É belíssima essa expressão de Joel Goldsmith, e nós estamos aqui descobrindo a Verdade do nosso Ser, desse Infinito Invisível – eu tenho chamado de “o Desconhecido”, “o Inominável”, “o Ser Real”, esse Ser que é Ser-Consciência-Felicidade.
A observação da Verdade – escute –, não da Verdade de Deus, mas da Verdade sobre quem é Você… A Revelação da Verdade sobre quem é Você é a Revelação da Verdade de que só há Deus. Então, não tem esse “mim”, esse “eu”, esse “você”. Esse “você” é o problema. Eu tenho dito muito isso nesses encontros.
As pessoas falam de problemas… Só há problemas quando o sentido de um “eu” está produzindo problemas. Todo problema em sua vida consiste na existência de uma identidade separada, o que representa uma ilusória identidade presente dentro da experiência do viver. É esse sentido do “eu” presente criando toda confusão, todo sofrimento, toda desordem.
A Realidade do seu Ser-Consciência-Felicidade, o Infinito Invisível, essa Realidade além de todos os nomes… quando Isso assume esse corpo e essa mente, tudo se desfaz, toda a ilusão se desfaz. Na linguagem de Joel Goldsmith, o erro desaparece, o estado hipnótico dessa consciência de separação se desfaz.
Estamos falando com você de algo vivencial: você vivencia Isso em Si mesmo. Por isso, eu tenho enfatizado a importância da Compreensão da Verdade sobre quem nós somos, e Isso só é possível quando você estuda a si mesma, a si mesmo. Você precisa estudar a si mesmo. Estudar é olhar para aquilo que se passa aqui e agora: os pensamentos, os sentimentos, as emoções, as sensações, toda essa percepção de realidade. Ao observar isso, ao estudar isso, você descobre que essa é uma condição de sonambulismo, de inconsciência, de sonho dentro de um sono, que é esse sono, que é esse sonho de uma existência separada da Realidade de Deus.
Por isso que o Joel usa a expressão “a União Consciente com Deus”. Eu tenho dito: esta Consciência é a Consciência da Realidade de Deus. Não é alguém se unindo a Deus, é Deus assumindo o lugar, o espaço que é d’Ele, que sempre foi e sempre será, nesse corpo e nessa mente.
Aqui no canal, nós temos trabalhado isso com vocês, mostrado que é necessária uma mudança no próprio corpo, uma mudança da própria estrutura do cérebro e do corpo.
Aqui, já tocando na questão do Despertar da Kundalini, nós temos uma playlist aqui trabalhando isso também, e demonstrando o lugar que isso tem dentro desse trabalho da Realização de Deus ou Iluminação Espiritual, porque esse é o assunto nosso aqui no canal.
Portanto, se o que você acaba de ouvir, se isso faz sentido para você, se isso o toca de alguma forma, deixe aí o seu “like”, se inscreva no canal… Quero lembrar de novo a você: nós temos encontros on-line e, também, encontros presenciais, onde estamos trabalhando isso com aqueles que se aproximam.
Nós temos aí o link do Whatsapp: você entra em nosso grupo e se aproxima desse trabalho. OK?
Valeu pelo encontro e a gente se vê na próxima!