O assunto é o pensamento e o tempo.
A existência do “eu”, a existência dessa “pessoa”, com a qual nós nos confundimos, é algo presente no tempo.
O nosso trabalho juntos é descobrirmos a Verdade última sobre quem nós somos. Há uma Verdade sobre quem nós somos, e essa Verdade transcende o nosso pensar, o nosso sentir e o nosso agir.
O nosso pensar, o nosso sentir e o nosso agir são algo que ocorre no tempo, e tem por base esse movimento, que é o movimento do pensamento em nós. Nós somos, biologicamente e psicologicamente, o resultado de ontem, e de muitos “ontens” antes desse “ontem”. Nós somos o resultado do tempo, fisicamente e psicologicamente.
Então, a pessoa que nós apresentamos ser, a pessoa que somos neste momento… Enquanto prevalece essa “não Verdade Última”, que é a Verdade do nosso Ser, a Verdade de nossa Identidade Divina… enquanto Isso não se mostra, aquilo que tem se mostrado, se apresentado, é essa “entidade”, é essa “pessoa” – a “pessoa” com a qual nós nos confundimos. Ela vive nesse pensar, sentir e agir, e isso é o resultado do passado.
Para muitos de nós, a nossa vida aqui, neste momento presente, é só uma reação do passado. Aqueles que Realizaram o seu Ser, Realizaram a Consciência da Verdade sobre si mesmos. Eles não estão se movendo mais nesse tempo, nesse psicológico tempo, nesse modelo de condicionamento interno de identidade pessoal – eu tenho chamado de identidade egoica.
Então, a Compreensão da Verdade, o Despertar, a Realização de Deus, é o fim para o passado, para esse passado psicológico. Biologicamente, nós somos o resultado desse passado e, psicologicamente, somos o resultado desse passado. Mas esse passado psicológico pode terminar, e ele precisa terminar. Só então essa Realidade de Ser Consciência, de Pura Consciência, que é a Verdade Divina de sua Natureza Essencial, pode estar presente. Então, é quando paramos de viver no passado para estar presente agora. Esse “agora” implica, necessariamente, esse “aqui”.
A Vida, dessa forma, é a Vida como Ela é, sem mais contradição, sem mais conflito, sem mais sofrimento, porque é sem mais esse passado.
Então, como entidades separadas, como pessoas, carregando esse “eu” – o que, na psicologia, é chamado de ego –, nós estamos sempre carregando esse peso do passado, tentando dar a este momento presente um significado que é impossível. A Vida é algo acontecendo agora aqui, neste instante, neste momento. Não há o passado e, no entanto, nós estamos lidando com este momento a partir da memória, a partir desse “ontem” e desses milhares de “ontens” antes desse “ontem”. Então, nós somos esse resultado do tempo, psicologicamente. Essa é a identidade egoica, esse é o sentido do “eu”.
E onde entra o pensamento? O pensamento é esse elemento em nós que é memória. Todo o seu pensar, todo o seu agir e todo o seu sentir se baseiam na memória. Essa memória é o pensamento; esse pensamento é esse tempo que abaliza a existência de uma identidade separada da Vida, do Todo, da Existência. Esse sentido de separação é o sentido de dualidade.
Nosso trabalho juntos aqui é rompermos com esse sentido de separação, com essa dualidade. A dualidade é essa noção equivocada de um “eu” presente agora aqui. Esse “eu” é essa memória, que é o passado, que é o pensamento. A Vida é algo presente e não há um “eu”, não há uma “entidade” presente nela. Uma “entidade” é um conceito, é uma crença, é uma ideia, é uma memória, um conjunto de lembranças. Então, nossas relações com o outro, nossas relações com o mundo, nossa relação com a vida, toda ela, quando se baseia nisso, se baseia em contradição, em sofrimento, em conflito.
Observe, dentro de você, a inquietude psicológica. Para rompermos com esse modelo, é necessário que você se observe, se torne ciente desse modelo presente, de como você funciona. Perceber esse modelo de pensar, sentir e agir com base na memória, olhar para isso, observar isso, se aproximar e ver isso… Quando você faz isso, você coloca em foco, em evidência, essa Luz da Consciência. Quando você continua automaticamente, de uma forma mecânica, de uma forma inconsciente, nesse modelo de pensar, sentir e agir, aquilo que está presente é só essa reação, que é o passado, que é a inconsciência, e isso se perpetua, e isso continua, isso não termina.
Podemos criar modificações superficiais e aparentes nesse “eu”, nessa identidade egoica, e é isso que o ser humano tem feito. Assim, ele tem muito essa preocupação com o desenvolvimento pessoal. Ele acredita que precisa se desenvolver como pessoa, e o desenvolvimento pessoal não representa nada além de uma modificação, de uma perpetuação, de uma continuação dessa velha identidade egoica. Realizar objetivos, em razão desse desenvolvimento, não representa a Verdade do seu Ser e, portanto, não representa o Amor, a Paz, a Liberdade, a Felicidade. Apenas a Realização de Deus, a Realização do seu Ser, a Realização desse Ser-Consciência, que é essa Verdade Última sobre quem é Você, de verdade, representa o final de toda busca.
Toda essa confusão que tem sido nossas vidas está dentro dessa estrutura de dualidade. Enquanto não ocorrer o fim dessa dualidade, ou seja, a Não Dualidade… A Não Dualidade também é chamada de Advaita – isso é direto dos Vedas, das Escrituras indianas. Está lá nos Vedas, na última parte dos Vedas, a Advaita Vedanta, a Não Dualidade. Seu Ser é a única Realidade de toda a Existência, de toda a Manifestação. Então, essa é a Unidade, essa é a sua Unicidade Consciente. É o mesmo caminho direto de Ramana Maharshi, que é essa Advaita Vedanta.
A linguagem que os Sábios, os Seres Realizados, usam pode ser diferente, mas todos estão apontando para a mesma visão, para a mesma vivência – esse apontar para essa Verdade do Ser, para essa Verdade que somos. Essa Realidade é o fim dessa desordem psicológica, dessa confusão psicológica, é o fim desse sentido de separação – aquilo que, aqui no canal, eu tenho chamado de consciência egoica, consciência mental.
A Verdade é Aquela que está dentro de cada um de nós, como Pura Consciência. Isso é algo que transcende a linguagem, é algo que transcende a fala.
Aqui, a Visão Direta, a Percepção Direta da Realidade é Aquilo que se torna fundamental para cada um de nós. Então, isso rompe com o pensamento psicológico. O rompimento com esse pensamento é o rompimento com o tempo. Então, há uma quebra dessa ilusão do tempo, desse passado, desse psicológico passado. É a ilusão de viver agora aqui como uma entidade separada, afastada deste momento presente, deste “agora”, que lhe coloca nesse psicológico tempo, que é o passado, que o pensamento sustenta.
Então, as pessoas vivem, em geral, agora, aqui, inconscientes deste “agora”, da beleza deste momento, desta Consciência, deste Ser, desta Realidade Divina, desta Unidade, desta Unicidade Consciente, desta Consciência da Presença de Deus. Esta Consciência da Presença Divina, esta Consciência da Presença de Deus, é a Consciência do seu Ser.
Então, elas vivem no passado ou no futuro, psicologicamente. Internamente, elas estão sempre se projetando para o futuro, com base nesse passado, que é a memória. Essa memória é a que constitui essa identidade egoica. Então, elas estão se identificando com o que elas não são, elas estão se confundindo com o que elas não são, elas estão se confundindo com esse “eu”. Elas se confundem com aquilo que não são, elas se confundem com essa egoidentidade, com esse falso centro, com esse falso “eu”.
Eu quero lhe convidar a uma Vida Livre, em Amor, Liberdade, Felicidade… a essa União Consciente com Deus, na linguagem de Joel Goldsmith. Há uma vida livre desse sentido de separação, desse sentido de dualidade.
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Aí fica o convite e a gente se vê no próximo.