Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui no nosso canal.
O assunto com vocês é sobre a ilusão do tempo psicológico – eu falo desse tempo que o pensamento tem criado, tem produzido dentro de você.
O pensamento produz uma forma de tempo irreal. A noção que você tem como pessoa é uma noção baseada nesse tempo irreal, o tempo de existir como uma entidade separada, aqui, nesse presente momento. Não há uma entidade presente aqui nesse instante, apenas o pensamento tem construído essa ideia, tem lhe dado essa ideia.
Então, o pensamento construiu uma noção de tempo para você e te coloca aqui, nesse presente momento, como “alguém”, “alguém” que tem uma história no passado, tem uma história sendo vivida agora, aqui, no presente, e tem uma história que será construída no futuro. A noção de presente, passado e futuro é uma construção do pensamento. A única Verdade presente é esse presente momento. Nesse presente momento, não existe uma entidade aqui.
Então, aqui, nós tocamos no assunto da não dualidade, da não separação. Uma só Realidade está presente – é isso que é colocado dentro da Vedanta. Na Advaita Vedanta, a aproximação que você tem é a aproximação da não dualidade. Não existe o sentido de uma identidade presente aqui, nesse momento, para viver a vida, para experienciar a vida. A noção que você tem sobre a vida, com base no que o pensamento diz, é completamente ilusória, completamente falsa.
A aproximação da Vedanta… você sabe, a Vedanta é a visão da Sabedoria descrita pelos Sábios da Índia. A última parte dos Vedas trata da Vedanta e, dentro da Vedanta, nós temos uma aproximação da Advaita, Advaita Vedanta. Então, o último ensino sobre a Verdade, sobre Você, sobre quem Você é, é essa Visão, a Visão da Verdade de que só há uma Presença, só há uma Consciência aqui, nesse instante, nesse momento. O sentido de uma identidade presente não é real. O sentido de “alguém” presente nessa experiência não existe.
Eu quero lhe convidar a adentrar essa Consciência, essa Verdade do seu próprio Ser, que é Unicidade, que é não dual. Então, quando falamos de Iluminação Espiritual, Despertar Espiritual, estamos tratando desse Estado Natural de Ser, que é Consciência, sem qualquer separação entre essa Consciência e Deus, entre essa Consciência e a Vida.
O ponto, aqui, importante para dizer para você é que enquanto isso não ficar resolvido, enquanto não ficar claro aí que não existe qualquer separação… eu digo “claro” não intelectualmente, não através da fala ou das palavras.
Você pode ler incansavelmente isso e continuar ainda dentro dessa perspectiva equivocada de separação entre você e a Vida. Você precisa de uma vivência. Portanto, enquanto não ficar clara essa vivência direta, esse Estado de Ser não dual, segundo descrito por Ramana Maharshi… Ramana Maharshi foi um dos maiores expoentes da visão da Jnana, da visão do Conhecimento – eu me refiro ao Conhecimento Último, ao Conhecimento da Verdade sobre Você, sobre o mundo, sobre Deus.
Dentro da visão de Ramana Maharshi, dentro da visão dos Sábios, a Realidade do seu Ser é Ser-Consciência-Felicidade. Essa, portanto, é a Natureza da Verdade sobre Você.
Portanto, nesses encontros, nós estamos trabalhando isso: o fim dessa noção de tempo criado pelo pensamento, produzido pelo pensamento, situando você como uma entidade separada com uma história. Sim, o corpo tem uma história, a mente tem uma história, mas tanto o corpo quanto a mente estão dentro de um contexto de aparição, que vem e vai, que aparece e desaparece.
No entanto, Você em seu Ser, como Pura Consciência não dual, sem qualquer separação de toda essa existência, e mesmo além de toda essa manifestação, como Puro Ser, como Pura Consciência, não é algo que aparece e desaparece.
Assim, o fim para essa complexidade criada pelo pensamento – eu me refiro a esse tempo psicológico – , o fim para o tempo psicológico é a entrada nessa nova Dimensão, nessa profunda Dimensão, nessa verdadeira Dimensão, que é Consciência. É aqui que reside a Verdade do seu Ser. No fim de toda essa desordem, no fim de toda essa complexidade produzida pelo pensamento, no fim dessa ilusão do sentido de separação, do sentido egoico, estamos diante Daquilo que é a Verdade.
Então, o nosso trabalho aqui é termos um olhar para Isso, um olhar para a Verdade que somos. Enquanto houver a conservação dessa falsa identidade, cultivando alguma forma de crença, de ideias; enquanto estiver se movendo, essa suposta identidade, dentro desse modelo, que é um modelo da mente, esse modelo da mente egoica, esse modelo mental, dentro desses padrões, de conceitos, ideias, crenças, opiniões, julgamentos… aqui nós temos também junto a autoimagem, a imagem idealizada pelo pensamento sobre quem você é, sobre quem é o outro, sobre o que é a vida. Tudo isso precisa desaparecer!
E é possível se fazer esse trabalho quando você está atento a esse movimento, a esse equivocado movimento do ego, desse “mim”, a esse equivocado movimento do pensamento, sustentando, segurando essas crenças, esses julgamentos, essas imagens – isso é o descarte do “mim”, do “eu”.
Existe, no ser humano, um cultivo para essa continuidade. Uma vez que estamos juntos aqui, nesse canal, e a proposta desse canal é lhe mostrar que é possível o Despertar do seu Ser, dessa Verdade Divina, é necessário que você esteja disposto a abdicar, a abrir mão desses padrões da mente egoica, e, portanto, desse fundamento para o tempo psicológico, que é esse modelo mental constituído de pensamentos.
Os pensamentos precisam ser compreendidos e, aqui, quando eu uso a expressão “compreendidos”, não é “entendidos”. É necessário que você compreenda o que é o pensamento. A compreensão do pensamento te dá a compreensão de todos os pensamentos.
Pensamento é basicamente tempo, porque basicamente pensamento é memória, basicamente pensamento é história. O pensamento idealizou toda essa história, construiu toda essa história sobre quem você acredita ser. Isso não é quem Você é. Então, a compreensão do pensamento é o fim para o pensamento.
Então, no que se constitui um verdadeiro trabalho espiritual, um real trabalho sobre si mesmo? Isso se constitui na arte da auto-observação do próprio movimento do pensamento quando surge, construindo sobre você e sustentando aí todos esses padrões. É isso que mantém o sentido de dualidade; é isso que mantém o sentido de separação; é isso que mantém o sofrimento. Observar a mente, observar a si mesmo em suas relações com o mundo, com o outro, consigo mesmo, com a vida, e perceber que o pensamento está construindo algo, de uma forma imaginativa, sobre a sua Natureza Divina, sobre o seu próprio Ser; que o pensamento está construindo uma imagem…
A velocidade desses pensamentos diminui, uma vez que essa observação deve ser feita sem julgamento, sem comparação, sem essa mera aceitação passiva, como se aquilo que estivesse surgindo, esse pensamento que estivesse surgindo, estivesse dizendo a Verdade.
Se você apenas observa, constata, uma coisa inteiramente nova começa a acontecer dentro de você. Então, há uma quebra de identificação com esse movimento, porque ele passa a ser visto, ele começa a ser visto, e quando ele começa a ser visto, essa tendência habitual, padronizada, do pensamento, de tagarelar o tempo inteiro dentro de você, lhe dizendo coisas nas quais você está sempre acreditando, sobre si mesmo, sobre o mundo, sobre o outro, isso perde a velocidade e perde o poder de te fascinar de novo, e de novo, e de novo, como tem feito.
O que eu estou descrevendo para você aqui é a arte da Real Meditação. Você apenas deve observar o movimento da mente, quer esteja caminhando, falando com alguém, dirigindo o seu carro, indo para algum lugar ou, simplesmente, quieto em casa, sentado, em meio a qualquer uma outra atividade externa. Esse trabalho interno é necessário que esteja acontecendo.
Esse é o seu contato com a Verdade do seu próprio Ser. Então, se revela aqui a Verdade do Autoconhecimento, porque o sentido de separação, o sentido do “eu”, começa a ser visto, e aí ele perde o valor, ele perde a importância, porque agora você está adiante da real prática espiritual, que é a Real Meditação.
Então, quando nos aproximamos dessa importante questão da Iluminação, precisamos nos aproximar não de uma forma teórica, mas de uma forma prática. Então, a vivência prática do Autoconhecimento, nós podemos chamar aqui de Yoga, Jnana Yoga. Então, você está diante de uma abordagem inteiramente diferente. Eu estou dizendo que você está nessa prática espiritual pela Jnana Yoga. A palavra Jnana significa “Conhecimento”. O Conhecimento da Verdade sobre Si é Jnana.
Quando você se dispõe a trabalhar isso em si mesmo, acontece uma mudança nesse corpo e nessa mente, e, segundo Ramana Maharshi, essa mudança acontece de uma forma natural, de uma forma espontânea, pela direta prática da Real Meditação. Eu chamo isso de Real Meditação Prática – isso é a prática da Jnana Yoga. Então, acontece uma mudança nesse corpo e nessa mente. Para Ramana, basta isto, esta autoinquirição, esse modo de se aproximar de si mesmo por essa prática funcional, real, da Meditação, para que aconteça o Despertar da Kundalini. O mecanismo capaz de criar essa mudança nessa estrutura, nesse corpo e mente, para que esse Estado Divino, esse Estado Real, esse Estado de Ser, de Pura Consciência, para que esse Estado se estabilize aí nesse mecanismo, nesse organismo… um trabalho – que é o trabalho da Kundalini – começa a acontecer nesse corpo e nessa mente.
Então, nós temos de uma forma evidencial, de uma forma vivencial, a beleza da Percepção da não dualidade, da não separação entre você e a Vida, entre você e Deus, entre você e o mundo, entre você e o outro.
Portanto, esse é o nosso convite aqui, nesses encontros: um trabalho direto em si mesmo. E deve, esse trabalho, acontecer aqui e agora, não em um espaço reservado para isso. Todo lugar é o lugar onde essa Consciência está presente, porque Você é essa Consciência, mas você não tem essa ciência de Si, uma vez que está se confundindo com aquilo que Você não é.
Toda essa estrutura do tempo psicológico está sustentando a ilusão desse falso “eu”, dessa mente conflituosa. O ser humano vive dentro dessa condição. A mente está em conflito, e é natural que, quando a gente fala de conflito, a gente tenha que aceitar a verdade, o fato, de que, quando há conflito, não há Amor, não há Paz, não há Felicidade, não há Verdade. E o estado psicológico do ser humano, preso a esse tempo criado pelo pensamento, que é o tempo psicológico, é um estado interno de confusão, de desordem, de infelicidade.
A beleza desse encontro aqui é que eu quero lhe dizer que a Real Liberação vem de dentro, a Real Libertação vem de dentro, a sua Real Cura vem de dentro. E aqui eu me refiro a todos esses problemas de ordem psicológica que o ser humano carrega. Seu estado de consciência puramente mental é, na realidade, de inconsciência. Nessa inconsciência, aquilo que predomina no ser humano é a insanidade, haja vista todas as formas de expressão de violência. Isso está presente porque há sofrimento.
Em razão desse sofrimento, o ser humano é agressivo, é violento. Existem diversas formas de expressão de sofrimento em razão da presença desse tempo psicológico, dessa condição inconsciente de viver, de estar na vida. Os quadros como ansiedade, depressão, mágoa, culpa, ressentimento, a dor da rejeição, da solidão, todas as diversas formas de expressão de violência contra si mesmo, contra o outro, é possível colocar um fim para tudo isso com o Despertar de sua Natureza Divina, de sua Natureza Essencial, com o Despertar desse Poder que Você traz dentro de Você, que é o Poder da Consciência, que Ramana chama de Kundalini.
Kundalini, segundo ele, e Consciência e Jnana são basicamente a mesma coisa, diz ele… Ramana Maharshi diz: “São palavras diferentes para apontar para a mesma coisa”. E ele ainda diz mais: “E aqui se inclui a palavra ‘Deus’”. Isso por quê? Porque só há uma Única Realidade com nomes diferentes. Essa Única Realidade é não dual, é uma mesma Presença, um mesmo Poder. Assumir Isso, aqui agora, é ir além da ilusão do sentido de separação. Esse é o Poder da Consciência, esse é o Poder da Liberação, esse é o Poder da Verdadeira Cura que vem de dentro, que nasce do seu próprio Ser, que nasce dessa Consciência.
Então, estamos aqui colocando em palavras Aquilo que está além de todas as palavras; estamos colocando para você a possibilidade de ir além de todo o conflito, de toda a dor, de todo o sofrimento, Realizando sua Natureza Divina, sua Natureza Real, sua Natureza Essencial.
Nós temos trabalhado isso com aqueles que se aproximam. Temos esses encontros aqui em nosso canal, temos encontros on-line… Aí nós temos um link na descrição. Você pode entrar em nosso grupo no Whatsapp e participar de encontros on-line, e temos encontros presenciais. Além disso, temos retiros! E aqui fica esse convite para você.
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Valeu pelo encontro e até a próxima!