Em geral, não percebemos as implicações do sofrimento, o que ele significa, o que ele representa, e muito menos qualquer necessidade de ir além dele.
As pessoas, em geral, sentem que sofrem, mas elas nunca se perguntam o que é o sofrimento. O que é isso que sustenta o sofrimento? O que é isso que mantém o sofrimento? Muito menos, elas se perguntam se é possível não sofrer. Eu não falo do sofrimento físico, eu falo do sofrimento psicológico.
Existe algo que não se percebe, de um modo geral. Não se percebe claramente que esse sofrimento, que é aquilo que eu considero verdadeiro sofrimento, que é o sofrimento psicológico, ele é algo inteiramente dependente do estado da mente.
O seu estado mental determina o nível, a intensidade e a qualidade desse sofrimento. O sofrimento é algo psicológico, é algo que o pensamento produz, sustentando um determinado estado, esse estado mental, o estado mental de dor, o estado mental de contradição, o estado mental de conflito, o que basicamente é um estado mental sem saúde. Então, veja, não há verdadeira saúde mental quando o estado da mente é o estado de sofrimento.
Há diversos nomes, há diversas nomenclaturas para quadros de dor psicológica, e aqui eu quero lhe dizer que é possível descobrir como lidar com isso. Então, você termina tendo uma resposta, de repente, a uma pergunta que você nunca formulou para si mesma. A pergunta: é possível ir além? É possível não sofrer? É possível descobrir uma qualidade de vida livre de todo esse peso psicológico de dor? Os nomes são diversos, os quadros são diversos, essas representações são diversas, de como, psicologicamente, esse estado mental de não saúde psicológica se mostra.
Nesse trabalho com você, nesse trabalho aqui juntos, nós podemos investigar isso, podemos ter a Compreensão direta da Verdade sobre quem nós somos. Existem expressões que tentam apontar para Isso, para essa possibilidade de ir além dessa condição. Que condição é essa? É a condição do estado de desordem psicológica, como eu tenho chamado, ou de insanidade psicológica. Assim, o nosso trabalho aqui juntos é ver isso, é nos aproximarmos disso.
Essa condição de psicológica desordem, de inconsciência, são expressões que nós usamos aqui para apontar para a mesmíssima coisa. É possível você ir além disso, para que, de verdade, você possa descobrir o fim para o sofrimento.
Um aspecto interessante nessa questão do sofrimento é que… uma coisa que você não percebe é o quanto, na realidade, na mente há uma autoconservação, há uma autopreservação, porque há uma autoapreciação desse estado, do estado de dor psicológica, do estado de contradição, de conflito, de desordem psicológica.
Na Índia, eles chamam de Maya a visão equivocada, a visão da ilusão, essa representação do mundo com base numa visão completamente equivocada, completamente fora da realidade. Então, na Índia, eles chamam de Maya. Esse é o estado de consciência comum. O estado de consciência comum do ser humano é o estado de inconsciência. Essa visão que não condiz com a realidade é o modo como a mente representa a vida, como ela se situa diante daquilo que se apresenta.
Então, na Índia, eles chamam isso de Maya, essa visão, essa ilusão, e esse é o estado da mente nessa falta de saúde interna, de saúde psicológica. Essa condição é a condição da mente em sua limitação, é a condição de inconsciência. Então, a consciência humana é essa inconsciência presa à Maya, presa a essa ilusão, presa a esse sentido de ilusória realidade.
É importante que você compreenda que isso tem uma forma muito, assim… típica de se mostrar aí em você, mas você raramente percebe isso. Do que é que eu estou falando? Estou falando da apreciação, da conservação, da manutenção desse estado que, basicamente, é uma forma indireta de apreciar o sofrimento, de apreciar essa condição.
É por isso que eu tenho chamado de insanidade. O ser humano vive num estado psicológico de desordem que eu tenho chamado de insanidade. Além de não perceber, claramente, que sofre e de nunca se perguntar se é possível ir além desse sofrimento, ele, além disso, sofre e está inconsciente do quanto aprecia essa condição, e o que ele faz é de conservação, para a manutenção dessa condição.
Então, alguns têm chamado essa possibilidade de ir a uma condição inteiramente diferente… alguns têm chamado isso de um novo modo de ver a vida, tendo uma consciência diferente dessa assim chamada consciência comum. Esses dias alguém falou sobre essa coisa chamada consciência expandida ou expansão da consciência. Ok, deixa eu usar essa linguagem aqui com você. Eu vou chamar isso também, agora, de Nova Consciência.
Essa forma de se ver dentro desse contexto da vida requer uma Consciência Nova. Aqui, o que alguém chamaria de consciência expandida, eu poderia chamar de Consciência Nova, de Nova Consciência – compreendendo que a Consciência é ilimitada, não é Ela que vai, de verdade, se expandir. O seu Natural Estado Real de Ser é um Estado livre de todo o sofrimento, porque é um estado livre dessa desordem psicológica, dessa insanidade psicológica; é um estado livre de Maya. Nós podemos usar vários termos para colocar isso aqui pra você.
Então, eu diria que esse Estado de Consciência, que eu tenho chamado também de Natural Estado de Ser, e agora eu estou chamando aqui de Nova Consciência ou Real Consciência, é algo que é, simplesmente, a sua Natureza Essencial, o seu Estado Natural de Ser, livre do sofrimento e, naturalmente, livre da apreciação dessa egoidentidade, desse estado de autoconservação, de autopreservação na dor.
Então, dizer para as pessoas que elas apreciam o sofrimento pode soar, a princípio, muito estranho e até inaceitável para elas, mas, na verdade, é assim.
Você, por exemplo, aprecia ser aceito. Isso é uma forma de apreciação do sofrimento, porque, se você aprecia ser aceito, se você faz questão disso, se isso é relevante para esse “mim”, para esse “eu”, para esse ego, isso é um clássico sinal de insanidade psicológica e de apreciação da dor, porque o mundo não irá lhe apreciar como você deseja. Eu estou aqui dando um exemplo, mas você pode encontrar muitos outros exemplos disso.
Então, o que as pessoas buscam não é exatamente sofrer, o que elas buscam é a apreciação, mas isso vem no pacote, porque nem sempre você é apreciado o quanto você deseja e pelo tempo que deseja… e quando é apreciado! Então, é uma forma de busca, de procura de sofrimento.
Então, o ego vive nessa dependência emocional, psicológica. Essas diversas dependências emocionais, de forma clara, representam uma perfeita apreciação ao sofrimento. Ir além disso significa acordar para essa Nova Consciência. O ser humano sofre desse mal, o mal de uma velha consciência, de uma limitada consciência, de uma consciência insana, o que eu tenho chamado, repito, de insanidade ou inconsciência.
O Despertar do seu Ser, o Despertar de sua Natureza Divina, e a nossa proposta dentro… aqui com você, é lhe favorecer dentro dessa direção, lhe mostrando como Isso se torna possível, o Despertar do seu Ser, o Despertar de sua Natureza Divina, o Despertar desse Potencial Sagrado que Você traz dentro de Si mesmo, que é a Presença da Consciência, que é a Presença de Deus! Ramana dizia que essa é a Presença da Kundalini, que está dentro do corpo e também fora do corpo. Então, Kundalini é esta Presença da Consciência, e é Ela que faz um trabalho nesse organismo, nesse corpo-mente, para uma mudança, para que essa condição de identidade egoica, de sentido de separação, de sentido de dualidade, de inconsciência, de insanidade coletiva, aí nesse organismo, desapareça.
Então, esse é o nosso trabalho aqui com vocês. Estamos trabalhando juntos essa questão do Despertar da Verdade que somos aqui e agora, e esse é o Despertar da Kundalini, o Despertar da Consciência, o Despertar do seu Ser, porque Kundalini e Ser são sinônimos; Consciência e Kundalini são sinônimos. O Estado Desperto, que é o Estado de Cristo, o Estado de Buda, o Estado de Ramana Maharshi, é o Estado onde esta Presença, que é esta Consciência, assumiu aquele corpo, aquele mecanismo, aquele organismo.
Uma coisa importante a ser dita aqui, da importância do Despertar da Consciência, do Despertar da Kundalini, é que Isso opera uma mudança nesse organismo, Isso quebra essa condição habitual da mente egoica de funcionar nesse corpo, nesse cérebro, nesse formato. Então, quando isso é quebrado, o seu cérebro está numa nova condição, o seu corpo está numa nova condição. Alguns chamam isso “o Despertar Espiritual”. Então, esse é o propósito, esse é o Despertar Espiritual. Despertar Espiritual é o fim da ilusão do sentido de uma egoidentidade presente aqui e agora, nessa experiência. Despertar Espiritual é o fim da ilusão de alguém presente.
Você é Amor em seu Ser, Você é Consciência, Você é essa Presença.
Quando há Isso, quando Isso está, Tudo está presente. Nosso trabalho juntos é para essa Realização da Verdade que somos aqui e agora, para esse Despertar Espiritual, para essa Visão dessa Nova Consciência, em completa expansão, além de toda a necessidade de se expandir – Ela já é Isso! É disso que estamos tratando com você. O fim do sofrimento é possível agora e aqui, Nisso… Nisso que Você é!