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As pessoas perguntam: “O que é Iluminação Espiritual e o que podemos fazer para alcançar a Iluminação Espiritual?” Então, o que é Iluminação e o que fazer para alcançar? Primeiro, precisamos compreender algo aqui. Iluminação não é um estado alcançável… não é um estado alcançável. Os estados todos podem ser alcançados e perdidos. Repare que os pensamentos aparecem e desaparecem, também os sentimentos e as emoções e as percepções. Tudo isso diz respeito a estados.
O ser humano conhece estados internos de pensamentos, de sentimentos, de emoções, também de percepções sensoriais… tudo isso diz respeito a estados, mas estados têm um aparecimento, permanecem por um tempo e desaparecem para dar lugar a um outro estado.
Quando tratamos do Despertar Espiritual, da Iluminação Espiritual, não estamos tratando de um estado, de algo a ser alcançado. Então, podemos trabalhar dessa forma isso aqui. Primeiro, é preciso que você compreenda que aquilo que aparece e desaparece não pode ser permanente e, por não ser permanente, por não ser algo imutável, não pode ser real. Assim são todos esses estados!
Quando falamos da Iluminação Espiritual, estamos falando de algo fora de tudo aquilo que é conhecido como estados, que aparecem e desaparecem – estamos falando da Natureza do Ser. Então, Consciência não é algo que vem e vai.
O que nós temos chamado de “consciência” são aparições dentro de estados – a consciência mental, a consciência física, a consciência emocional, a consciência do estado de vigília, a consciência do estado de sonho… Tudo isso são estados que surgem por um tempo e depois desaparecem. E onde isso ocorre? Naquilo que transcende todos os estados, que é a Consciência.
Então, quando tratamos do Despertar ou da Iluminação, estamos falando desse assentar-se em seu próprio Ser, dessa Realização da Verdade que Você é. Se assentar em seu Natural Estado de Ser é ir além de todos os estados – Isso é Iluminação.
Vou lhe dar um exemplo muito, muito simples disso. Nem sempre você está alegre, nem sempre você está triste. Estar triste ou estar alegre representa algo que vem e vai, são estados que surgem e desaparecem. Nem sempre você está preocupado, aflito, sofrendo. Às vezes você está relaxado, alegre, entusiasmado. Isso são estados.
Aquilo que Você é, como Consciência, não é um estado, portanto Isso não muda. A beleza da Iluminação Espiritual é se deparar com Aquilo em Você que não muda. Isso que é Você, que não muda, é, por natureza, Amor, Paz, Felicidade, Liberdade, Inteligência. Essa é a Natureza da Consciência, essa é a Natureza do Ser, essa é a Natureza Divina em Você.
Então, o sofrimento, repare, o sofrimento é um estado, ele nem sempre está presente – ele aparece por um tempo e depois desaparece. O sofrimento é algo cultivável. Notem isso! O ser humano não quer sofrer e, no entanto, ele sofre. E ele não faz isso por querer, ele faz isso por inconsciência. A ausência do seu Natural Estado de Ser se mostra nessa identificação com a mente egoica, e, nessa identificação com o ego, com esse sentido ilusório de ser “alguém” na experiência, nessa assim chamada “consciência”, que eu chamo de “consciência mental”, o sofrimento está presente.
O ponto aqui é que, inconscientemente – não é voluntariamente, é inconscientemente –, o ser humano aprecia o sofrimento. Há um prazer no sofrimento. E pode soar estranho isso, mas é exatamente assim. Por exemplo, quando você está triste, você tem prazer em compartilhar isso com outros, essa dor, essa tristeza. Você fala disso para as outras pessoas, ou, quando tenta ocultar, mesmo assim, internalizando, você está sempre verbalizando para você mesmo esses quadros, você está sempre repetindo para si mesmo os quadros que foram representativos no surgimento dessa dor.
Então, nós cultivamos pensamentos de dor psicológica, de sofrimento psicológico. Então, há um certo prazer inconsciente nisso. Então, há um cultivo desse estado de sofrimento, porque, se você cultiva essas lembranças, essas imagens, essas memórias e pensamentos do tipo de vingança ou de culpa, há nisso um certo preenchimento inconsciente para essa egoidentidade, nessa experiência, nessa sensação, nesse estado, o que é pura inconsciência.
Não há consciência disso, isso não é voluntário, mas está presente como uma programação, como um vício, como uma compulsão.
Então, o sofrimento tem sido cultivado, o ser humano vem cultivando essa condição. Embora não aprecie o sofrimento, há esse prazer em cultivar essa condição, a condição desses estados de preocupação, de medo, de desejo, de ciúme, de inveja… tudo isso é sofrimento, mas há uma certa recompensa, que é a recompensa do sentido de ser “alguém” dentro dessa experiência.
O ponto é que o ego teme o vazio, porque, no vazio, ele não existe, ele desaparece. Então, ele teme a morte. Desde que ele continue existindo como uma entidade separada, sofrendo, vale! Não só em prazer, mas em dor também, e tudo isso ocorre de uma forma inconsciente. Em razão desses estados, existe essa contradição de não querer e, ao mesmo tempo, querer; de não apreciar, mas, ao mesmo tempo, ainda sentir prazer dentro dessa condição. Repito, não é nada consciente, porque seria uma insanidade consciente, e inconsciência é sinal de insanidade, e essa insanidade só pode ocorrer em razão dessa inconsciência.
Quando você se aproxima desse trabalho, você se aproxima da possibilidade de ir além dessa egoidentidade e, portanto, ir além desses estados mutáveis da mente egoica que, aqui, eu tenho chamado de “consciência mental”. O ser humano acredita estar consciente, e, de fato, ele está consciente nessa “consciência” da mente, mas ele não é Consciência – eu falo dessa Consciência em seu Natural Estado de Ser – quando ele está se identificando com pensamentos, quando ele está sendo movido por projetos, por idealizações, por crenças, por imaginações do pensamento. E essa é a condição da consciência comum a todos, essa é a condição de insanidade humana.
Então, a doença humana é o sentido de separação, é o sentido da egoidentidade, que é essa experiência, comum a todos, dessa “consciência mental”, onde todos esses estados aparecem, aparecem e desaparecem, e o ser humano se identifica com isso, não estando cônscio da Verdade sobre quem ele é, sobre quem ela é.
Então, o nosso encontro tem esse propósito. Eu quero lhe falar da possibilidade de você transcender essa limitação, essa condição da mente egoica, essa condição dessa “consciência mental”.
É curioso, porque alguns usam a expressão “expansão da consciência” exatamente para o fim daquilo que aqui eu chamo de “consciência mental”. Mas, mesmo quando falamos de uma consciência que se expandiu, ainda estamos limitando isso a uma crença, a uma ideia, a um conceito, a uma outra forma de pensamento, porque a Realidade do seu Ser, que é Consciência, está fora do tempo, está fora do espaço, está fora da mente, está fora da limitação ou da expansão. Aquilo que Você é transcende tudo isso. Então, Você em seu Ser, como Consciência, já vivencia esse Ilimitado Estado, fora de todos os estados.
Então, o nosso trabalho, nosso ponto aqui juntos, a direção aqui é em direção à Verdade Daquilo que somos, e, portanto, à transcendência desse estado egoico. Isso se torna possível quando ocorre uma mudança nessa estrutura do corpo e da mente, nessa estrutura psicofísica, e essa mudança é possível quando há o Despertar desse seu Potencial Divino, deste Poder do Silêncio, que é o Poder desta Consciência que está adormecido aí, nesse organismo.
Na Yoga, se diz que esse Poder está adormecido na base da coluna e, quando esse Poder se move, que é o Poder da Kundalini, acontece essa mudança para essa estrutura corpo-mente, uma mudança que torna esse mecanismo capaz desse assentar, do assentar desta Consciência, desta Presença Divina.
Então, quando Kundalini Desperta, que é o Despertar dessa Consciência, ela assume esse organismo e, quando isso ocorre, há uma mudança nessa própria estrutura física, biológica e psíquica desse organismo, desse mecanismo, desse corpo-mente.
Então, algo além de todos os estados se assenta. Na Índia, eles chamam de Turiya, o Estado além de todos os estados. Nós temos o estado de vigília, temos o estado de sonho e temos o estado de sono profundo, e, dentro desses 3 estados, nós temos diversos outros estados surgindo.
Então, emoções, sentimentos, pensamentos, percepções, todos denotam estados surgindo, todos sinalizam estados surgindo nesse mecanismo, nesse organismo. No entanto, quando você Realiza seu Ser, quando acontece esse Despertar da Kundalini aí, esse Estado acima de todos os estados, que é o Estado de Turiya, que na Índia é chamado de “quarto estado” possível ao homem, na Índia é chamado de “samadhi” ou “sahaja samadhi”, o Estado Natural de Presença, de Consciência, se assenta nesse mecanismo, se posiciona nesse organismo, então acontece a Iluminação Espiritual, o Despertar Espiritual.
Esse Estado não exclui o estado de vigília, sonho e sono profundo, mas esse Estado, nesse mecanismo, nesse corpo-mente, põe fim à infelicidade, a toda forma de sofrimento, a toda forma de medo psicológico, a tudo aquilo que não tem realidade, porque esse é o fim da ilusão, é o Despertar da Sabedoria, é o Despertar da Compaixão, é o Despertar do Amor, é o Despertar da Verdade sobre quem Você é, que é, basicamente, Felicidade, Paz, Amor, Silêncio. E Isso não é um estado, Isso é a Natureza da Verdade sobre quem Você é.
Aqui, quando me refiro à palavra “Felicidade”, não é a felicidade que a mente conhece; quando me refiro à palavra “Paz”, não é a paz que a mente conhece; “Amor”, não é o amor que a gente conhece.
Estamos falando de algo que você pode vivenciar, mas não há como colocar em palavras Isso, porque Isso transcende o mundo da mente, transcende o mundo do ego, transcende essa “consciência mental”, transcende toda experiência, de variados estados, que o homem tem vivenciado, experimentado, até hoje.
Então, Isso é o Despertar da Kundalini, Isso é o Despertar do seu Ser, Isso é o Despertar da Iluminação Espiritual. Então, ocorreu o fim do sentido de separação, a Liberação do seu Natural e Divino Estado de Ser. Essa é a vivência daqueles que Realizaram a Verdade sobre si mesmos, como Krishnamurti, Ramana Maharshi, Eckhart Tolle, Mooji, como Papaji e todos os outros. Aqui, se refere à Verdade sobre quem Você é, aqui e agora. Isso é o fim para toda a ilusão, o fim para toda forma de sofrimento. OK?
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Valeu pelo encontro e a gente se vê no próximo!