Em geral, nós usamos a palavra “amor” numa conotação lincada diretamente à sensação de prazer, àquilo que mais pode ser associado a apego do que amor.
O Amor não conhece a busca de preenchimento, a busca de sensação, a busca de satisfação ou de realização de ordem pessoal.
Então, o sentido de pessoalidade na relação é apego, não é Amor.
O Amor não está dentro dessa dualidade entre prazer e desprazer, entre amar e odiar; e repare que as relações, como nós as conhecemos, as relações entre pessoas estão baseadas exatamente nisso, na busca, na procura, na forma, na essa necessidade de preenchimento psicológico nas relações, e isso é apego, não é Amor.
No Amor não existe pessoa; no Amor não existem condições.
Aquilo que tem sido chamado de “amor”, nas relações comuns, nas relações humanas… essas relações estão todas mescladas com prazer e dor, com preenchimento e busca de preenchimento ou falta de preenchimento, então é uma questão de necessidade psicológica, de busca de satisfação, de realização e de uma ou de outra forma de preenchimento.
Isso não tem nada a ver com Amor. Então, podemos chamar isso de prazer, podemos chamar isso de afetividade, de cumplicidade, de companheirismo, mas quando a situação muda, essa relação sofre, ela altera também.
Então toda relação da mente é sempre a relação de objetos, é sempre a relação de preenchimento, é sempre a relação da realização da satisfação.
E quando falamos de Amor, estamos falando de algo atemporal, de algo fora da mente, de algo fora dessa condição. Então, o Amor é sempre impessoal, o Amor é sempre incondicional, o Amor não vê objetos, o Amor não existe numa relação egoica.
Quando o Amor está, o ego não está. Quando a Verdade do Amor floresce e está presente, não há conflito, não há sofrimento, não há apego.
Portanto, Amor não é apego, Amor é algo completamente diferente de tudo o que a mente conhece.
É possível saber o que é Amor? Sim. A resposta é sim, mas o Amor só é possível ser compreendido na sua inteireza quando a mente não está, quando a mente egoica não está envolvida, então estamos, na verdade, diante do Real Amor. De outra forma, o que temos, e isso é muito comum, é essa relação do apego, a base do conflito, a base do sofrimento, a base do medo.
Quando há Amor, não há medo. O Amor não perde, o Amor não sofre por afastamento, o Amor não sofre. Amor é Amor! Quando há Amor, não há sofrimento.
Então, Amor é algo completamente diferente daquilo que nós conhecemos por “amor”.
Amor é algo completamente diferente de apego, de desejo e de medo.