Muito bem, há esse interesse por essa, assim chamada, “Dimensão da Quietude”. Então, é algo que muitos têm esse interesse, o interesse de descobrir o que Isso significa, o que Isso representa, e, aí, colocam como propósito alcançar essa Dimensão, colocam como objetivo alcançar essa, assim chamada, “Dimensão da Quietude”.
Veja, Quietude não é um alvo, não é um objetivo. Não tratamos, aqui, de algo que possa ser alcançado. Então, todo esse interesse nessa, assim chamada, “Dimensão da Quietude”, é algo que precisa ser compreendido. A base do seu Ser é o Silêncio, e o Silêncio já representa essa Quietude, mas você não alcança Isso, você não alcança o Silêncio, você não alcança o seu Ser.
Aqui, se trata de constatar Aquilo que já está presente. Portanto, a Quietude não é uma “dimensão”, no sentido de algo a ser alcançado. Estamos tratando de algo a ser visto, a ser reconhecido, a ser constatado.
Esse Silêncio, essa Paz, essa Quietude, essa “Dimensão”, como alguns procuram chamar, é, na verdade, a Natureza do Ser. Então, se trata da Natureza da Consciência. Então, não é um objeto, não é um objetivo, não é um alvo, mas é uma constatação. Nesse sentido, aqui se trata mais de um descarte daquilo que não é do que, na verdade, o alcance de algo que já é. Aqui, o descarte está na ilusão do sentido egoico, no sentido de separação, em todo o conflito existente nessa, assim chamada, “dimensão do conflito”, nessa assim chamada “dimensão da desordem”.
Então, esse interesse por essa Dimensão da Quietude… ela se torna verdadeira, se torna real, quando há o interesse de investigar aquilo que impede o florescimento ou surgimento dessa Quietude, dessa Dimensão. E, aqui, se trata dessa egoidentidade, desse sentido de separação, e é muito fácil ser visto, quando você olha para você e percebe todo esse conflito existente, todo esse movimento da mente, todo esse movimento de inquietude produzido pelo pensamento, porque toda inquietude interna é a inquietude psicológica. O seu Ser, Nele mesmo, já é essa Dimensão nova e desconhecida, a Dimensão da Quietude.
Então, essa inquietude toda é a inquietude da mente, é a mente egoica, em sua inquietude, produzindo conflito, produzindo problemas, produzindo dificuldades. Então, o interesse por essa Dimensão da Quietude deve ser o interesse real pela constatação Daquilo que Você é. Então, o afastamento da ilusão pela atenção a si mesmo, pela observação de todo esse movimento egoico, de todo esse movimento de pensamentos de inquietude produzida pelo pensamento… a observação direta disso pode revelar algo fora disso, que é a Verdade Daquilo que Você é, a Verdade de Quem, na verdade, Você é.
Então, não podemos mais falar da Dimensão da Quietude como algo a ser alcançado, mas como a Verdade a ser constatada, aqui, presente, nesse instante: a Verdade do seu Ser, a Verdade Daquilo que Você é. É simplesmente isso.