Satsang não é um encontro com ideias. Na verdade, é um encontro com o fim das ideias. As ideias desaparecem e as “pessoas” também! Essas falas não têm a intenção de lhe dar informações. Isso você encontra lendo livros ou ouvindo palestras. A “coisa” não está na fala. A Verdade é um florescer do Silêncio, de algo que você traz dentro de você. Isso está fora, completamente fora da mente, dessa dimensão das palavras.
É possível lhe dar uma comunhão com Isso, mas eu não posso lhe comunicar com palavras o que Isso representa, o que Isso significa. A Beleza de um encontro como este é que a gente pode comungar Isso, mas não descrever Isso. Eu tenho a facilidade de colocar muitas palavras que apontam para Isso, mas não são palavras que irão descrever o que Isso representa.
Você pode encontrar muitas falas minhas pelo Zoom, pelo Paltalk, pelo Youtube ou pelo site, mas, para mim, essas falas são apenas uma desculpa para a gente poder se encontrar.
Eu digo “olha, eu quero lhe dizer algo”, aí você acredita e vem me ouvir. Ao chegar aqui, você não vai me ouvir, vai olhar em meus olhos, vai sentir essa pausa que eu tenho entre as palavras. Minha pausa não é uma ausência de palavras, ela tem Algo… Você vai saber o que Isso representa quando Isso de alguma forma tocá-lo.
Depois, você também não vai saber dizer o que Isso é, mas você vai amar estar aqui. Ao mesmo tempo, vai haver uma luta interna, porque você vai me achar um pouco estranho, porque eu não vejo o mundo como as pessoas o veem. Eu não me vejo e nem o vejo! Eu não vejo as pessoas como elas se veem. O que eu quero lhe comunicar é Isso aqui, não são essas palavras. É Isso aqui!
Então, o que eu quero lhe comunicar é algo que eu posso comungar com você, mas não posso lhe dizer o que significa. Não posso! É como duas pessoas que se encontram, se olham pela primeira vez e são tocadas por algo que está fora do que a cabeça delas pode dizer, algo que naquele instante ambas estão sentindo.
Nesse encontro com o Divino, Ele vê você e você O vê. É como acontece com duas pessoas? Na verdade, não. É um encontro onde as duas “pessoas” desaparecem. Então, faz um sentido enorme este encontro, mas não representa nada em termos de relações pessoais. Você vai me ouvir mais alguns minutos, a sala ser fechada e você vai dizer “que cara louco!”. Mas, depois, vai dizer “mas ele tem algo. Ele está falando de algo que faz muito sentido para mim, mas eu não sei o que é”. Então é algo para você sentir, não para entender.
Em Satsang, eu sempre tratarei com você sobre algo fora da história comum. Essa história comum a todos você pode encontrar em qualquer parte, em qualquer relação, em qualquer livro, em qualquer informação. A coisa única deste encontro aqui é que não é uma relação, nem é um livro se abrindo, não é uma coisa comum. Por que é assim? Porque nós não tratamos de ideias, não tratamos de crenças.
Neste mundo, nós temos muito interesse em pensamentos, em conceitos, em crenças, em ideologias, em conjuntos de ideias. Aqui, o meu interesse com você é lhe mostrar a Beleza da ausência das ideias, da ausência das crenças, da ausência dos conceitos.
Seu Ser não conhece nada além do que Ele é. Então, Nele não há mais esse mundo das ideias, das crenças, das conclusões, das opiniões, das incertezas e certezas. A mente conhece o seu mundo e é nele que ela vive. Ela própria constrói o seu mundo para viver nele – esse é o mundo que o “sentido do eu” conhece. Esse “sentido do eu” é parte da mente e vive nesse mundo dela.
Quando esse mundo da mente desaparece, com esse “eu”, você se depara com a Realidade. Qual é a Beleza da Realidade? A Beleza da Realidade é que não há confusão, não há conflito, não há sofrimento.