A coisa mais valiosa é Você. A questão é se reconhecer, porque Você é a Verdade. O propósito desses encontros é o Real Conhecimento Daquilo que Você é, e isso é fundamental. Quando você reconhece a Verdade sobre Si mesmo, descobre a Natureza da Paz, a Natureza de Deus.
Enquanto você sustenta conceitos, ideias, opiniões, julgamentos, fica prisioneiro de um modelo criado pelo pensamento. Meu convite para você é para esse Verdadeiro Conhecimento, algo que acontece profundamente na Presença do seu Ser, o Verdadeiro Ser. Você pode compreender Isso, mas não no âmbito da mente. Isso é o que todos procuram nas religiões, na filosofia, na psicologia, em toda a parte, quando vão às igrejas, aos consultórios dos seus analistas, terapeutas… As pessoas buscam a compreensão da Verdade sobre elas mesmas, sobre quem elas são, em toda forma de busca externa. Porém, todo esse movimento para fora é um afastamento de Si mesmo.
Nada, nem absolutamente ninguém, pode lhe dar Isso. Você pode constatar Isso em Si mesmo, mas não pode recebê-Lo do lado de fora. Você não pode encontrar alguém, algum professor, alguma técnica ou alguma realização externa que lhe dê Isso. Tudo do lado de fora está mudando. Uma coisa que está aqui neste momento daqui a pouco não estará mais. Ou seja, nada é seguro, permanente; nada continua de forma imutável. Então, essa Realização é um descobrimento da Verdade que você traz dentro de Si mesmo.
Todo mundo, basicamente, quer ser livre, feliz, estar em paz e viver livre de conflitos, de problemas, do sofrimento. Porém, isso não é possível enquanto você estiver se confundindo com a mente. No âmbito da mente, a sua vida é essa comum a todos – você sai de um problema e um outro logo surge; sai de uma confusão e uma outra logo aparece. Essa “sua vida” é como uma montanha-russa, em que uma hora você sobe e outra desce, uma hora está bem e outra está mal. Às vezes você passa por períodos de quietude, de paz, de alegria, mas logo o seu carrinho da montanha-russa desce, e lá vai você no susto novamente. Ou seja, aquela quietude, paz e alegria vão embora, e você volta ao seu antigo modelo de sentimentos fortes, pensamentos inquietos, lamentando-se de coisas ruins que estão acontecendo: “As pessoas me enganaram!”; “Essas situações não podiam ser dessa forma!”…
Aqui, em Satsang, você se encontra diante do que eu tenho chamado de “desafio”, que é olhar para si mesmo. Você precisa transcender a mentalidade comum, ir além dessa montanha-russa, desse modelo de tagarelice interna, de desordem psicológica, mental. Você precisa ir além dessas motivações do desejo, vendo-se forçado a fazer coisas ou deixar de fazê-las por causa do medo. Você precisa descobrir algo em você além desse modelo comum. Você é “algo” além da mente, do corpo e de qualquer circunstância, mas precisa descobrir Isso, descobrir o seu Ser, sua Natureza Real, sua Natureza Essencial; descobrir quem, verdadeiramente, Você é.
Assim, tudo que você compreendeu, aprendeu e viveu até hoje está sendo desafiado agora. Você tem que rever as suas experiências, seus conhecimentos, suas certezas, suas razões, seus motivos, e descobrir se valem a pena, se fazem parte da Verdade sobre quem Você é. Aqui, o desafiador é você ouvir alguém como eu lhe dizer que isso não tem nada a ver com a Verdade de quem Você é; que isso é puro condicionamento social, cultural, humanístico!
Acordar é algo muito importante. Essa insatisfação, essa inquietude, esse vazio, essa sensação de que algo está faltando, não se resolve sem o Real Despertar. Portanto, quanto mais rápido isso ficar claro (não intelectualmente, mas, sim, em razão de um real trabalho sobre si mesmo), melhor para você. Alguns querem Isso, mas do seu próprio jeito. Contudo, esse “jeito” é do seu fundo de condicionamento, do seu modelo, algo pertencente, ainda, ao seu padrão de ideias. Não dá para ser do seu jeito! Por isso, todo o seu conhecimento está sendo desafiado aqui.