Todas as pessoas que você encontra são “fakes”, são uma cópia social. O Guru não é uma cópia social; Ele é algo novo, inédito, nunca visto, um verdadeiro Ser humano. Ele é tudo o que você precisa, pois vai quebrar o seu falso “eu”, a sua falsa humanidade – como parte dessa falsa humanidade, você tem esses condicionamentos políticos, alimentares, sociais e assim por diante…
Encontrar-se com o Guru é deparar-se com a sua humanidade, é deparar-se com Aquilo que você É. O que você É, é muito humano e, por isso, é tão Divino, tão Real! O problema não está em ser humano, mas em acreditar ser humano, dentro do conjunto, do padrão, do condicionamento, do que nós vemos à nossa volta como o modelo de ser humano.
O ser humano, no sentido Real, não tem medo, está além do nascimento e da morte, está além das crenças, além da mente. Por isso que Cristo, na Bíblia, é chamado de “O filho do Homem”. Ninguém consegue compreender isso, nem os teólogos, nem os psicólogos, nem os filósofos… Ele é tão humano! Ele come carne, vai pescar… E ele não pesca de anzol, ele pesca de rede! E você sabe, quando você joga a rede no mar, não é para trazer um peixe só, é para trazer centenas! Então, quando Jesus vai pescar, ele não mata um peixe de cada vez, preso no anzol; ele traz uma rede e mata centenas de uma vez só!
Como conciliar isso com o Amor? O seu “amor” não mata, mas no Amor de Cristo, nascer e morrer é só um fenômeno, um aparente fenômeno, sem muita importância. A Vida, em si, não é aquilo que vem e vai. A Vida, em si, é imperecível, é imortal – embora a palavra imortal não seja boa, pois lembra a morte. A Vida é atemporal, está além das aparições das formas.
Você dá muita importância às formas, está preso às formas, vê a forma como a realidade, então fica muito preocupado com essa coisa de nascimento e morte, tendo o nascer como mais importante do que o morrer. Mas quando a forma não tem tanta realidade, não faz diferença se você está vivo ou morto, porque quem, ou o que, é você?
Algumas espécies animais e vegetais, de acordo com o tempo cronológico da mente humana, vivem muito pouco. Algumas pequenas ervas do campo brotam pela manhã e, à tarde, já morreram. Alguns animais, alguns insetos especialmente, vivem apenas um dia do seu relógio. Uma vida intensa! (risos) A vida de um mosquito é de um dia! Você acha que é pouco tempo, mas é o tempo que eles precisam. Então, entre esse nascer e esse morrer, a vida do Ser, que é a vida daquele mosquito, permanece atemporal. Então, esse Ser manifesta as aparições e dá a todas as aparições um tempo para se manifestar e desaparecer. Você chama isso de vida ou de morte, mas isso são apenas convenções. Quem inventou tais palavras? Os biólogos, os antropólogos, os cientistas? Quem inventou tais palavras e que importância isso tem? Para quem isso tem importância?
Se você reconhece sua Natureza Real, você sabe que nunca nasceu e que nunca vai morrer, então, você não está mais preocupado com o destino das formas. Agora você sabe que o destino das formas é desaparecer e aparecer em outras formas! E agora você não chama isso de nascer, nem de morrer… você chama isso de Vida, de Verdade! Nascer está, agora, além dos opostos: nascer/morrer; bondade/maldade; certo/errado; deus/diabo; pecado/santidade; puro/impuro… Tudo isso é bobagem!
Se você reconhece sua Natureza Real, então não está mais interessado em filosofar, em explicar ou separar Deus do “seu” mundo, em colocá-Lo em um lugar especial, onde só pessoas especiais, como você, podem alcançá-Lo. Tudo isso é fantasia, pura imaginação! Tudo isso ainda é a mentira – que por sinal nem é sua mentira, pois você não constrói nada, você só repete.
A imaginação é só uma repetição, não é uma coisa sua. Não tem nada original no que se passa na sua cabeça. A única “Coisa” Real, a única “Coisa” original, é essa Verdade atemporal que está além da mente e suas convenções, além das palavras e nominações. Pare de dar importância a isso, pare de confiar em pensamentos; absolutamente, em todos os pensamentos! Eu já falei isso várias vezes! Nenhum, absolutamente nenhum deles, é original! Esse pensamento aí já passou na cabeça de muitos! Essas cabeças também não são deles! Não existe nada que seja original, que seja verdadeiro; ou melhor, tudo é verdadeiro, tudo é real, mas esse “real” é imaginação!
Quem é responsável por isso? Quem se importa? Deixe isso com os filósofos, não tente explicar! Olhe, veja, perceba… assuma a Verdade! Assuma O que você É! Esqueça-se da tentativa de explicar, de dar Isso para outros. Aquilo que eu acabei de chamar de aparição, que você chama de nascimento, serve apenas para uma realização, para uma constatação, que é da Verdade da ilusão disso tudo, de toda essa imaginação! Eu chamo isso de realizar a Verdade sobre Si mesmo, realizar Deus, realizar o seu Ser, a sua inata Felicidade, a sua Liberdade, a sua Sabedoria!