O fato é que eu não comunico outra coisa a não ser Aquilo que Você É. Então, isso está impregnado de um poder muito real. Eu trago você para você; eu lhe dou de presente a si mesmo; eu lhe trago o perfume de sua Real Identidade, que é Felicidade, que é Amor, que é Paz, que é Completude, onde não falta nada.
Você pergunta: “Onde tem alguém vivendo Isso?” Não pode ter “alguém” vivendo Isso! Isso só pode estar presente quando não há “alguém”, que é quando não há mais busca. Por isso que você não encontra Isso na filosofia, na religião, nas práticas espirituais… Isso não está em nenhuma prática; Isso está quando “você” não está. Isso é o final das práticas, o final da busca de virtudes, de melhoramento pessoal, de evolução… Isso é a ausência do ego, a ausência do “mim”, do “eu”.
Assim, é claro que isso – como a única “Coisa” Real – não pode ser comparado a nada, porque nada se compara a Isso! Você não pode substituir Isso por nada, porque nada pode substituir Isso! Portanto, você não pode pensar, criar ideias, sobre Isso, ou tentar comparar Isso a relacionamentos humanos, a realizações do lado de fora. Você não pode colocar Isso paralelamente a essas outras coisas. Tudo isso tem que desaparecer! Você tem que sacrificar tudo por Isso, por essa Realização, por essa Presença presente, que é Consciência, que é Realidade, que é Verdade.
A verdadeira Felicidade é Ser Isso! Não se trata de buscar soluções, porque não há problemas a serem resolvidos. Quando você para de ir para fora, quando você para de buscar algo lá, os problemas desaparecem, porque não tem mais “você”. Então, a Felicidade, que estava envergonhada por ter sido substituída por desejos e conquistas, volta, aparece de novo; aí o Amor, que você tinha tentado substituir por ligações prazerosas com o sexo oposto ou com o sexo em comum, volta; deixa o esconderijo e volta para você. Com a Paz é a mesma coisa: Ela, que tinha ficado envergonhada e se escondido, porque você estava amando o conflito, amando brigar, incompreender, opinar, criar discussões, volta e toma o lugar Dela; o Amor toma o lugar que foi sempre Dele; a Felicidade volta para casa… Isso é Iluminação! A Sabedoria, que também tinha se escondido por causa de suas ações baseadas no pensamento, e, portanto, estúpidas, volta; e volta trazendo Compaixão, Beleza, Verdade, Clareza, Sinceridade, Honestidade.
A Verdade não é um dogma, não é um credo. A Verdade é uma Realização, é o Florescer de Cristo, é o Florescer de Deus – você florescendo como Deus, como Cristo. Então, a sua fala é a sua própria mensagem, e não uma mensagem emprestada da teologia, dos livros sagrados, dos Sutras, dos Upanishads, dos Vedas, do Alcorão, da Bíblia… É a sua mensagem, porque é a sua Realização. Por isso Jesus disse: “Brilhe a vossa luz!”. É a sua luz que tem que brilhar, não é a minha. Não fique falando da minha luz; faça a sua brilhar!
Quando você realiza o Cristo, você é o Cristo! Não falo do carpinteiro de Nazaré. Ninguém pode ser o carpinteiro de Nazaré, o personagem histórico que andou pelas praias da Galileia. Krishna e Buda foram únicos também. Esse não é o tempo deles, é o seu tempo. Pare de falar deles e fale de Você, de sua Compaixão, de seu Amor, de sua Verdade, de sua Sabedoria, de sua Autenticidade. Fale de Si; desse “Si” que é esse “Eu Sou”.
Você não precisa citar ninguém para dar autenticidade à sua voz, para dar verdade à sua fala. Seu Ser é a autenticidade da sua voz e também do seu silêncio. Quando você é real, tudo fica real: a sua fala, o seu silêncio, seus movimentos, seus gestos, seu fazer, seu não fazer… Tudo que vem de você, em seu Ser, é real.
Quando você reivindica para si a autoridade de dizer a partir do seu Ser, ou você é um louco, ou você é um Sábio. Sem nenhuma colaboração, sem nenhuma ajuda, sem nenhum apoio acadêmico, filosófico, espiritualista, ou você fala como um louco, ou como um Sábio.
Então, eu não sei em qual categoria eu me enquadro, mas que é divertido, é.