Satsang é de fato um grande momento para estarmos juntos. Satsang significa estar em boa companhia, que é estar na companhia dessa Consciência, dessa Graça, na companhia do Satguru. Portanto, é estar diante dessa Graça, dessa Presença.
Você compreende isso?
Assim, não se trata das palavras, mas da própria Presença. Você não está aqui pelas palavras, e sim pelo que acontece quando estamos juntos. Quando você vai a um professor, vai aprender alguma coisa. Quando você se dirige a um Mestre vivo, vai para entrar em contato com o que importa realmente: seu Estado Natural de Meditação, de pura Consciência; isso porque não existe nenhuma separação entre o Guru interno e o Guru externo.
A mente não pode investigar a mente, nela mesma. Essa mesma Consciência é uma só Consciência, assim como a realidade de Deus. Na mente, Deus é apenas um conceito, um pensamento, uma crença. Porém, Deus é real em seu Ser, não como uma crença (ela é somente uma imaginação). Deus é real como Consciência. Deus é real, o Guru é real, o seu Ser é real. Quando um trabalho está acontecendo aí, o Guru é real.
Esse nosso encontro é sobre isso.
A mente pode acreditar em sua habilidade de ativar isso, mas isso é apenas uma crença, também, outra imaginação. O Despertar, essa autorrealização, é totalmente uma ação da Graça, da Consciência, do Guru. Na Índia, isso é muito claro – o Guru é quem lhe dá esse Despertar; é uma ação de Deus.
Esse é um momento de Silêncio, de Presença; é um momento de Deus na sua vida. Isso é Meditação. Esse é um maravilhoso momento.
Hoje em dia existe uma mensagem Neoadvaita por aí, que diz que você não precisa de um Guru; que você “já é o guru”. Porém, nas publicações, você vê que todos aqueles que tratam disso, de uma forma direta e real, compartilham a mesma coisa, na chamada Advaita. Todos eles falam da importância do Guru, falam em orar ao Guru, cantar para o Guru, como faziam Ramana, Nisargadatta e muitos outros.
É esse Guru interno que é despertado pelo Guru externo. Existe somente Um nessa sala. Existe somente um Guru interno nessa sala, e esse único é você – o real Guru; somente nesse sentido que você é o guru.
[Silêncio] … Sinta essa Presença! Percebem isso? Sentem isso? Isso é algo do Coração, não é da cabeça.
Na mente, tem-se dificuldade em aceitar algo assim tão simples: existe somente Um, que é essa Consciência, essa Presença. Isso não importa se está na forma de Marcos Gualberto, ou Ramana Mahashi ou Buda, ou outro.
A rendição é o abandono dessa ilusão, que é a ilusão desse falso “eu”. O “eu” e seus julgamentos e crenças, sendo a crença mais complicada aquela de que você é uma “pessoa”, ouvindo uma outra “pessoa” falando pelo Paltalk. Se você já está fora da crença desse falso “eu”, não precisa mais da crença no Guru, também. Enquanto você vir a si mesmo como uma “pessoa”, também verá o Guru dessa forma.
Existe uma realidade presente, e ela se revela a si mesma como discípulo e Mestre. Tudo é uma aparição dessa Presença, dessa Consciência, ou seja, o corpo, a mente e o mundo, todos aparecem nessa Consciência, a qual é você em seu Ser. Existem todos os objetos, mas eles são apenas aparições, que aparecem na Consciência, que é a Realidade de tudo isso. Mesmo essa crença da “pessoa”, é uma aparição nessa Consciência, assim como qualquer outra crença e outro pensamento. Iluminação é o fim dessa ilusão – a ilusão de alguma coisa separada dessa Realidade, da Verdade, dessa Presença. A única Realidade é essa Consciência.
Este “eu” e o “mim” são apenas crenças, pensamentos, objetos nessa Consciência. A Consciência é aquilo que permanece sozinha; é o que permanece sempre, sem qualquer objeto, sem qualquer coisa separada dela. Esse é o fim da dualidade, da separação. Vejam o quanto é precioso isso tudo, o quanto é preciosa essa constatação da Verdade sobre quem você é, o que você é. Aí está a suprema Verdade, a suprema Felicidade.
Então, quando está nessa sala, você não está para aprender uma lição. Cada encontro, nessa sala, é o encontro com o seu Ser, com a Presença, com essa Realidade que Você É. Eu tenho procurado tornar a minha Presença disponível para aqueles que estão, de fato, interessados profundamente nisso. Essa minha Presença é o Ser.
Ok, pessoal! Podemos ficar por aqui!