Olá, pessoal! Boa noite! Sejam bem-vindos a mais esse encontro aqui pelo Paltalk.
Estamos dentro dessa aproximação, dessa investigação, averiguação. Como temos falado com vocês, em diversos outros momentos, aqui, o segredo está nessa prontidão em ouvir, afinal, é essencial você descobrir a verdade sobre si mesmo.
O homem comum vive de uma forma completamente reativa. Suas ações são constituídas de meras reações condicionadas. Afinal, por que isso tudo acontece? Essas reações são como a maquiagem que a mulher coloca para sair à noite, ir a uma festa. Ela fica diante do espelho e… ações reativas, todas nascidas do pensamento e dessa programação de ser alguém, são como uma maquiagem que você sempre está apresentando para si mesmo e para os outros.
É assim que todos estão vivendo, esse é o modelo comum a todos. Esse falso “eu”, essa “pessoa” que você acredita ser, é apenas uma maquiagem egoísta, estúpida, medíocre, miserável. Você sai pelo mundo com seus desejos e medos, em meio a coisas amigáveis e hostis, agradáveis e desagradáveis, e é isso que você chama “minha vida”. Essa é a vida da “pessoa”.
Então, todas as suas reações, tudo que você faz, sente, fala e pensa é uma mentira! Tudo isso é falso! Não há verdade em você! Quando as “pessoas” vêm a Satsang, a esse encontro, e eu digo para elas que são uma fraude, elas ficam muito irritadas. Quando elas vêm e eu digo que são miseráveis, elas não conseguem ver isso, porque estão viciadas em viver nesse jogo de prazer e dor, de satisfações grosseiras ou mais refinadas. O pêndulo vai para um extremo (solidão, depressão, tristeza), depois volta para o outro lado, e elas terminam achando tudo isso muito normal. Então, tenha paciência em acompanhar isso!
Quando você faz uma ideia acerca da vida como ela é, você está numa autolimitação e todos vivem à sua volta nesse modelo. Então, parece ser a coisa mais natural da vida viver nesse modelo! Tudo isso é profunda inconsciência, total inconsciência, total imersão e identificação na mente egoica, no modelo da falsa identidade. Aquilo que você chama de “vida” é algo enraizado na mentira, nesse falso “eu”.
Seus bisavós viveram assim, seus avós viveram assim (talvez tenha algum deles ainda vivo), seus pais estão vivendo assim ou até morreram assim, e você está vivendo exatamente assim, criando seus filhos assim, vivendo um relacionamento matrimonial, amoroso, íntimo com alguém dessa forma. Eu acho que você, hoje, deveria estar procurando outra sala e não essa aqui, porque hoje o assunto está muito “pesado”. Lamento por vocês terem entrado na sala hoje!
Você tem que acordar ou vai morrer como seus avós, nesse estado miserável, sem saber por que nasceu e por que está morrendo.
A questão é: você pode ir além dessa mentira ou pretende continuar assim? O que você me diz? É possível descobrir uma ação que não seja nascida do ego, do medo, do desejo, dessa programação, dessa mentira? Se sim, então, é possível viver de uma forma livre da miséria do homem comum, ordinário, dessas “pessoas” com quem você convive todos os dias, sendo que a primeira delas é você mesmo!
Dá para acompanhar isso? Tem alguém irritado? Bateu o desespero ou algo do tipo? Se sim, é sinal de que o “despertador” está tocando.
Tudo isso deve ser compreendido de forma clara. Você pode ouvir um “Guru” e ele animá-lo bastante, aliás, hoje em dia nós temos muitos “gurus” que são como animadores de programa de auditório. Eles dizem: “você é a felicidade, você é o Buda, você é a verdade, você é o Cristo, você é Deus! Não existe ego, não existe Guru, não existe ensinamento… Tudo é o que é e é agora”! Então, você fica muito animado, você se sente muito motivado, porque “não existe nada que você precise fazer, tudo já está pronto” – assim eles dizem e isso é muito animador! “Você não precisa abandonar seus medos, o medo que você tem da namorada, da mulher, do marido; você não precisa abandonar a inveja, no sentido da comparação e que provoca o ciúme, o desejo de controlar, possuir e dominar; não precisa soltar suas crenças, opiniões, conclusões religiosas, idealistas, políticas, filosóficas; não existe nenhuma ilusão, nenhum falso ‘eu’… Você é a verdade”!
Então, o que vai acontecer? Você vai continuar ouvindo esse tipo de fala por mais 98 anos. Se você já tem 15 anos, é só você somar “15 + 98”; se você tem 40, é só somar mais 98; se você tem 30, é só somar mais 98. É uma matemática simples! Assim, quando você estiver com 128 anos de idade, você vai ter um conhecimento profundo sobre Neo Advaita, sobre a visão “não dual” da vida. Então, você morre sem saber por que nasceu e por que está morrendo. Todos morrem! É somente uma questão de tempo.
Vamos ficar por aqui! Até o nosso próximo encontro! Namastê!