Bem-vindos a mais esse encontro aqui pelo Paltalk.
É de fato uma alegria estarmos juntos e assim nos aproximarmos dessa Verdade, que é a única coisa que importa. Dessa forma, vocês estão se prontificando a saber, de fato, quem são, que não se trata de compreender o significado da vida, mas descobrir o que significa viver. O significado da vida é, intelectualmente, ter alguma teoria sobre isso. Porque não se pode saber o significado da vida, a mente pode construir inúmeras teorias sobre isto, porém, descobrir o que é viver é uma coisa completamente diferente.
Quando você está na mente, perdido nela, viver significa, basicamente, sofrer. Há poucos momentos de alegria em razão de alguma realização externa, de alguma coisa boa acontecendo para essa pessoa, que você acredita ser. Quando acontecem algumas coisas boas, “as coisas” que a sua mente deseja, que o seu ego espera, como expectativas e desejos preenchidos, satisfações realizadas, nesses momentos você tem essa breve alegria, baseada em uma situação boa, em circunstâncias favoráveis. Então, basicamente, é isso que vocês chamam “viver” – a alegria e o sofrimento, que dependem do que acontece a cada um de vocês.
Portanto, você vive na dualidade, entre a alegria e o sofrimento, o prazer de uma satisfação realizada e a dor de uma frustração, e isso é o que tem chamado de “minha vida”. Vocês estão tentando compreender tudo isso, acreditando que, quando são capazes de compreender isso, são capazes, também, de colocar um fim nisso. Então, o apelo da mente está sempre dentro do campo da mente, e tudo o que ela pode fazer está dentro dela própria, com suas soluções e respostas baseadas no conhecimento e na experiência. Porém, vocês não percebem que isso, ainda, está dentro da ilusão de tempo e espaço – um tempo criado pela ilusão de “alguém” presente pensando, e o espaço criado pela ilusão de “alguém”, vivendo dentro do corpo e cercado de objetos externos a si mesmo.
O que ainda não ficou claro para você é que tudo isso é somente uma experiência mental. Você acredita que está dentro do corpo e que o corpo está dentro do mundo, o que não é verdade. O mundo sempre aparece com o aparecimento do corpo e o corpo sempre aparece com o aparecimento da mente, porém, ela só pode aparecer porque há uma Consciência presente, para que ela assim apareça. Então, quando voltamos à fonte, damos um passo para trás, nós perguntamos o que é anterior ao corpo, aí nós temos a mente. Vamos ver isso agora: anterior ao mundo, nós temos o corpo; anterior ao corpo, nós temos a mente; e anterior à mente, nós temos a Consciência – essa é a Fonte, onde tudo aparece.
Assim, o que você chama de experiência, seja ela qual for, como toda experiência do corpo, através dos sentidos (sensações do tato, da visão, da audição, do paladar, do olfato), ou toda experiência da mente (pensamentos, sentimentos, percepções, emoções, lógica, raciocínio), ou seja, qualquer experiência aparecendo está aparecendo como uma experiência na mente. Todavia, tudo isto é uma experiência na Consciência. É “você”, na experiência, que tem a percepção do mundo, do corpo e da mente, então, tudo o que é percebido no mundo, no corpo, é percebido pela mente, porém, continua sendo “você” que percebe a mente, o corpo, o mundo.
A pergunta, então, é: “Quem é você”?
Você é essa Consciência, é a Fonte, é o início de tudo. Portanto, não é você que está dentro do corpo, nem o corpo está dentro do mundo; o mundo e o corpo estão dentro de você. Perceba como isso é claro. Na mente, você tem medo da morte, porque está dando identidade ao corpo, e ele não tem nenhuma identidade, separado da mente. Porém, a mente não tem nenhuma identidade real separada da Consciência. Tudo é somente essa Consciência. Sendo assim, buscar o significado da vida é algo completamente absurdo, porque o que você chama de vida é a ilusão de “alguém” que está vivo; não tem alguém vivo. Assim, se não tem alguém vivo, quem está buscando o significado da vida? A ilusão, a crença, esse conceito de “eu”, isso tudo, é um falso eu. O que quero dizer para você claramente é: você não é real.
As experiências da “pessoa”, que você acredita ser, recebem uma interpretação falsa, e, consequentemente, você tem amigos, inimigos, parentes, família (pai, mãe, filhos, tios, netos). Você não está contente com a própria complicação que se tornou sua vida – a vida desse falso eu, que você acredita ser – e ainda quer resolver o problema deles, também. Você quer atrapalhar a vida dos filhos, dar solução aos problemas dos amigos, quer proteger os parentes; você quer ajudar o mundo, que é, na verdade, o mundo que existe somente na sua cabeça. Por isso, os Sábios chamam tudo isso de sonho. A ilusão de ser alguém cria o mundo para esse “alguém” viver e, como não pode estar sozinho, ele cria todos esses personagens. Isso tem sido o modelo do “eu”, desse falso eu.
A pergunta para você é essa: não é possível soltar tudo isso, ou você tem que continuar vivendo assim, como esses que estão, supostamente, à sua volta? Porque eles acreditam nisso e você acredita neles e, tanto eles, quanto você, estão nessa confusão. Tudo bem que eles continuem acreditando nisso, porém, se você parar de acreditar nisso, eles desaparecerão, perderão essa importância. Uma vez que você descubra que você não tem problemas, perceberá que o problema deles está dentro da cabeça deles, também. Uma vez que você saiba que está livre, ficará claro que tudo é somente um drama, que tudo isso é somente uma crença. Não existe “você”, nem “eles”; existe somente a Consciência e isso é a Vida.
Essa Vida, que é Consciência, é inteligência, não conhece o sonho, a ilusão e, portanto, não conhece o sofrimento, o medo. Podemos chamar isso de Liberação, Realização de Deus ou Iluminação.
Pode parecer muito estranho esse ponto de vista, esse modo de ver, porém, isso é assim. Esse é o momento de você descobrir Isso – de ir além do mundo, do corpo, da mente e de tudo o que ela tem criado à sua volta.
Ok! Vamos ficar por aqui. Até o próximo encontro. Namastê!