Todos os objetos, nesse sonho chamado “vida humana”, “vida consciente” (aqui, “consciente” é pensamento sobre, o que na realidade é uma sobreposição; é somente isso. O pensamento é uma sobreposição, um pensamento “sobre” essas aparições), tudo isso é uma tremenda ilusão e é necessário soltar isso, se livrar disso. Isso se chama Acordar! Portanto, todos esses objetos presentes são feitos somente de Consciência, na Consciência. Não existem objetos como objetos. Objetos são Consciência!
Não estou dizendo que objetos não existem; estou dizendo que eles existem, mas como uma aparição, que é Consciência. Não é a ilusão do sentido de “não estar aparecendo”, somente a ilusão no sentido de que “tem uma existência separada”. Não há nenhuma existência separada! Toda existência pressupõe uma Consciência presente, porque toda existência pressupõe a manifestação dessa Única expressão, que aparece desta ou daquela forma, desta ou daquela maneira. Não existe nenhum objeto com autonomia e direito, com independência de Realidade. Todo objeto, toda e qualquer aparição, tem esse surgimento dependente da Consciência; surge na Consciência, como Consciência. Nada é real em si mesmo; tudo é real Naquilo que torna tudo real. Portanto, Você é real, mas Naquilo que o torna real. Você é real, mas Nisso que é a sua Realidade.
Como um personagem, como um conceito, como uma figura com um nome, uma forma e uma história você é uma fraude. Você não existe! Se não existe, não tem liberdade, não tem autonomia, não tem Consciência; é um absoluto nada! É um nada que cria a ilusão de sua própria realidade e essa ilusão de sua própria realidade, que esse nada cria, são problemas, sofrimento, maya. Aquilo que é concebido como objeto, sem exceção, tem um nome e uma forma; essa forma está mudando e esse nome está sendo esquecido, pois quando a forma muda o nome é esquecido. Tudo que perde a forma, ou muda de forma, perde o nome e ele é esquecido. Essa mudança de forma nós chamamos de morte ou desaparecimento; o esquecimento desse nome nós chamamos de fim da memória. Mas, todo objeto, toda aparição tem a mesma Natureza, Realidade, Verdade e Substância – Isto está sempre presente, é imutável.
Toda experiência, em sua Natureza Real, Natureza Verdadeira, é sempre a mesma… Ela é sempre esta presente Consciência, como as imagens que assistimos nos filmes. A substância, a natureza, a qualidade, a base das aparições, é a tela e isso não muda. Essa é a natureza única de toda e qualquer experiência acontecendo ali. No entanto, as imagens estão mudando de forma, perdendo nome e surgindo outros nomes e outras formas. Tudo está mudando! Essas imagens parecem nascer, crescer, evoluir, adoecer, envelhecer e morrer. Elas parecem ter movimentos “do ponto A ao ponto B”, parecem ser claras, escuras, sobem e descem, mas a natureza da Realidade, a Natureza presente dessa única experiência, onde tudo está acontecendo, não muda. Ela se mantém inalterada! Assim é essa Tela.
Claro isso, gente?
Vocês estão dando muita importância à história, ao movimento, ao aparecimento e desaparecimento. Em alguns momentos, estão orgulhosos dos filhos, dos maridos, dos netos; no momento seguinte, estão decepcionados, frustrados, com raiva, querendo se livrar deles. Então, vocês ficam nessa coisa, na “historinha de alguém” dentro de um contexto, ocupados com o filme, com essa aparição. Quando fazem isso, vocês se separam como um experimentador, experimentando a frustração ou o orgulho, a alegria ou a tristeza, o prazer ou a dor, a satisfação ou a insatisfação, sentindo-se bem sucedidos ou mal sucedidos dentro dos eventos, dos acontecimentos, em tudo que acontece ou parece acontecer à sua volta. Quando fazem isso, vocês abandonam, porque assim não podem assumir, a Verdade de que não tem nada acontecendo Naquilo que vocês são. É só um joguinho do ego-consciência, da consciência egoica; um joguinho da mente egoica, desse sentido ilusório de “alguém”, que está conservando a ideia de “ser alguém”, mantendo essas imagens – desatenção total!
Você está se confundindo com pensamentos, sentimentos, impressões externas e internas de imagens, de imaginações “do que deve” e “não deve” ser, do que poderia ou não poderia ser, do que deveria ter sido e assim por diante. É necessário Meditação, que é Consciência, que é esse assumir sua Realidade de não se importar, não se identificar e não se confundir com pensamentos e crenças, com crenças-sentimentos, com sentimentos-pensamentos, com pensamentos-sentimentos.
Vamos ficar por aqui! Valeu pelo encontro! Namastê!